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1 de junho de 2020

Bolsonaro perde as ruas e segue se isolando cada vez mais

Torcedores de grandes clubes se unem em manifesto contra o fascismo na Avenida Paulista

Com as imagens divulgadas neste final de semana do encontro em prol da "Democracia" feita por grandes torcidas de grandes times de futebol do Sudeste do país, fica mais do que nítido que o bolsonarismo não domina mais as ruas e tudo indica que encerrado o pico da pandemia, as coisas não vão ficar nada fáceis para o séquito do atual presidente. 

Fontes em Brasília nos relataram que é vergonhosa e calamitosa ideia de "fechar congresso". Mas se dependesse de Bolsonaro e seus filhos, a proposta seria posta a cabo. No entanto o que se verifica é que o atual presidente vem se isolando cada dia mais. 

"Em 1964 havia as condições objetivos para o golpe, porém na atualidade essas condições estão longe de serem alcançadas. Basta observar a conjuntura onde a maior rede de televisão do país não está com Bolsonaro, o Senado e o Congresso Nacional não compactua com os desejos dele, os governadores e etc..." afirmou o senador Weverton (PDT). 

Lembrar também que instituições como o STF não estão nada satisfeitas com os arroubos golpistas e destemperados do presidente. 

Recentemente empossado para dirigir o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), o Ministro Luis Roberto Barroso fez um discurso que foi um verdadeiro tapa de luva nas orelhas do Presidente. Dentre outras, Barroso enalteceu o papel da mídia profissional e disse que a "melhor arma para a população é a Educação.


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28 de maio de 2020

Mourão descarta golpe: "Quem vai fechar Congresso? Fora de cogitação, não existe situação para isso".


O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse, ao ser questionado pelo blog nesta quinta-feira (28), que uma ruptura democrática está "fora de cogitação" e que "não existe espaço no mundo para ações dessa natureza". 

Perguntado sobre se declarações de autoridades do governo, em tom de ameaça a outros poderes, não significaria uma ameaça à democracia, com risco de golpe, ele respondeu: "Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe hoje é um estresse permanente entre os poderes. Eu não falo pelas Forças Armadas, mas sou general da reserva, conheço as Forças Armadas: não vejo motivo algum para golpe". 

Um dia após operação da Polícia Federal que teve como alvo apoiadores do governo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro subiu o tom e disse que não teremos outro dia como o desta quarta-feira (27). 

Bolsonaro emendou com um "chega" seu comentário nesta manhã. 

Mourão disse que não havia visto a declaração do presidente. Mas reafirmou o que publicou nas redes sociais, ontem, que o inquérito das fake news, na sua avaliação, deveria ter sido enviado à Procuradoria-Geral da República, na origem, para que o MP decidisse o que poderia ou não investigar. E defende que o tema seja debatido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal. 

Sobre a declaração de Eduardo Bolsonaro, de que não é uma questão de se, mas quando ocorrerá uma ruptura, Mourão respondeu: "Me poupe. Ele é deputado, ele fala o que quiser. Assim como um deputado do P T fala o que quiser e ninguém diz que é golpe. Ele não serviu Exército. Quem vai fechar Congresso? Fora de cogitação, não existe situação para isso".

Por Andréa Sadi, do G1

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26 de novembro de 2019

Dino critica Guedes por mencionar AI-5


Do governador Flávio Dino no Twitter: 

Para entender o que significa a nova moda de mencionar o “AI 5” a todo momento, sugiro o livro “Brasil Nunca Mais”, coordenado pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e outros líderes religiosos. E lembro que a Alemanha até hoje não admite a propaganda do nazismo. Um bom exemplo.

31 de outubro de 2019

Dino fala sobre Caso Marielle e critica ameaça de AI-5 feita por Eduardo Bolsonaro


O governador Flávio Dino usou as redes sociais para comentar sobre os últimos acontecimentos do país. Ele opinou sobre a sequência de desvarios políticos e jurídicos ocorridos após a citação do nome do presidente Jair Bolsonaro no Caso Marielle e criticou a ameaça de um novo AI-5 feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro.
“A possibilidade de avançarem as investigações sobre o brutal assassinato da vereadora Marielle gerou uma inacreditável sequência de desvarios políticos e jurídicos. Creio que ainda há juízes, promotores e policiais que não se intimidarão nem se curvarão a ameaças e fraudes”, afirmou.
“O AI-5 trouxe assassinatos, torturas, prisões ilegais, cassações de mandatos, perseguições. Invoco a memória dos ministros do Supremo Evandro Lins e Silva, Hermes Lima e Victor Nunes Leal, cassados pela ditadura, para repudiar a ameaça delirante de um ‘novo AI-5’”, frisou Dino.

