21 de dezembro de 2010

Mensagem de fim de ano aos blogueiros/internautas e breve recesso


O blogue vai dar uma breve parada. Gostaria antes, agradecer a todos e todas que nos visitaram neste ano de 2010 e dizer aos leitores e leitoras do nosso espaço virtual, que suas opiniões sempre serão importantes por aqui. É através delas, as opiniões, que vamos situando nossa linha de conhecimento, corrigindo evoluindo.

Em especial gostaria de saudar os blogues de Samuel Souza, Carlos Hermes e Isnande Barros, que por vezes ou outra repercutiram nossos artigos, amplificando-os, na certeza de comungarmos de opiniões semelhantes em determinados assuntos. Claro, ressalto que sou um leitor entusiasta de várias informações que vocês nos proporcionam.

Gostaria de parabenizar os blogs de Josué Moura, Élson Araújo, Rui Porão, Cleto Louza, Davison Nascimento, Prof Ed Wilson, John Cutrim, pelos excelentes serviços prestados a comunicação social no Estado do Maranhão.

Aos blogues de Felipe Klant, Hugo Freitas, Cristiano Capovila (Pneuma-Apeiron), Frederico Luis e tantos outros parabenizo pelo nível elevado e qualificado com que debatem a política estadual.

Em especial vai meu carinho ao Hotel Subterrâneo e ao Lapadas no Pâncreas, pelos momentos de descontração, leveza e poesia com que trataram a dura realidade que temos que enfrentar. É isso, precisamos ser mais leves por vezes para que a realidade não nos mate de uma vez.

Voltamos dia 10 de janeiro, com as baterias renovadas, com mais garra e criatividade para na medida do possível ir contribuindo com ações e idéias, para uma sociedade mais justa, feliz e fraterna.

Ah, como não poderia esquecer: Vida longa ao Jornal Vias de Fato.

Até breve companheiros (as)!

20 de dezembro de 2010

Conheça a Ilha de São José, um paraíso ecológico que será totalmente inundado pela UHE Estreito

A UHE de Estreito localiza-se no médio curso do Rio Tocantins na divisa entre os estados do Maranhão e Tocantins. A maior parte de seu canteiro de obras encontra-se na cidade de Estreito (MA) o restante corresponde a Aguiarnópolis (TO), do outro lado do rio. A usina está projetada para uma potência total de 1.087 MW, com um reservatório de 555 km² de superfície, sendo 400 km² de terras inundadas. Os investimentos estipuladas para a implementação da obra orbitam e torno de 1.890.950.580,00, tendo como conseqüência um custo de geração de 1.704,02 /kw aproximadamente.
Os municípios diretamente atingidos por este empreendimento são Aguiarnópolis, Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante, Palmeiras do Tocantins e Tupirantins no Estado do Tocantins e Carolina e Estreito do lado do Maranhão. È importante, no entanto, ressaltarmos que esses impactos dar-se-ão não apenas no que concerne às comunidades urbanas, porquanto a zona rural será sensivelmente afetada como a Ilha de São José, perto de Babaçulândia, e a Barra de São José. Sem falar nas reservas indígenas.
As empresas responsáveis pelas obras são: a Companhia Vale, Alcoa Alumínio S.A., Suez, Tractebel EGI South América Ltda., BHP Billiton Metais S.A., e Camargo Corrêa Energia S.A. Juntas essas empresas formam o CESTE (Consórcio Estreito Energia). O planejamento da implantação da UHE de Estreito prevê para este mês (dezembro de 2010 o enchimento do reservatório e a posterior submersão total da ilha pelas águas .
A Ilha de São José encontra-se no braço esquerdo do Rio Tocantins distante quarenta quilômetros de Babaçulândia. A ilha mede aproximadamente 10 quilômetros de comprimento e três de largura, em sua parte mais ampla. Ainda não possuímos dados estatisticamente corretos, mas a população da ilha gira em torno de 84 famílias.
O reservatório do lago vai encobrir 400 quilômetros quadrados no nordeste tocantinense, que corresponde a terras do Tocantins e do Maranhão. A ilha está inserida neste perímetro e será totalmente tragada pelas águas provenientes da barragem.
O pesquisador Cícero Junior em sua breve estada na ilha no ano de 2008, procedeu à coleta de depoimentos de cinco famílias e todas elas eram contrárias à construção da barragem e às suas saídas da Ilha da forma como vinha sendo,ou seja, sem os devidos esclarecimentos para os mesmos. E principalmente, sem deixar brechas para lutar pela permanência no seu lugar de origem ou melhores condições de realocação.
Outra questão sintomática é que os moradores, principalmente os mais velhos, perderam o interesse pela lavoura e as criações de animais. As vazantes estão sendo abandonadas aos poucos e o gado vendido, por conta da iminência das águas.
Enquanto o consórcio responsável pela barragem propaga a idéia de progresso como sinônimo de desenvolvimento associado à urbanização e produção de energia para a venda, os moradores da ilha de São José, por seu turno, olham essa concepção com desconfiança e perguntam pelas garantias de uma vida digna.
O depoimento da dona Maria ao historiador Cícero Junior nos chamou à atenção por causa de seu marido, Leonardo, que nasceu e se criou na ilha. Ele tem aversão à cidade e gosta de ficar de frente para o rio Tocantins no momento em que o sol nasce e se põe. O seu ritual é feito todos os dias, ele já tem uma cadeira que deixa na frente da casa, para que todos os dias ele possa fazer o que gosta: admirar o sol nascendo e, à tardinha, se pondo. Ele também não se imagina morando na cidade, pois não gosta do barulho nem da agitação, características marcantes do meio urbano.

19 de dezembro de 2010

Flavio Dino segue incomodando

Estão em andamento várias representações pedindo a cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB), ajuizadas pelo MPE (Ministério Público Estadual), onde pesam acusações tais como abuso de poder econômico, político, captação ilícita de sufrágio e gasto irregular na campanha.

Para os fiéis blogueiros, a serviço de sua excelência - a atual governadora, o quase ex-deputado Flávio Dino estaria por trás desta ação do MPE. Interessante notar que, no caso do blogueiro Décio Sá, este funcione como uma espécie de assessor especial de comunicação semi-oficial do grupo, que direciona e imputa deliberações, informando, confundindo e, por vezes, mandando recados extra-oficiais aos demais vassalos.

Interessante notar também como o nome de Flávio Dino é frequentemente lembrando nos textos e notas publicados por esta assessoria semi-oficial. São em média pelos menos 30% de citações e apontamentos como nome do candidato comunista.

Para estas figuras da blogosfera, a ação do MPE soaria como uma tentativa de tapetão e relembram que em diversas vezes passadas, ações deste porte teriam sido ajuizados também pelos candidatos derrotados Epitácio Cafeteira (PTB), pelo ex-deputado, Aderson Lago (PSDB) e pelo ex-governador, Jackson Lago (PDT).

Só “esquecem”, os nobres blogueiros, que foi através de uma ação judicial desta natureza que a atual governadora voltou ao poder. No entanto, tudo fica mais fácil quando se tem a ajuda de seu pai, o presidente do senado, José Sarney, que controla e dá as cartas em vários espaços da política, do Ministério dos Transportes ao de Minas e Energia, e possui inúmeros cargos em sua cota no governo federal.

