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26 de outubro de 2010

Grupo de Lamarca da resistência armada adquiriu terras em Imperatriz


A história é pra lá de interessante. O Capitão Carlos Lamarca foi um ex-combatente das Forças Armadas brasileiras que indignado com os rumos que o Exército ia tomando em favor de interesses norte-americanos no Brasil, rebelou-se e desertou para cair na clandestinidade. Lamarca, através do choque com a realidade brasileira e os estudos marxistas, havia se tornado comunista.

Vivia-se a época de uma Ditadura Militar de direita, feroz, onde todos os direitos políticos e sociais não existiam mais, e era tido como subversivo, sujeito a prisão e tortura, todo aquele que ousasse a criticar o governo ou os EUA na America Latina.

Lamarca abandonara o Exército ao fugir do quartel de Quitaúna, em Osasco, levando um caminhão com armas/munições e junto com outros companheiros fundou uma das organizações mais importantes da luta armada, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Na foto acima ele aparece treinando militantes.

Pois bem, numa das primeiras ações da VPR junto com outra organização, realizada em 1969, consta o famoso assalto à casa do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, um dos políticos mais corruptos de sua época, é dele a famosa frase: “Roubo, mas faço”!

A maior parte do dinheiro expropriado do cofre de Adhemar, foi utilizada para fins de logística do movimento, e uma outra parte foi usada para comprar terras em locais que pudessem dar segurança e guarita aos militantes. Conta-se que um desses locais foi uma chácara na distante Imperatriz do Maranhão

Quem nos conta esta História é o um dos que viveu a época de terror do Regime Militar. Hoje professor da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, prefere o anonimato da sala de aula, aos holofotes da política. Diferentemente de ex-companheiros seus da luta como Gabeira, Dilma Rousself, Carlos Minc.

E muitos não tiveram a sorte de escaparem vivos. Trinta e seis anos após o assassinato de Lamarca pelas tropas repressoras do regime, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça sob supervisão do Ministro da Justiça Tarso Genro dedicou sua sessão inaugural a promovê-lo a Coronel do Exército e a reconhecer a condição de perseguidos políticos de sua viúva e filhos.

Não se tem certeza se o esconderijo em Imperatriz foi utilizado e pela descrição do professor, a chácara ficaria próxima ao atual IFMA, nas proximidades da Vila João XXII.

Só lembrando que a Semana Acadêmica do curso de História, terá como tema "A Guerrilha do Araguaia", o evento será realizado agora em novembro. Em breve mais detalhes dessa e de outras histórias.

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