22 de junho de 2015

PARA INICIAR BEM A SEMANA VAI UMA SOM DE SERGIO SAMPAIO "BLOCO NA RUA"


Há quem diga que eu dormi de touca Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga Que eu caí do galho e que não vi saída Que eu morri de medo quando o pau quebrou. 

Há quem diga que eu não sei de nada Que eu não sou de nada e não peço desculpas Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira E que Durango Kid quase me pegou 

Eu quero é botar meu bloco na rua Brincar, botar pra gemer Eu quero é botar meu bloco na rua Gingar, pra dar e vender 

Eu, por mim, queria isso e aquilo Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso 

É disso que eu preciso ou não é nada disso. Eu quero é todo mundo nesse carnaval 

Eu quero é botar meu bloco na rua Brincar, botar pra gemer Eu quero é botar meu bloco na rua Gingar, pra dar e vender

31 de março de 2015

REPARAÇÃO HISTÓRICA NO DIA DO GOLPE


Completados exatos 51 anos de golpe militar no Brasil,  Flávio Dino resolve não deixar a data passar em branco. Anunciando a mudança de nome em várias escolas, o governador faz um ajuste fino na democracia e sintoniza o Estado à uma reparação histórica.

Lógico, toda a unanimidade é burra, sempre temos o coro dos descontentes. Alguns avaliam ser precipitada a mudança, ou simplesmente revanchismo do lado que foi derrotado na ocasião. 

Porém de um jeito ou de outro "não se apaga a história". 

Nomes em logradouros públicos servem para homenagear figuras célebres que em vida deram sua contribuição a sociedade. Não cabe portanto a retórica de revanchismo quando se busca iluminar as trevas da História. 

Presidentes militares que corroboraram fazendo vista grossa a tortura nos anos de chumbo não merecem ser ovacionados. Fascismo de direita ou de esquerda devem ser apenas tristes lembranças de um passado que não devemos repetir.

Agora é manter o ritmo Governador - vamos também mudar o nome dos logradouros e/ou cidades com nomes de pessoas vivas. A exemplo da triste "Gov. Edson Lobão", antes chamada lindamente de "Ribeirãozinho". 

A história não pode ser apagada porque já está escrita. O regime militar no Brasil entrou nos anais como um período averso a democracia, cidadania e participação popular. E assim deve permanecer.

8 de abril de 2014

A TRAJETÓRIA DO FREI TITO E A PRÁTICA DA TORTURA NO REGIME MILITAR


Ano de 2007, por ocasião de mais um congresso da União Nacional dos Estudante [UNE] eu me encontrava em Brasília, precisamente em um dos anfi-teatros da UNB, para assitir a pré-estreia do filme "Batismo de Sangue", do diretor Helvécio Ratton.

O longa contava a vida do frade dominicano Tito de Alencar e as relações com a ALN [Aliança Libertadora Nacional] comandada por ninguém menos que Carlos Marighela.

A ordem dominicana se tornaria uma trincheira na luta contra a ditadura militar no Brasil, resultando com a posterior prisão e tortura de vários companheiros dentre eles o próprio Tito.

Quem também integrava a ordem era Frei Beto. Mas, por ser de família mais bem relacionado socialmente escaparia dos  horríveis suplícios. O infame torturador Sergio Paranhos Fleury, interpretado por Cassio Gabus Mendes, interceptaria uma mensagem dos frades a Marighela e com isso armaria uma emboscada culminando no fuzilamento do guerrilheiro.

Toda a carga de realismo do drama foram bem retratados em quase 1:40 de filme. Impossível não lembrar da emoção coletiva que tomou conta do anfi-teatro. As lágrimas desciam pelos rostos. Algo que eu só havia visto parecido com "Dançando no Escuro" do Lars Von Trier.