Igualmente relevantes são as “amizades” de José Sarney nesse processo, onde pôde contar com uma mãozona de Renan Calheiros (que tem nas costas 29 inquéritos tramitando no Supremo) e outra do ministro Eros Grau, na época relator do processo que derrubou o médico Jackson Lago. Escritor e figura determinante no processo, Eros Grau atendeu a todos os pedidos e petições dos advogados de Roseana Sarney e praticamente negou todos os pedidos, ofícios e petições elaborados pelos advogados que trabalharam na defesa de Lago. Na época comentou-se que em troca dos serviços, Grau receberia acento na Academia Brasileira de Letras, fato este que não veio a se consumar.

Fica a certeza de uma coisa: Flávio Dino deve estar incomodando muita gente por lá. Mais do que nunca, Dino é uma figura importantíssima para a política de mudanças no rumo da História da democracia no Maranhão.

18 de dezembro de 2010

Wikiliquidação do Império?

A divulgação de centenas de milhares de documentos confidenciais, diplomáticos e militares, pela Wikileaks acrescenta uma nova dimensão ao aprofundamento contraditório da globalização. A revelação, num curto período, não só de documentação que se sabia existir mas a que durante muito tempo foi negado o acesso público por parte de quem a detinha, como também de documentação que ninguém sonhava existir, dramatiza os efeitos da revolução das tecnologias de informação (RTI) e obriga a repensar a natureza dos poderes globais que nos (des)governam e as resistências que os podem desafiar. O questionamento deve ser tão profundo que incluirá a própria Wikileaks: é que nem tudo é transparente na orgia de transparência que a Wikileaks nos oferece.

A revelação é tão impressionante pela tecnologia como pelo conteúdo. A título de exemplo, ouvimos horrorizados este diálogo – Good shooting. Thank you – enquanto caem por terra jornalistas da Reuters e crianças a caminho do colégio, ou seja, enquanto se cometem crimes contra a humanidade. Ficamos a saber que o Irã é consensualmente uma ameaça nuclear para os seus vizinhos e que, portanto, está apenas por decidir quem vai atacar primeiro, se os EUA ou Israel. Que a grande multinacional famacêutica, Pfizer, com a conivência da embaixada dos EUA na Nigéria, procurou fazer chantagem com o Procurador-Geral deste país para evitar pagar indemnizações pelo uso experimental indevido de drogas que mataram crianças. Que os EUA fizeram pressões ilegítimas sobre países pobres para os obrigar a assinar a declaração não oficial da Conferência da Mudança Climática de Dezembro passado em Copenhaga, de modo a poderem continuar a dominar o mundo com base na poluição causada pela economia do petróleo barato. Que Moçambique não é um Estado-narco totalmente corrupto mas pode correr o risco de o vir a ser. Que no “plano de pacificação das favelas” do Rio de Janeiro se está a aplicar a doutrina da contra-insurgência desenhada pelos EUA para o Iraque e Afeganistão, ou seja, que se estão a usar contra um “inimigo interno” as tácticas usadas contra um “inimigo externo”. Que o irmão do “salvador” do Afeganistão, Hamid Karzai, é um importante traficante de ópio. Etc., etc, num quarto de milhão de documentos.

Irá o mundo mudar depois destas revelações? A questão é saber qual das globalizações em confronto—a globalização hegemônica do capitalismo ou a globalização contra-hegemônica dos movimentos sociais em luta por um outro mundo possível—irá beneficiar mais com as fugas de informação. É previsivel que o poder imperial dos EUA aprenda mais rapidamente as lições da Wikileaks que os movimentos e partidos que se lhe opõem em diferentes partes do mundo. Está já em marcha uma nova onda de direito penal imperial, leis “anti-terroristas” para tentar dissuadir os diferentes “piratas” informáticos (hackers), bem como novas técnicas para tornar o poder wikiseguro. Mas, à primeira vista, a Wikileaks tem maior potencial para favorecer as forças democráticas e anti-capitalistas. Para que esse potencial se concretize são necessárias duas condições: processar o novo conhecimento adequadamente e transformá-lo em novas razões para mobilização.

Quanto à primeira condição, já sabíamos que os poderes políticos e econômicos globais mentem quando fazem apelos aos direitos humanos e à democracia, pois que o seu objectivo exclusivo é consolidar o domínio que têm sobre as nossas vidas, não hesitando em usar, para isso, os métodos fascistas mais violentos. Tudo está a ser comprovado, e muito para além do que os mais avisados poderiam admitir. O maior conhecimento cria exigências novas de análise e de divulgação. Em primeiro lugar, é necessário dar a conhecer a distância que existe entre a autenticidade dos documentos e veracidade do que afirmam. Por exemplo, que o Irã seja uma ameaça nuclear só é “verdade” para os maus diplomatas que, ao contrário dos bons, informam os seus governos sobre o que estes gostam de ouvir e não sobre a realidade dos fatos. Do mesmo modo, que a táctica norte-americana da contra-insurgência esteja a ser usada nas favelas é opinião do Consulado Geral dos EUA no Rio. Compete aos cidadãos interpelar o governo nacional, estadual e municipal sobre a veracidade desta opinião. Tal como compete aos tribunais moçambicanos averiguar a alegada corrupção no país. O importante é sabermos divulgar que muitas das decisões de que pode resultar a morte de milhares de pessoas e o sofrimento de milhões são tomadas com base em mentiras e criar a revolta organizada contra tal estado de coisas.

Ainda no domínio do processamento do conhecimento, será cada vez mais crucial fazermos o que chamo uma sociologia das ausências: o que não é divulgado quando aparentemente tudo é divulgado. Por exemplo, resulta muito estranho que Israel, um dos países que mais poderia temer as revelações devido às atrocidades que tem cometido contra o povo palestiniano, esteja tão ausente dos documentos confidenciais. Há a suspeita fundada de que foram eliminados por acordo entre Israel e Julian Assange. Isto significa que vamos precisar de uma Wikileaks alternativa ainda mais transparente. Talvez já esteja em curso a sua criação.

A segunda condição (novas razões e motivações para a mobilização) é ainda mais exigente. Será necessário establecer uma articulação orgânica entre o fenómeno Wikileaks e os movimentos e partidos de esquerda até agora pouco inclinados a explorar as novas possibilidades criadas pela RTI. Essa articulação vai criar a maior disponibilidade para que seja revelada informação que particularmente interessa às forças democráticas anti-capitalistas. Por outro lado, será necessário que essa articulação seja feita com o Foro Social Mundial (FSM) e com os media alternativos que o integram. Curiosamente, o FSM foi a primeira novidade emancipatória da primeira década do século e a Wikileaks, se for aproveitada, pode ser a primeira novidade da segunda década. Para que a articulação se realize é necessária muita reflexão inter-movimentos que permita identificar os desígnios mais insidiosos e agressivos do imperialismo e do fascismo social globalizado, bem como as suas insuspeitadas debilidades a nível nacional, regional e global. É preciso criar uma nova energia mobilizadora a partir da verificação aparentemente contraditória de que o poder capitalista global é simultaneamente mais esmagador do que pensamos e mais frágil do que o que podemos deduzir linearmente da sua força. O FSM, que se reune em Fevereiro próximo em Dakar, está precisar de renovar-se e fortalecer-se, e esta pode ser uma via para que tal ocorra.

Por Boaventura de Sousa Santos, sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).

www.agenciacartamaior.com.br

Canção em homenagem ao querido Papai Noel/CDL


Do blogue de Rui Porão
A campanha pra ESFOLAR as crianças pobres de Imperatriz continua na PRAÇA DE FÁTIMA. Ate o dia de ontem (15) o CDL continuava cobrando R$ 8 reais por cada foto tirada com o Papai Noel, pode parecer que eu estou falando de algo muito pequeno, mas não é, a exploração que esta sendo feita ali é muito grande, o CDL estima para esse ano só com as fotos cerca de R$ 400 mil reais, meu irmão é muito dinheiro. Essa campanha SONHO DE NATAL, não pode ser bancada pelas crianças, e a maioria delas são crianças pobres. Estive conversando com vários empresários que estão participando desta campanha, eles me disseram que quem banca essa campanha são eles, quando eu disse o que o CDL estava fazendo com as crianças em nome desta campanha, eles simplesmente ficaram pasmos, não sabem o que esta sendo feito com esse dinheiro. Esta é a terceira denúncia que faço, o Marlon também fez em seu Blog, tenho certeza que o Prefeito Madeira já esta sabendo, espero que ele bote um fim nesta IMORALIDADE. (Fonte: Blog do Rui Porão)

17 de dezembro de 2010

Grupo petista ligado a Manoel da Conceição debate futuro na sigla


O histórico militante da AP (antiga Ação Popular ) Manoel da Conceição e demais companheiros ligados ao que restou de coerente e sério no PT do Maranhão debatem neste exato momento o futuro na sigla. A informação nos chega por intermédio de um dos militantes.

As idéias são entre elas: irem em bloco para o PcdoB ou Psol, ou criar um sigla partidária nova. Sobre esta segunda proposição uma articulação nacional de novos dissidentes estaria sendo feita, nos próximos dias.

Cumpre lembrar que para seu Manoel, a idéia de ir para o PcdoB nunca lhe foi lá uma proposição muito simpática, desde os tempos de chumbo da ditadura militar. É que seu Manoel junto com outros companheiros da AP, sempre olharam com bastante desconfiança o pragmatismo exagerado do Partido Comunista do Brasil.

Membros da executiva Estadual do Psol já reiteraram um convite formal a seu Manoel e Dutra, numa carta lida por seus parlamentares na época da greve de fome feita pelos dois em protesto ao golpe que possibilitou o apoio formal da sigla ao grupo Sarney.

Para uma parte significativa da militância, falta ao Psol um projeto de poder popular que estabeleça o diálogo com as massas. No entanto é preciso lembrar que “nenhuma solução é definitiva e todo equilíbrio é provisório”. O caráter de perspectiva mais a esquerda do Partido Socialismo e Liberdade é justamente ponto de reflexão para que a classe política burguesa não cumpra mais “exageros”, o que não significa necessariamente falta de vocação para a chegada ao poder.

Notas & Rápidas

Sânzio Rossiny no Café Recanto Verde

O cantor Sânzio Rossiny dá o tom da noite de sexta-feira no Café Recanto Verde. O músico se apresenta hoje (17), a partir das 20h, num dos mais belos cenários etílico-paisagísticos de São Luís. Em seu repertório o artista saúda grandes nomes de nossa música, dos tradicionais aos contemporâneos. Não faltam obras de Chico Buarque, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Roberto Carlos, Chico César, Lenine, João do Vale, Tom Jobim, Djavan, Zé Ramalho e João Bosco, entre muitos outros.( Fonte: Zema Ribeiro)

FMI chega à final com 14 músicas classificadas

Após duas rodadas classificatórias, na terça (14) e quarta-feira (15), o Festival de Música de Imperatriz (FMI) chega à grande final na noite de hoje. O evento musical que se realiza este ano no palco da Romano’s Pizzaria tem atraído a atenção de centenas de pessoas que ali comparecem para torcer por seus autores e intérpretes preferidos. O festival reuniu 28 músicas num universo de 72 composições inscritas. Após uma triagem feita por uma equipe de profissionais da área musical, foram escolhidas as 28 que disputaram as duas etapas classificatórias. Em cada fase foram escolhidas 7 músicas, somando-se as 14 consideradas melhores composições para a final de hoje.(Fonte: Jornal O Progresso)

Movimentos Sociais pedem a cassação de Roseana Sarney

A Cáritas Brasileira –Regional Maranhão,o Conselho Indigenista Missionária (CIMI) e a Associação de Saúde da Periferia do Maranhão protocolaram hoje na Procuradoria Regional Eleitoral, Notícia de prática de abuso de poder, captação ilícita de sufrágio, gastos ilícitos de campanha e fraude eleitoral em desfavor da governadora Roseana Sarney (PMDB). Sobre o abuso de poder, as entidades mostram a série de convênios realizados com as prefeituras do Maranhão na antevéspera do período eleitoral com a finalidade de arregimentar os prefeitos para a reeleição da governadora. (Fonte: Blog do Frederico Luis)

Sentença da Corte IDH: Brasil é obrigado a investigar e punir os crimes da ditadura militar

Rio de Janeiro, São Paulo e Washington DC, 14 de dezembro de 2010 - A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), em uma sentença histórica notificada hoje, determinou a responsabilidade internacional do Brasil pelo desaparecimento forçado de, pelo menos, 70 camponeses e militantes da Guerrilha do Araguaia entre os anos de 1972 a 1974, durante a ditadura militar brasileira. Conforme compromisso assumido internacionalmente, é obrigatório e vinculante o pleno cumprimento desta sentença pelo país.Esta é a primeira sentença contra o Brasil por crimes cometidos durante a ditadura militar, que permite discutir a herança autoritária do regime ditatorial e contribui para o estabelecimento de uma cultura do "Nunca Mais" no país. A sentença está disponível no website da Corte Interamericana:

http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_219_por.pdf

Apresentações dos corais Timbira e Curumim emocionam

O Natal da Gente, promovido pela Prefeitura de Imperatriz, desde o último dia 14, tem levado música e muita emoção a diversos pontos da cidade por intermédio dos corais Curumim e Timbira, regidos pelo maestro Giovani Pietrinni. Com um repertório repleto de antigas e novas canções de Natal, as apresentações já ocorreram na Câmara Municipal, 50º BIS, Jardim Canossa e ontem no Naise (doentes mentais). Hoje as apresentações ocorrerão no Fórum Henrique de La Rocque e no Hospital Municipal, incluindo a unidade Infantil (Socorrinho), e à noite, no “Bazar de Natal”, na Praça da Cultura.