A história de Tito correria o mundo graças ao relato que faria por escrito na prisão, se tonando um libelo de luta pelos direitos humanos.

Agora por ocasião de 50 anos do golpe militar mais um registro da saga de Tito pode ser conferida no livro "Um homem Torturado" das escritoras Leneide Duarte Pion e Clarisse Meireles.  

É uma oportunidade interessante para se conhecer melhor os bastidores da trama que culminaria em diversos momentos históricos para os grupos que faziam a resistência a ditadura. É sempre bom acompanhar as angústias desse personagem marcante que foi Frei Tito e garantir que sua luta por uma sociedade justa não fique em vão e não seja invisibilizada pelos atuais filhotes da ditadura e múmias que ainda estão por aí. Tanto na mídia quanto na politica.

31 de março de 2014

50 ANOS DO GOLPE MILITAR NO BRASIL: OS ANTECEDENTES DO GOLPE


Era 31 de março de 1964. As movimentações militares culminariam no golpe de estado, que com o apoio de setores da sociedade civil, notadamente de parte do grande empresariado, terminariam depondo o então Presidente do Brasil João Goulart, o Jango

Mas não apenas isso. Dito assim até parece que entre os diversos interesses postos - apenas os da Direita brasileira estavam com o apoio necessário a realizar uma desmedida empreitada como essa.


O fato é que Jango não teria firmeza suficiente no instante em que precisávamos de um líder. Jango foi o líder errado na hora certa para darmos um enorme salto histórico, e, para isso, não faltaria companheiros.

Leonel Brizola, então jovem governador do Rio Grande do Sul, tinha lhe hipotecado apoio total e irrestrito contra todas as articulações dos militares conservadores. Brizola havia conseguido além da confiança popular graças a uma excelente apropriação dos meios de comunicação, também obteve apoio de membros do próprio exercito, tais como o Marechal Henrique Teixeira Lott, ex candidato derrotado a presidência da republica na eleição que sagraria Janio Quadros vencedor. Um apoio e tanto.

Mesmo assim Jango não compraria briga com ninguém. Deixou o barco ao sabor do vento. O argumento era de que não queria ser o responsável por uma Guerra Civil no Brasil.

Jango permitiu o recuo ao parlamentarismo no Brasil, diminuindo seus poderes. Algo que interessava muito aos militares que o viam como simpático a agenda comunista internacional.  

No Plebiscito de 63 no entanto o povo traria de escolher em um referendo a volta do Presidencialismo, descontentando os generais.

Jango acataria a orientação destes mesmos militares ao não ir ao Rio Grande do Sul e com isso fortalecer Leonel Brizola, que já era naquele período sem dúvidas o maior líder popular do país. Com carisma e confiança entre os pares do seu Estado. 

E a história não permite vacilos. Exatamente no dia da mentira, 1 de Abril, o desfecho do Golpe acarretaria 25 anos de poda das liberdades politicas, a entrada de diversos partidos e militantes na clandestinidade, exílios, prisões,torturas, assassinatos e toda a sorte de crimes contra os Direitos Humanos.

No plano econômico o boom de desenvolvimentismo traria ao país o agravamento da Dividia Externa e a total submissão dos interesses financeiros  estadunidenses. Índices brutais de inflação que peitariam ao 80% ao ano e claro, o populismo ufanista.

Continua... 

13 de março de 2014

13 DE MARÇO DE 1964, JANGO DISCURSA NA CENTRAL DO BRASIL

Hoje, o histórico comício da Central do Brasil completa exatos 50 anos. 

Em 13 de março de 1964, cerca de 150 mil pessoas se reuniram sob a proteção de tropas do I Exército, unidades da Marinha e Polícia, para ouvir a palavra do Presidente da República, João Goulart, e do governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola. 

As bandeiras vermelhas que pediam a legalização do Partido Comunista Brasileiro e as faixas que exigiam a reforma agrária foram vistas pela televisão, causando arrepios nos meios conservadores. ‪

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14 de novembro de 2013

COMISSÃO QUE INVESTIGA CRIMES DA DITADURA MILITAR EM IMPERATRIZ


A Comissão Nacional da Verdade em parceria com a Comissão especial Parlamentar da Verdade no Maranhão continuam uma agenda de trabalho na cidade de Imperatriz. Nos dias 15, 16 e 17 de novembro uma série de depoimentos e entrevistas será realizada.