16 de dezembro de 2010

Rápidas & Rasteiras

Açailândia tem novo juiz

O presidente do Tribunal de Justiça (TJMA), desembargador Jamil Gedeon, deu posse nesta quarta-feira, 15, ao juiz de direito Ângelo Alencar dos Santos, titular da comarca de Guimarães, promovido para a 1ª Vara da comarca de Açailândia, de entrância intermediária. O magistrado foi promovido na sessão plenária administrativa.

R$ 316.922.000,00

É o valor "estimado" para mais ou para menos que a Câmara dos Vereadores aprovou ontem, dia 15, para o orçamento da prefeitura de Imperatriz correspondente ao ano de 2011. Até agora nenhum release oficial (de nenhuma das casas) foi divulgado, informando quantas emendas teve o orçamento e seus respectivos autores, assim como também não é informado qual pasta teve mais destinação de recursos.

Farra dos imóveis alugados continua em Imperatriz

Não é pra menos que a prefeitura municipal se queixa de falta de recursos. Com tantos alugueis de imóveis particulares na folha de despesa do município, a sangria de orçamento só cresce cada vez mais. Enquanto isso, os imóveis públicos ficam abandonados e destruídos, a exemplo do Barjona Lobão e do antigo prédio onde funcionava a Biblioteca Pública “Olavo de Carvalho”. É uma verdadeira farra, que viciou gestores e os donos dos imóveis, difícil de ser quebrada.

Natal gordo: Congresso aprova aumento salarial para parlamentares, ministros e presidente

Os senadores aprovaram o reajuste salarial que eleva para R$ 26.723,13 os rendimentos de deputados, senadores, ministros, presidente e vice-presidente da República. A matéria foi votada mais cedo na Câmara e assim que chegou ao Senado foi posta em votação.

Agora, caberá ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), promulgar o projeto de decreto legislativo apresentado pela Mesa Diretora da Câmara.

Pelo texto aprovado, deputados e senadores, que ganham atualmente R$ 16,5 mil, terão a partir de fevereiro um reajuste de 61,8%, mais as vantagens que recebem além dos salários. O reajuste para o salário de presidente da República será de 133,9%, já que hoje o salário do chefe do Executivo é de R$ 11,4 mil. Para os ministros de Estado, que recebem R$ 10,7 mil, o percentual do reajuste será ainda maior.

15 de dezembro de 2010

Internautas gostariam de ter Alceu Valença no reveillon de Imperatriz

Na enquete promovida por este blog, cuja função era permitir aos gestores do governo e da cultura conhecerem as tendências e gostos musicais da população imperatrizense, foram colocadas algumas opções de atração para o próximo grande evento da cidade - o réveillon da Beira-Rio.
Cumpre lembrar bem que mesmo que as rádios da cidade, já acostumadas a rodar o forró-vulgar-sertanejo-univesitário que está em moda hoje em dia pelo pagamento do famoso jabá, o povo, em geral, já demonstrou por diversas vezes que aprecia outros estilos de músicas e letras. Como exemplo claro disso, vimos a apresentação do maranhense Zeca Baleiro ser um verdadeiro sucesso na vira de 2008 para 2009.
Um apresentador de um telejornal que, para não me sujar de merda, não mencionarei o nome, teve a discrepância de na época afirmar que o show “não daria certo” por que “este não era o estilo do imperatrizense”, que “o povo aqui gosta é de ‘brega, forró ou sertanejo’”.
Nada contra estes estilos e nem a favor, mas mal sabia o desinformado apresentador que estes ritmos musicais, respectivamente são do Pará, do Ceará e de Goiás, sendo Zeca Baleiro a mais legítima das atrações para consagrar de fato a música maranhense. Quem não lembra do hit “Vô embolâ” ?
Quem não se lembra também de Paulo Ricardo no aniversário da cidade, mesmo sendo do Sul, demonstrando a força da musicalidade mais elaborada e de letras clássicas do rock brazuca? A grande maioria que estava por lá dançou curtiu, adorou.
Alceu Valença venceu nossa enquete para mostrar que os tempos nunca foram tão favoráveis à volta da música de qualidade no circuito de shows e na programação para as rádios locais. Assim como nos anos 80, época de ouro dos festivais imperatrizenses, como o Faber, que trazia atrações como Gilberto Gil, Zé Ramalho, Engenheiros do Hawaii, Ed Motta e tantos outros bastiões da boa musica nacional.
Fica a dica então para empresas e poder público incentivarem o alargamento deste, que é um mercado promissor para todos: ouvintes e artistas da música popular brasileira. E quem sabe no próximo aniversário de Imperatriz não possamos ser agraciados com uma apresentação do cantor pernambucano autor de “Solidão”, “Punhal de Prata” e “La Belle d’ Jour”?!
Eis algumas curiosidades sobre Alceu: Formado em Direito na capital Recife, é considerado um artista que atingiu maior equilíbrio estético entre as bases musicais nordestinas com o universo dos sons elétricos da música pop. Influenciado pelos maracatus, cocos e repentes de viola, Alceu conseguiu utilizar a guitarra, - que chegou a galope montada nas costas do rock and roll de Elvis - com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico nas suas canções.
Segue abaixo um vídeo da canção "Morena Tropicana":

14 de dezembro de 2010

Anarkophobia hoje e sempre.


20 anos de ANARKOPHOBIA, um dos melhores discos do Rock Brasil, lançado em pleno caos inflacionário que vivia o país no inicio dos anos 90.

Um dos gratos prazeres que tive quando adolescente e antenado em música era poder chegar da escola e sem ao menos tirar o uniforme jogar a mochila em cima da cama, pegar aquele vinil (ainda sou do tempo do vinil, mas se bem que ta voltando né!) e deixar rolar na vitrola.
Dos discos que ficavam entre os meus preferidos, cujas canções não saiam da cabeça, um dos mais “viciantes”, sem dúvida nenhuma foi o disco Anarkophobia, da banda paulista Ratos de Porão. Duro e direto como uma cachuleta na orelha, vários são os adjetivos que eu poderia enumerar para defini-lo, mas resumo todos eles há um só: ROCK ROLL PURO!
Isso musicalmente falando. As letras é outro caso a parte. Quantas reflexões sobre o mundo dá pra tirar de: “Sofrer” “Igreja Universal” e etc. Sem dúvida merecem uma leitura mais critica. Sobre a banda em si, outra curiosidade que deve ser analisada: Os caras eram junkies! João Gordo quase morre de tanto fumar e cheirar. Vantagem? Não...mais com uma sinceridade sem igual, que casava bem com a leitura de mundo que a banda tinha. Um mundo desnorteado, caótico, hipócrita, violento e sempre muito injusto. Qualquer semelhança com a realidade não seria mera coincidência ?

Anarkophobia é o quinto álbum da banda Ratos de Porão, sendo lançado em 1998 novamente pela Gravadora Eldorado, e no exterior sendo lançado pela Roadracer Records.

Este é o álbum da banda onde há mais influências de thrash metal, sendo repudiado pelos antigos fãs e saudado pelos fãs de metal extremo da época.

O álbum foi gravado em Berlim na Alemanha, e produzido novamente por Harris Johns.

Na edição em CD da versão em português, há uma versão da música "Jardim Elétrico" da banda Os Mutantes como faixa-bônus, que foi lançada originalmente em 1989 no álbum-tributo à Arnaldo Batista, Sanguinho Novo.

Português
Lado A
"Contando os Mortos" (João Gordo) – 4:50
"Morte ao Rei" (João Gordo) – 3:33
"Sofrer" (João Gordo) – 3:11
"Ascensão e Queda" (João Gordo) – 2:05
"Mad Society" (João Gordo) – 3:59
Lado B
"Ódio 3" (João Gordo) – 4:57
"Anarkophobia" (João Gordo) – 3:44
"Igreja Universal" (João Gordo) – 3:42
"Commando" (The Ramones) – 1:44
"Escravo da T.V." (João Gordo) – 4:22
Faixa-bônus do CD
"Jardim Elétrico" (Os Mutantes) – 1:22

Inglês
Lado A
"Counting the Dead" (João Gordo) – 4:43
"Death of the King" (João Gordo) – 3:28
"Born to Suffer" (João Gordo) – 3:08
"Rise and Fall" (João Gordo) – 2:03
"Mad Society" (João Gordo) – 3:52
Lado B
"(All I Need Is) Hatred" (João Gordo) – 4:49
"Anarkophobia" (João Gordo) – 3:39
"Universal Church" (João Gordo) – 3:36
"Commando" (The Ramones) – 1:41
"T.V. Slave" (João Gordo) – 4:16

13 de dezembro de 2010

O novo e o velho coronelismo no Brasil


Antonio Carlos Magalhães na Bahia, Joaquim Roriz no Distrito Federal, Tasso Jereissati no Ceará e tantos outros políticos brasileiros são figuras públicas, marcadas pelo fenômeno social e histórico conhecido comumente por “coronelismo”. Surgido ainda no período colonial e tão presente nos dias de hoje, o termo tem origem nos títulos que a Guarda Nacional – milícia de cidadãos criada pelo Regente Diogo Antonio Feijó em 1831- distribuía aos grandes proprietários de terras e outras pessoas influentes que em troca forneciam ajuda para manter a ordem pública em uma época de crescentes insurreições e revoltas que caracterizaram todo o período regencial.

A figura do “coronel”, no entanto, como dito acima, é oriunda do Brasil colonial, que tinha nos chefes locais o organizador-mor das comunidades, de certa forma, análogo a um senhor feudal europeu, mesmo que em condições diversas. Segundo o historiador Raimundo Faoro, em seu clássico trabalho “Os Donos do Poder”, a origem da corrupção e burocracia no país teriam se dado através do processo de colonização por Portugal, então um Estado absolutista. De acordo com o autor, toda a estrutura patrimonialista foi trazida para cá. No entanto, enquanto isso foi superado em outros países, acabou sendo mantido no Brasil, tornando-se a estrutura de nossa economia política.

Segundo a socióloga Maria Isaura Pereira o fenômeno conhecido por “mandonismo” foi comum as varias colônias européias na América Latina e dependendo da região possuía características próprias: era o “caudilho” argentino, o “gamonal” peruano, o “cacique” espanhol.

O tempo passou e a figura do coronel resistiu no Brasil. Durante a chamada Republica Velha (1989-1930), o coronel indicava os candidatos a deputado federal que o eleitor deveria votar, através por vezes da troca simbólica entre algum favor recebido – ou em espera – onde o eleitor reconhecia o poder que o coronel tinha em conseguir alguma benfeitoria no município ou na entrega de cargos públicos a quem lhe agradasse.

Em pleno século XXI o fenômeno não deixou de existir e se adequou aos novos tempos. Cabe lembrar que os atuais coronéis em muitos casos são herdeiros diretos dos antigos patriarcas e senhores do engenho, da casa-grande, que herdam dinasticamente o poder político que lhes é repassado.

Os novos métodos de dominação são outros. Um deles é o controle total e irrestrito dos meios de comunicação, como rádio, TV, jornais impressos, etc. O coronel de hoje finalmente não é mais o fazendeiro de terno branco, botas e chicote de couro na mão. Ele viaja de avião, conhece a Europa e às vezes até tem título universitário.

Minha tese e a de que num futuro não muito distante, os historiadores e sociólogos irão estudar e descrever o “canto do cisne” do coronelismo, como um processo que cumpriu uma triste transição para nossa História Política rumo a condições mais democráticas e socialmente justas. O nosso poder de comunicação agradece.

12 de dezembro de 2010

Novo Código Florestal pode ir à votação nesta semana no Plenário da Câmara


Na terça feira, dia 7/12, foi fechado um acordo entre a liderança do governo e a bancada ruralista para a votação, na semana que vem, do regime de urgência para o Novo Código Florestal (Projeto de Lei 1876/1999), que permite grande avanço do agronegócio sobre as florestas brasileiras. Conforme mostrou a Agência Câmara, apesar do acordo envolver somente a votação do "regime de urgência" (ou seja, a priorização do projeto dentro do conjunto de votações), o coordenador da Frente Parlamentar do Agronegócio, Valdir Colatto (PMDB-SC) disse que os ruralistas vão tentar votar e aprovar a matéria já nesta terça, dia 14, desta semana.
Ou seja: fazer acordo para votar a "urgência" do Projeto é abrir a porta para que manobras sejam feitas na madrugada – como várias vezes já foi feito no Plenário da Câmara – para que matérias nocivas sejam votadas de surpresa. E mesmo que o projeto não seja votado este ano, caso a "urgência" seja aprovada ele já terá prioridade para votação no início do ano que vem.

11 de dezembro de 2010

Manifesto por uma Universidade Sul do Maranhão

O presente artigo busca viabilizar através do debate com a população da região sul do Maranhão, em especial a região Tocantina, subsídios teóricos e práticos para articulação de uma nova universidade pública, de caráter federal ou estadual, que possibilite responder aos anseios da sociedade em termos de tecnologia,desenvolvimento e preservação dos recursos naturais, flora e fauna.

Vivemos a chamada “era do conhecimento”. As novas relações econômicas (setor terciário ou de serviços intangíveis) potencializam a importância da tecnologia de informação para o conhecimento de todos os processos produtivos. Nos países desenvolvidos e nas grandes metrópoles esses serviços já superam em larga distância os setores da indústria e da agricultura, antes tradicionais motores da economia. Segundo o renomado economista Ladislau Dowbor, em seu livro “O que acontece com o trabalho?” (2006), essas mudanças na configuração econômica representam uma verdadeira revolução, não mais como “revolução da infra-estrutura”, como a ferrovia ou o telegrafo, ou de maquinas, mas de sistemas de organização do conhecimento, ou seja, é a própria forma de se inovar tecnologicamente que está sendo revolucionada. Essa mudança surge de forma sensivelmente ligada à necessidade de se apresentar novas relações econômicas, de se vencer os desafios ligados à condição do homem na natureza e na sociedade. Que seja capaz de produzir e gerar riqueza de forma sustentável, que apresente um desenvolvimento social e vença os diversos desafios que são impostos pela ciência. Afinal o mundo mudou muito desde a era da Revolução Industrial, não dá mais pra se poluir tanto com outrora, só pra citar um exemplo. Inicio este texto com algumas dessas considerações para ilustrar e sustentar a tese que mais adiante tratarei melhor. Vamos agora a segunda parte da analise, e que servirá também de arcabouço teórico.