A pesquisadora Raíssa Wihby e a responsável pelas violações contra camponeses, Maria Rita Kehl chegam à Imperatriz na tarde desta sexta-feira (15) e iniciam os trabalhos e depoimentos na manhã do sábado (16). Uma entrevista coletiva está pré-agendada para as 08h30min do sábado, no Campus da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) de Imperatriz.

Na manhã de sábado, após a coletiva de imprensa, será ouvido em depoimento o líder camponês Manoel da Conceição e outros trabalhadores rurais vítimas da Ditadura Militar. No domingo (17) estão agendados os depoimentos de Denise, esposa de Manuel da Conceição e Manoelzinho, filho do líder camponês.

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), presidente da Comissão Parlamentar da Verdade, acompanhará as atividades na cidade de Imperatriz e garantiu todo apoio e estrutura necessária para a realização dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.

Fonte: Gabinete do dep. Bira do Pindaré.

26 de agosto de 2013

ADALBERTO FRANKLIN E A COMISSÃO DA VERDADE QUE INVESTIGARÁ CRIMES NA DITADURA

Membro da Academia Imperatrizense de Letras, jornalista, pesquisador, editor de uma centena de livros pela Ética Editora, membro do Instituto Histórico e Geografico do Maranhão, Adalberto Franklin agora irá integrar uma equipe de trabalho ligada ao âmbito da Casa Civil da Presidência da Republica. 

A Comissão Nacional da Verdade foi criada pela Lei 12528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012 e terá por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, bem como a implicação e o esclarecimento dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres.

Imperatriz como eu já afirmei era trânsito de toda uma sorte de grupos clandestinos que faziam oposição programática e bélica ao regime militar. O grupo de Carlos Lamarca adquiriu terras por aqui. [Reveja]

Adalberto ainda é meu colega de pós graduação na UEMA. Nada mais inusitado a julgar pelo nível de alguma aulas. Sua bagagem lhe confere o know-how para lecionar por lá. Garanto que esta seria uma das melhores disciplinas.

2 de abril de 2013

O DIA QUE DUROU 21 ANOS E O LIVRO DE MANOEL DA CONCEIÇÃO – INIMIGOS DO CAPITAL


Dizia-se até bem pouco tempo que era uma paranoia do pensamento de esquerda a possibilidade de uma ingerência estadunidense no Brasil. Pois é, caiu a máscara. O cinema documental tem produzido pérolas reveladoras sobre o período da ditadura militar e a vez agora é do documentário “O Dia Que Durou 21 Anos” de Camilo Tavares

Filho do jornalista e ex militante Flávio Tavares, um dos presos políticos trocados como resgate do embaixador americano Charles Elbrick [1969], Camilo deve ter tido acesso a informações valiosas para elaborar seu filme. Naquele período toda e qualquer forma de organização dos trabalhadores era tida como uma ameaça comunista. Os documentos provando toda articulação do golpe estão a disposição do público e pesquisadores nos Estados Unidos, o que no Brasil não acontece.

… 

A saga de Manoel da Conceição [foto], bravo lutador da opressão e da ditadura militar no Maranhão, já foi tema de reportagens, matérias e filmagens. Merece um documentário também. Suas [des] aventuras estão prestes a serem lançados em um livro, escrito pelo historiador e membro da Academia de Letras de Imperatriz, Adalberto Franklin

Este fez a fineza de enviar-me os nove primeiros capítulos que cobrem desde a promessa de Manoel da Conceição em enfrentar o latifúndio, feita em cima dos corpos de mulheres, crianças e lavradores assassinados em Copaíba dos Mesquitas, povoado de Coroatá, até a sua entrada na AP [Ação Popular]. Como é do conhecimento de todos, Manoel perdeu uma perna, lutando por justiça e democracia nestas terras. Boa parte de seus algozes ainda estão por aí. Filhotes da ditadura que são.

… 

Brasil. Ano 2013. Vivemos em uma democracia. Consta que na teoria política tradicional é comum contrastar sociedade totalitárias com sociedade democráticas. Se assim for, o que de fato mudou entre o antigo regime de exceção e o agora? 

Penso que é completamente um disparate afirmar estarmos em uma “democracia imperfeita” como afirmam alguns intelectuais. O termo nos leva a imaginar que é possível chegarmos a perfeição. 

Desda forma vale lembrar a análise de um celébre pensador - Jacques Derrida - segundo a qual é mais conveniente falar em “democracia do por vir”. Para Derrida “uma sociedade democrática é caracterizada por não se realizar completamente”. Isto posto é latente o caráter desconstrutível do ordenamento jurídico. 

Traduzindo para até minha vó entender: O Estado Democrático de Direito deve estar em disputa pelas lutas sociais sempre e junto com suas modalidades politicas. Assim avançaremos para uma maior pluralidade de vozes e para além desta falsa “democracia parlamentar”. 

Pronto falei.

10 de outubro de 2012

MÁ DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS PODERÁ COMPROMETER AS POLITICAS SOCIAIS NO PRÓXIMO GOVERNO

A chamada “Lei de Responsabilidade Fiscal” poderá ferir de morte ainda mais a autonomia financeira dos municípios. Com o discurso de garantir a austeridade e moralidade a “Lei” na verdade busca criminalizar o administrador público que não priorizar o pagamento da dívida pública. 

Herança da Ditadura Militar, o modelo tributário brasileiro é injusto, regressivo e concentrador na esfera federal. Os investimentos sociais ficam prejudicados devido ao “privilégio” legal do gasto financeiro referente aos vultuosos juros e encargos incidentes sobre o montante da dívida, que por sua vez, é resultante de mecanismos meramente financeiros sem a devida contrapartida em bens ou serviços para a sociedade que é quem arca com a conta. 

Será necessário reivindicar a imediata auditoria da dívida que limita gravemente as receitas municipais. Os recursos evadidos do país para paraísos fiscais já chegam a Hum Trilhão.

30 de março de 2012

MÚMIAS QUEREM COMEMORAR O GOLPE DE 64


Muitos de nós não eramos nem nascidos. Com medo do avanço de ideais socialistas ligados a soberania nacional, militares e civis da classe empresarial/política no Brasil, aliados dos EUA, promoveram um sangrento regime que duraria 21 anos.

Jovens, professores, estudantes, artistas, escritores, militantes foram perseguidos e torturados. Muitos assassinatos e outros tantos exilados. Era uma política de exceção que via de regra restringia os direitos básicos do ser humano até mesmo na simples questão do “ir e vir”.

Os meios de comunicação de massa, como a Rede Globo, produziam matérias fantasiosas para escamotear a dura realidade que vivia o país. Não obstante, deu-se um salto na industrialização e na economia, fruto de uma arrojada dependência com os países de capitalismo mais avançado, aumentando significamente a nossa assim chamada Divida Externa. 

Internamente a lei que predominava (e que ainda hoje reverbera por aí) era a do “coronelismo, enxada e voto”.

O terrorismo de estado era praticado cotidianamente e até hoje os familiares dos desaparecidos procuram respostas para o sumiço dos seus.

Setores da esquerda resolveram pegar em armas. Um dos signos mais flagrantes dessa questão foi a “Guerrilha do Araguaia” onde jovens militantes foram assassinados. Um verdadeiro genocídio em nome da liberdade e dos direitos humanos. Perseguiram um sonho e pagaram com as próprias vidas por isso.

Na tarde de ontem cerca de 300 militares da reserva participavam do evento, chamado de “1964 — A Verdade”, na sede do Clube Militar, em frente à Cinelândia, no Rio de Janeiro. Os milicos comemoravam o golpe numa atitude de clara provocação. Deu merda!

Pelo menos 350 pessoas, entre elas representantes de PT, PCB, PCdoB, PSOL, PDT e outros movimentos sociais de esquerda, fizeram a manifestação na frente das duas entradas do prédio, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Santa Luzia

Os manifestantes gritavam palavras de ordem, chamando os militares de “torturadores”, “porcos”, “assassinos” e “covardes”. 

Cada militar que chegava ou saía do local era cercado e xingado; precisaram ser escoltados pelo Batalhão de Choque da Polícia. Também derramaram um balde de tinta vermelha nas escadarias do Clube Militar, representando o sangue das vítimas da ditadura.

Na imagem que ilustra este post um jovem manifestante aparece frente a frente com um velho militar reformado. Imagino que ele deva estar dizendo ao milico: “Perdeu Playboy!”