Imperatriz representa hoje não apenas a segunda cidade do Estado do Maranhão. Sabe-se claramente que além de um ser um dos principais pólos econômicos do Nordeste, entre os 20 municípios nordestinos com o maior PIB, a cidade possui o diferencial de ter seu mercado alargado a mais de 80 municípios, segundo o historiador Adalberto Franklin, Imperatriz exerceria sua influência direta num raio onde residiria cerca de 1,6 milhões de habitantes. Com 157 anos de emancipação (bem completados agora), a cidade é um grande centro comercial e distribuidor, atacadista e varejista, possuindo um elevado consumo de bens e serviços, onde as pessoas visitam para comprar, vender, tratar-se medicamentosamente, utilizar serviços jurídicos e outros. Não obstante a tudo isso, a cidade sofre com a falta de projetos verdadeiramente ligados com as potencialidades econômicas que lhe compete. Os entraves peculiares são na maioria ligados a falta de uma “intelligentsia”, que perceba a necessidade de demandas para melhor aproveitamento de seu potencial produtivo. Isso por que Imperatriz possui em seu entorno (além de parcerias com as cidades vizinhas) terras agricultáveis de qualidade, um rio fértil e ainda não totalmente poluído, (mas que se encaminha para isso) e principalmente, a vocação comercial e a estrutura necessária para as atividades econômicas semelhantes as grandes metrópoles, como os setores de conhecimento, da tecnologia, do assessoramento, da intermediação e do gerenciamento e comunicação. Ainda segundo Franklin, em seu livro Historia Econômica de Imperatriz:

“A baixa produção agrícola e agroindustrial, porem, é responsável por uma elevada evasão financeira, fazendo com que o comercio local seja essencialmente, um entreposto comercial de mercadorias produzidas em outras regiões [...] O investimento necessário em tecnologia, subsídios e disseminação de conhecimentos, em médio prazo, seriam muito mais baixos que os dispêndios e concessões dados aos grandes empreendimentos que se instalaram no Estado”.

Esses empreendimentos, diga-se, são na maioria de caráter privado de grande porte, de capital e gerenciamento exterior, e se implantam apenas para drenar as riquezas locais e investir os lucros em outras regiões, apresentando-se com caráter desenvolvimentista, mas que na realidade só empobrecem mais a região. Tornando-a um mero apêndice do mercado. Abordarei agora a tese de que mencionei anteriormente, e que de certa forma já foi pincelada no texto. Senão vejamos. Se por um lado, através de projetos que potencializassem a economia local, mudaríamos esse quadro de meros “atravessadores” na economia, por outro com a criação de uma Universidade Estadual/Federal, autônoma, da Região Tocantina, em Imperatriz, teríamos a possibilidade real de fomentar o conhecimento local, que poderia servir de catalisadora dessa intelligentsia capaz de discutir e encontrar alternativas e caminhos que levem a um verdadeiro desenvolvimento social e econômico da comunidade. Permitindo também a melhor capacitação, através de concurso público com a participação e formação de mais doutores e mestres que possibilitaria um retorno científico para o estudo de questões proeminentes e característicos dessa região, do sul do Maranhão e que são proeminentes de todo o Estado, como: as florestas enérgicas, hidrelétricas, assentamentos, questões da produtividade para agricultura familiar, da saúde, do extrativismo, das questões do turismo, da siderurgia e da celulose.

Explico melhor: a região possui uma agenda própria no que diz respeito a varias dessas questões. Os impactos sócio-ambientais dos grandes projetos, do saneamento, os produtores do terceiro setor nos municípios, quer seja pela siderurgia ou pela indústria da celulose, da agricultura de escala, enfim, todos poderiam utilizar da estrutura da Universidade, no sentido mais amplo que este termo possa ser entendido. Alem disso o setor educacional no nível superior, ganharia mais celeridade, já que não dependeria de uma administração fora da região, diminuindo assim a burocracia estatal e de acesso ao ensino superior. Infelizmente UEMA e UFMA não podem ter essa AUTONOMIA devido a sua própria dinâmica interna, que possui seu maior contingente de mestres e doutores em São Luis, alem de centralizar financeiramente os recursos na capital. Precisamos articular os diversos segmentos da sociedade e do poder público e privado em torno desse propósito, criando uma rede de discussões e apresentação da idéia para a totalidade da comunidade. Utilizando os exemplos de Universidades já criadas em outras regiões, e discutindo junto aos parlamentares a viabilidade de uma instituição de ensino superior, que possibilite uma melhor dinâmica de criação de conhecimento para nossa agenda regional e global, que diminua os entraves burocráticos diversos, frutos da falta de uma UNIVERSIDADE de verdade para a região. A proposta de criação de uma UNIVERSIDADE do Sul do Maranhão deverá ser, portanto, pautada para e pela sociedade, através dos setores dos trabalhadores, dos empresários, estudantes, enfim, todo setor produtivo, envolvendo a totalidade dos cidadãos e cidadãs do campo e da cidade, que acreditam no potencial de Imperatriz e Região Tocantina.

Expedito Barroso vence eleição para Direção de Centro da Uema/Cesi

Acabo de receber a ligação (00:48) de um companheiro do movimento estudantil bem conhecido da classe acadêmica de Imperatriz e da militância mais dedicada, nosso amigo Eiderson “Kbecinha”.

Kbecinha nos informa que o resultado final da eleição está praticamente encerrada, faltando apenas os votos do alunado para fechamento do processo de contagem.

Entre os professores a votação deu o seguinte resultado: 87 votos válidos para Expedito Barrosso e 37 votos válidos para o restante dos quatro candidatos, tendo o Prof. Paulo Catunda, ficado em segundo lugar. Entre os funcionários Expedito obteve grau máximo de votação, sendo que nenhum destes votou em outro senão no atual diretor.

Portanto os três primeiros colocados são pela ordem: Expedito Barroso, Paulo Catunda e Siney Ferraz.

Parábens ao companheiro Expedito pelo reconhecimento de seu trabalho. A luta continua....

10 de dezembro de 2010

Ex-banqueiro alemão cita Roseana em seu livro de denúncias


O banqueiro Rudolf Elmer, ex-vice-diretor da filial do banco suíco Julius Bär, nas ilhas Cayman, confirmou em livro editado no último mês de março, na Alemanha, que a governadora Roseana Sarney era uma das clientes do banco.

O titulo do livro é bem sugestivo: “Terror Bancário” e a informação confirma dados obtidos pela ONG Wikileaks, especializada em rastrear dinheiro sujo. Segundo a organização, Roseana e Jorge Murad abriram uma conta em 1993 que teria movimentado 150 milhões de dólares até 1999. ·.

O livro de Elmer ainda não editado em português, mas existem trechos disponíveis na internet, é só usar o google idiomas e ter alguma paciência pra compreender os enunciados.

Segundo a revista Istoé-dinheiro, Elmer é uma espécie de “homem-bomba da Suíça”, devido ao grande acumulo de informações que possui ao longo dos seus sete anos auditor do banco em Zurich, na Suíça, onde acabou sendo promovido a vice-diretor responsável pelas operações nas ilhas Cayman. Conhecido paraíso fiscal para políticos que utilizam o estado de direito para transações financeiras sigilosas.