2 de abril de 2011

31 de março de 2011

Vídeo de Latuff desmascara o papel da mídia no golpe militar de 1964


Sem palavras, assistam: Este vídeo foi produzido com trechos de editoriais de jornais brasileiros logo após o golpe militar de 1º de abril de 1964. Baseado na postagem de Cristiano Freitas Cezar no blog Crítica Midiática: http://analisedanoticia.blogspot.com

Do 31 de março de 1964 a Jair Bolssonaro


Bem antes que os militares instituíssem seu regime social e político, o Brasil já amargava a injustiça social como principal mote de sua cultura. Em termos práticos aos adeptos da pseudo-revolução de 1964 restaria tão somente o papel de gerenciar fome e miséria. Afinal índices de pobreza e analfabetismo já eram gritantes por aqui. A escrotidão dos militares chegaria ao seu termo no dia 31 de março, véspera do dia da mentira, o 1° de abril, quando uma mega operação destituiu do poder o presidente João Goulart, em nome de um suposto combate a “perversa” lógica comunista e a assim chamada “segurança nacional”.

Intelectuais, estudantes, professores, e qualquer um que ousasse dizer que focinho de porco não era tomada - tomava cacetada. Muitos foram presos e outros tantos torturados e vejam só, dentre estas pessoas, a atual presidenta do Brasil, companheira (camarada?) Dilma Rousself.

De lá pra cá salta aos olhos o desagradável quadro desenhado atualmente. A máxima “vão-se os dedos e ficam os anéis” cai como uma luva se observamos que na ultima visita do presidente Norte Americano Barack Obama, estavam lá convidados pela ex-guerrilheira Dilma, nada mais nada menos que Collor de Melo, José Sarney e tantas outras figuras filhotes da ditadura.

Talvez uma de suas crias mais eminentes e ferozes seja o deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro (não coincidentemente o estado com maior numero de generais reformados) Jair Bolssonaro. Filho da escrotidão, escroto deverá ser.

Bolssonaro me parece mais um cartoon. Um estereótipo, caricato e perigoso, que na verdade nos confirma ainda estarmos vivendo uma ressaca dos anos de chumbo. A ultima que o infeliz proferiu pode lhe causar a perca do mandato por uma ação judicial por racismo ao chamar de promiscuidade a suposta relação de um filho seu e uma negra. A autora da pergunta, Preta Gil, encabeça a ação.

No twitter e em outras ferramentas de comunicação digital, abriram-se diversas frentes de protesto contra o deputado falastrão. Inclusive está sendo uma campanha e tanto pela sua cassação, mas ao que me parece, infelizmente, apenas comentam-se o superficial. O povo brasileiro ainda não aprofundou a questão da Nação-Brasil e sua invenção. Senão vejamos.

Recentemente Dilma cortou dos cofres públicos, a bagatela de cinqüenta bilhões. Boa parte desta dinheirama foi-se para o BNDES, para financiar a ciranda econômica capitalista e seus agiotas, bem como garantir saúde aos banqueiros e corporações internacionais. Aos de baixo resta novamente à esperança de sobrevivência até dois mil e catorze, momento de novas promessas e especulações. Assim caminha a humanidade.

Porque não temos um twittaço ou uma mega campanha na rede denunciando essa permanente exclusão social do Brasil, que mudou muito pouco da ditadura pra cá e ainda continua privilegiando os privilegiados e penalizando os necessitados?

Talvez os motivos ainda residam lá em 1964, ou em 1968. Épocas que se formaram criaturas biltres como Jair Bolssonaro e os meios de comunicação de massa, que de tão alienantes transformam em guerrilheiros e milicos, nos meros fantoches do capital, gerentes da cultura da miséria e violência, do racismo e da exclusão social.

26 de março de 2011

PARA NÃO ESQUECER JAMAIS! História de NILDA CARVALHO CUNHA

Data e local de nascimento: 05/07/1954, Feira de Santana (BA)

Filiação: Esmeraldina Carvalho Cunha e Tibúrcio Alves Cunha Filho

Organização política ou atividade: MR-8

Data e local da morte: 14/11/1971, em Salvador

Nilda Carvalho Cunha foi presa na madrugada de 19 para 20 de agosto de 1971, no cerco montado ao apartamento onde morreu Iara Iavelberg. Foi levada para o Quartel do Barbalho e, depois, para a Base Aérea de Salvador. Sua prisão é confirmada no relatório da Operação Pajuçara, desencadeada para capturar ou eliminar Lamarca e seu grupo. Foi liberada no início de novembro, profundamente debilitada em conseqüência das torturas sofridas e morreu no dia 14 de novembro, com sintomas de cegueira e asfixia. Nilda tinha acabado de completar 17 anos quando foi presa. Fazia o curso secundário e trabalhava como bancária quando passou a militar no MR-8 e viver com Jaileno Sampaio.

Foram eles que abrigaram Iara Iavelberg em seu apartamento, durante sua estada em Salvador. Emiliano José e Oldack Miranda relatam no livro Lamarca, o capitão da guerrilha, levado ao cinema por Sérgio Rezende, um pouco do que Nilda contou de sua prisão:

(...) Você já ouviu falar de Fleury? Nilda empalideceu, perdia o controle diante daquele homem corpuloso. - Olha, minha filha, você vai cantar na minha mão, porque passarinhos mais velhos já cantaram. Não é você que vai ficar calada (...). Dos que foram presos no apartamento do Edifício Santa Terezinha, apenas Nilda Cunha e Jaileno Sampaio ficaram no Quartel do Barbalho. Ela, aos 17 anos, ele, com 18. - Mas eu não sei quem é o senhor... – Eu matei Marighella. Ela entendeu e foi perdendo o controle.

Ele completava: – Vou acabar com essa sua beleza – e alisava o rosto dela. Ali estava começando o suplício de Nilda. Eram ameaças seguidas, principalmente as do Major Nilton de Albuquerque Cerqueira. Ela ouvia gritos dos torturados, do próprio Jaileno, seu companheiro, e se aterrorizava com aquela ameaça de violência num lugar deserto. Naquele mesmo dia vendaram-lhe os olhos e ela se viu numa sala diferente quando pode abri-los. Bem junto dela estava um cadáver de mulher: era Iara, com uma mancha roxa no peito, e a obrigaram a tocar naquele corpo frio.

Click aqui e conheça mais dessa história

17 de dezembro de 2010

Notas & Rápidas

Sânzio Rossiny no Café Recanto Verde

O cantor Sânzio Rossiny dá o tom da noite de sexta-feira no Café Recanto Verde. O músico se apresenta hoje (17), a partir das 20h, num dos mais belos cenários etílico-paisagísticos de São Luís. Em seu repertório o artista saúda grandes nomes de nossa música, dos tradicionais aos contemporâneos. Não faltam obras de Chico Buarque, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Roberto Carlos, Chico César, Lenine, João do Vale, Tom Jobim, Djavan, Zé Ramalho e João Bosco, entre muitos outros.( Fonte: Zema Ribeiro)

FMI chega à final com 14 músicas classificadas

Após duas rodadas classificatórias, na terça (14) e quarta-feira (15), o Festival de Música de Imperatriz (FMI) chega à grande final na noite de hoje. O evento musical que se realiza este ano no palco da Romano’s Pizzaria tem atraído a atenção de centenas de pessoas que ali comparecem para torcer por seus autores e intérpretes preferidos. O festival reuniu 28 músicas num universo de 72 composições inscritas. Após uma triagem feita por uma equipe de profissionais da área musical, foram escolhidas as 28 que disputaram as duas etapas classificatórias. Em cada fase foram escolhidas 7 músicas, somando-se as 14 consideradas melhores composições para a final de hoje.(Fonte: Jornal O Progresso)

Movimentos Sociais pedem a cassação de Roseana Sarney

A Cáritas Brasileira –Regional Maranhão,o Conselho Indigenista Missionária (CIMI) e a Associação de Saúde da Periferia do Maranhão protocolaram hoje na Procuradoria Regional Eleitoral, Notícia de prática de abuso de poder, captação ilícita de sufrágio, gastos ilícitos de campanha e fraude eleitoral em desfavor da governadora Roseana Sarney (PMDB). Sobre o abuso de poder, as entidades mostram a série de convênios realizados com as prefeituras do Maranhão na antevéspera do período eleitoral com a finalidade de arregimentar os prefeitos para a reeleição da governadora. (Fonte: Blog do Frederico Luis)