Elmer manifestou recentemente disponibilidade para prestar esclarecimentos a justiça brasileira, em sua entrevista a revista Istoé-dinheiro: “passaram pelo Julius Bäer em Cayman empresários, políticos e advogados brasileiros. Se houver interesse, posso vir a colaborar com a Justiça brasileira.” Afirma.

O livro de Rudolf Elmer abre caminho para que as autoridades brasileiras puxem o fio dessa intrincada meada. Resta para nós maranhenses o vexame de saber que a única pessoa de nacionalidade brasileira citada no livro foi Roseana Sarney, que agrega agora ao seu repertório de práticas suspeitas um palavrão, Korruptionskandal, que não é preciso conhecer alemão, basta conhecer o sobrenome Sarney para entender.

Entenda melhor os detalhes clicando aqui

9 de dezembro de 2010

Boletim ê-maranhão destaca: Salário de Roseana é 1.070 vezes menor do que ela gastou na campanha e o povo marcha contra a corrupção

ê-maranh@o

Boletim Eletrônico do Projeto “Nós de Rede”. Nº 24 - 08/DEZ/2010

TRIBUNAL POPULAR DO JUDICIÁRIO
No Dia Internacional contra a Corrupção (9/12 - quinta-feira), 500 lideranças de todas as regiões do Maranhão realizam a II Marcha do Povo contra a Corrupção e pela Vida, em São Luís (MA). (saiba mais aqui).

BLOG DU BOIS
O salário de Roseana Sarney, a partir de 1º de janeiro, será de 14 mil 409 reais e 95 centavos. Valor mil e setenta vezes menor do que ela declarou ter gasto em sua campanha eleitoral. O novo salári foi aprovado pela Assembléia Legislativa. (saiba mais aqui).

CONEXÃO BRASÍLIA-MARANHÃO
O que teve início como aliança política constrangedora entre líderes políticos com trajetórias muito distintas se transformou em compadrio (leia mais).

BLOG Do controle social
O blog do controle social - editado por Wellinton Resende denuncia: há três meses os salários dos contratados da Secretaria de Meio Ambiente estão atrasados. Sequer a troca repetida de institutos para efetivar o pagamento se concretiza. (leia mais).

ARTIGO - JOÃOZINHO RIBEIRO
No próximo dia 11 de dezembro, Noel de Medeiros Rosa - Noel Rosa - o poeta da Vila Isabel, completaria um século de existência. (leia mais).

TWITTER.COM

@ClaudioPavao: Essa ansiedade que domina é uma esperança profunda. São 72 hospitais ou um grande pé na bunda.

@AyalaGurgel: A namorada sem amor é nada, como na palavra, que se retirar a palavra amor, fica nada: n(AMOR)ada (F.P. Nóbrega).

@marcelotas: Nos EUA, WikiLeaks publica documentos secretos de Hillary Clinton. Aqui se proibe falar de Fernando Sarney. Viva a democracia brasileira!

8 de dezembro de 2010

PARA O CESI/UEMA NÃO REGREDIR, EXPEDITO BARROSO DIRETOR DE CENTRO NOVAMENTE

Por Jhonny Santos*

Quando entrei no Centro de Estudos Superiores de Imperatriz da Universidade Estadual do Maranhão no ano de 2004, percebi o descaso e a forma intolerante e agressiva como os alunos eram tratados em todas as instancias. Desde a reitoria até as chefias de departamento, o autoritarismo era a marca registrada na UEMA. Criticar, reclamar e protestar eram coisas de outro mundo.

Os que faziam parte do Movimento Estudantil eram taxados de baderneiros, gays ou maconheiros. Essas injurias não me preocupava muito, o que me preocupava era forma tacanha e preconceituosa como nós éramos tratados. Se por um lado nós reclamávamos melhores condições de ensino, pesquisa e extensão, por outro prevalecia o silêncio.

Este silêncio era desejado pelos que ocupavam os cargos de chefias nessa universidade. Zelar pelo silêncio e comodismo na UEMA era o dever dos membros dessa rede corruptível. O pior de tudo é que essa rede era grande.

Do reitor que se elegeu a deputado, do chefe de departamento que se perpetuava sem eleição, do processo seletivo de cartas marcadas, dos cursos privados na universidade pública, dos TIDES que trabalhavam nas particulares, dos professores que não apareciam, dos alunos que se vendiam. Uma infinidade de elementos que se entrelaçavam e faziam da UEMA um espaço de tramóias e não de uma verdadeira universidade pública.

Lembro de como bolsa de iniciação cientifica era algo raro e quem tinha, no máximo 5 a 8 alunos, podia se considerar um abençoado.

Lutar contra os descalabros da UEMA não era fácil, eu mesmo recebi uns três processos juntamente com outros companheiros que não aceitavam esses desvios de finalidade. Mas fomos pra linha de frente, por acreditar que poderíamos mudar essa realidade.

Essa realidade começa a se desconfigurar com a eleição para reitor no ano de 2006. No I Encontro de Movimento Estudantil em Imperatriz lançamos o professor Juca candidato de uma classe a reitor da UEMA tendo como vice a professora Célia Pires. O DCE de Imperatriz levanta essa bandeira. No começo parecia loucura. Recurso financeiro era nosso maior problema. Mas o desejo de mudança e a militância era nossa principal força.

Ouvi por diversas vezes, gestos e falas preconceituosa. Contudo, conseguimos ficar em segundo lugar. Assustamos a corrente corrupta e atrasada da UEMA. Uma das grandes vitórias do grupo que defendia a eleição de Juca conseguiu fazer com que o PQD, na época, pago, se tornasse gratuito. Retomamos o debate da Autonomia dos Centros.

As bandeiras que embalaram a campanha de Juca foram fundamentais para a vitória dos professores Gusmão no CCA e de Expedito no CESI. Ambos sempre estiveram afinados com a proposta de uma UEMA livre e sem dependência política, entendendo que o papel da universidade é produzir ciência.

Acompanhei de perto os 4 anos de gestão do professor Expedito. O diálogo é sua principal característica. Seu academicismo e companheirismo podem ser percebidos no dia-a-dia de quem convive ou tem um contato rápido com ele.

Agora, em 2010, respaldado na honestidade, na autonomia e coerência política, o professor Expedito Barroso é novamente candidato a direção do CESI/UEMA. Infelizmente não posso mais votar, mas, peço a tod@s, professores, servidores administrativos e alunos que não regridam, que não desfaçam esse projeto em construção conquistado com tanto esforço e dedicação pelos que já passaram pelo CESI/UEMA.

Finalizo, reforçando não apenas um pedido de voto ao professor Expedito, mas que fiquem alerta a qualquer manobra traiçoeira por parte dos que querem o atraso da universidade entregado-a a iniciativa privada e reconectando a rede corruptível que ainda existe na UEMA.

*Jhonny Santos é Mestrando em Desenvolvimento Sócioespacial e Regional/UEMA

7 de dezembro de 2010

Conselho Municipal de Cultura: A novela continua...