Sentença da Corte IDH: Brasil é obrigado a investigar e punir os crimes da ditadura militar

Rio de Janeiro, São Paulo e Washington DC, 14 de dezembro de 2010 - A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), em uma sentença histórica notificada hoje, determinou a responsabilidade internacional do Brasil pelo desaparecimento forçado de, pelo menos, 70 camponeses e militantes da Guerrilha do Araguaia entre os anos de 1972 a 1974, durante a ditadura militar brasileira. Conforme compromisso assumido internacionalmente, é obrigatório e vinculante o pleno cumprimento desta sentença pelo país.Esta é a primeira sentença contra o Brasil por crimes cometidos durante a ditadura militar, que permite discutir a herança autoritária do regime ditatorial e contribui para o estabelecimento de uma cultura do "Nunca Mais" no país. A sentença está disponível no website da Corte Interamericana:

http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_219_por.pdf

Apresentações dos corais Timbira e Curumim emocionam

O Natal da Gente, promovido pela Prefeitura de Imperatriz, desde o último dia 14, tem levado música e muita emoção a diversos pontos da cidade por intermédio dos corais Curumim e Timbira, regidos pelo maestro Giovani Pietrinni. Com um repertório repleto de antigas e novas canções de Natal, as apresentações já ocorreram na Câmara Municipal, 50º BIS, Jardim Canossa e ontem no Naise (doentes mentais). Hoje as apresentações ocorrerão no Fórum Henrique de La Rocque e no Hospital Municipal, incluindo a unidade Infantil (Socorrinho), e à noite, no “Bazar de Natal”, na Praça da Cultura.

26 de outubro de 2010

Grupo de Lamarca da resistência armada adquiriu terras em Imperatriz


A história é pra lá de interessante. O Capitão Carlos Lamarca foi um ex-combatente das Forças Armadas brasileiras que indignado com os rumos que o Exército ia tomando em favor de interesses norte-americanos no Brasil, rebelou-se e desertou para cair na clandestinidade. Lamarca, através do choque com a realidade brasileira e os estudos marxistas, havia se tornado comunista.

Vivia-se a época de uma Ditadura Militar de direita, feroz, onde todos os direitos políticos e sociais não existiam mais, e era tido como subversivo, sujeito a prisão e tortura, todo aquele que ousasse a criticar o governo ou os EUA na America Latina.

Lamarca abandonara o Exército ao fugir do quartel de Quitaúna, em Osasco, levando um caminhão com armas/munições e junto com outros companheiros fundou uma das organizações mais importantes da luta armada, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Na foto acima ele aparece treinando militantes.

Pois bem, numa das primeiras ações da VPR junto com outra organização, realizada em 1969, consta o famoso assalto à casa do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, um dos políticos mais corruptos de sua época, é dele a famosa frase: “Roubo, mas faço”!

A maior parte do dinheiro expropriado do cofre de Adhemar, foi utilizada para fins de logística do movimento, e uma outra parte foi usada para comprar terras em locais que pudessem dar segurança e guarita aos militantes. Conta-se que um desses locais foi uma chácara na distante Imperatriz do Maranhão

Quem nos conta esta História é o um dos que viveu a época de terror do Regime Militar. Hoje professor da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, prefere o anonimato da sala de aula, aos holofotes da política. Diferentemente de ex-companheiros seus da luta como Gabeira, Dilma Rousself, Carlos Minc.

E muitos não tiveram a sorte de escaparem vivos. Trinta e seis anos após o assassinato de Lamarca pelas tropas repressoras do regime, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça sob supervisão do Ministro da Justiça Tarso Genro dedicou sua sessão inaugural a promovê-lo a Coronel do Exército e a reconhecer a condição de perseguidos políticos de sua viúva e filhos.

Não se tem certeza se o esconderijo em Imperatriz foi utilizado e pela descrição do professor, a chácara ficaria próxima ao atual IFMA, nas proximidades da Vila João XXII.

Só lembrando que a Semana Acadêmica do curso de História, terá como tema "A Guerrilha do Araguaia", o evento será realizado agora em novembro. Em breve mais detalhes dessa e de outras histórias.

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