Atores envolvidos: Neai (Núcleo de Estudos Afro-Indigenas), Fórum Municipal de Cultura e Fundação Cultural de Imperatriz.

Sinopse: Onde está nosso Sistema Municipal de Cultura, nosso Museu e Casa de Memória, nossa tradicional Feira de Artes? Ficaram pra trás, re-lembradas apenas nas nossas mentes.

enredo: O conselho municipal de cultura, assim como o fundo municipal são ações e diretrizes imprescindíveis para a criação e funcionamento do Sistema Municipal de Cultura. Etapa máxima de democratização e valorização da esfera cultural de qualquer cidade, estado ou país. Os nomes dos conselheiros são retirados na Conferência Municipal de Cultura, (já realizada há hum ano) ou em outros momentos definidos pelas entidades e membros do poder público e da sociedade civil.

Últimos capítulos: Falta apenas uma vaga a ser preenchida para dar a posse e segmento legal para legitimação do conselho: Patrimônio Histórico. O Neai mesmo não tendo oficialmente participado da Conferência reivindicou para si a vaga, visto que iniciaram trabalhos de relevância no seguimento e, portanto haveria o interesse natural em estar compondo este conselho.

Um nome já havia sido ventilado antes, tanto por sociedade civil quanto por poder público. O deste que vós escreve. Mas, abri em mão por entender que seria mais interessante enquanto artista enviar e trabalhar em projetos. Mesmo assim segundo alguns, meu nome na verdade teria sido “rifado”, não sei por qual instância, nem muito menos aonde, pois eu “pedi pra sair”.

Cenas dos próximos capítulos: Segundo os coordenadores da Fundação Cultural até agora o nome a vaga em aberto não foi encaminhado, e a Prof. Maristane Rosa, coordenadora geral do Neai, já afirmou não ter mais interesse na dita vaga (sabe-se lá por que cargas d’água). O Fórum de Cultura (sociedade civil) resolveu então indicar a estudante e pesquisadora Karilene Costa, que também participa do Neai e do Fórum.

Continua.....

6 de dezembro de 2010

CDL promove apresentações culturais diariamente na Praça de Fátima

O Clube de Dirigentes Lojistas de Imperatriz (CDL) em uma boa iniciativa vem nos últimos anos promovendo apresentações e shows culturais com os artistas da terra, sempre nas noites natalinas da Praça de Fátima.

Segundo o produtor cultural e organizador do evento Axel Brito, a proposta objetiva da programação é inteirar os imperatrizenses com os artistas locais e criar uma espécie de vitrine cultural do que é produzido musicalmente na cidade.

Durante todo o período natalino muita musica ao vivo vai rolar no palco montando em frente à Igreja de Fátima, os estilos são para todos os gostos: musica sacra, “mundana”, pop, rock, reague, mpb, brega e hip hop.

Quem achar ruim que vá se queixar ao bispo, ele mora bem frente das apresentações e ao lado da igreja.

O Pescoço, velho proprietário de uma das lanchonetes da Praça de Fátima anda com um sorriso de orelha a orelha.

Por esses dias se apresentarão ainda: Neném Bragança. Pilantropia, Lena Garcia, Nanny Vieira, Pedro Bispo, Marcela Barros, Reginaldo Parente, Banda Orion e muitos outros.

Votos do pré-sal de Davi Junior e Pinto do Itamaraty

Por 204 votos a favor, 66 contra, 2 abstenções e 3 obstruções, os deputados aprovaram na noite desta quarta-feira (1º) o projeto do marco regulatório do pré-sal, que institui o modelo de partilha e cria o Fundo Social.


Os 71 traidores (66 contra + 2 abstenções + 3 obstrução) votaram contra o povo brasileiro ficar com uma parcela maior da riqueza, e entregá-las para os estrangeiros. Por isso o voto dele significa que foi um voto de lesa-pátria e de lesar o povo brasileiro.

MARANHÃO:


Davi Alves Silva Júnior /PR/MA

Pinto Itamaraty /PSDB/MA

5 de dezembro de 2010

PRECONCEITO OU FALTA DE CONHECIMENTO?

Por Gilbert Angerami*

Dando continuidade à divulgação das melhores resenhas críticas desenvolvidas por meus alunos nesse semestre, essa semana recebemos a visita das representantes do Centro de Cultura Negra Negro Cosme da cidade de Imperatriz/MA. Lembro mais uma vez que, para quem não sabe, resenha crítica é um texto que, além de resumir o objeto estudado, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e/ou negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica. Leremos a seguir o resultado do trabalho e o que os alunos transcreveram:

A existência do Centro de Cultura Negra Negro Cosme (CCNNC) assim como de outros movimentos a favor dos negros é uma prova das constantes lutas e dificuldades que eles ainda enfrentam desde a proclamação da sua liberdade. Isso é reflexo da grande hipocrisia com relação ao preconceito que ainda impera na sociedade, não só brasileira, mas também em todas aquelas que, infelizmente aderiram ao regime escravista. O negro sempre foi considerado como inferior e procura arduamente desmitificar a imagem negativa criada desde os tempos remotos da colonização. É sabido que a sociedade em que vivemos valoriza outro estereótipo, o que de certa forma, resulta na invisibilização desse negro, fazendo surgir um efeito bastante perverso. Crianças negras, por exemplo, nunca se vêm e o que elas olham é sempre o que é diferente delas. O uso de estratégias simples, como por exemplo, a introdução de mais bonecas negras no mercado de brinquedos dentre outras, podem ter um efeito positivo para reforçar a sua identificação cultural.

O CCNNC de Imperatriz procura exatamente resgatar e valorizar essa cultura negra. Um de seus principais embates é contra o preconceito racial forte e latente em nossa sociedade. Os militantes questionam e propõem a desconstrução de certos conceitos que inferiorizam os negros. O discurso é bem fundamentado, mas em alguns momentos, beira o extremismo, remetendo a uma ‘teoria conspiratória’ contra a etnia afro. Durante o debate realizado em sala de aula, questionou-se por exemplo, a correlação da cor preta a ‘coisas ruins’ e a origem etimológica de algumas palavras. A cultura ocidental associa a cor preta à morte, ao luto, assim como em alguns países do Oriente é a cor branca que simboliza tais situações. Não se trata apenas de nossa formação cultural, mas das sensações psicológicas que a cor nos proporciona dentro desse contexto. Algumas palavras do nosso vocabulário negativizam a cor preta – denegrir, como foi citado no debate – mas, embora sua origem tenha cunho preconceituoso, seu uso é constante e quase inevitável. Se levarmos ao pé da letra, muitas palavras – inclusive nomes próprios – precisarão ser abolidas dos nossos dicionários.

É inegável que a discriminação étnica é ferrenha e infundada – visto que grande parte do povo brasileiro descende dos africanos – mas é preciso lembrar que a luta pelo respeito, pela igualdade, deve continuar pautada na valorização do negro enquanto ser humano e cultura e não enquanto cor.

Atualmente, é lei e obrigatório que as escolas ensinem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito escolar e isso é o que o CCNNC procura reforçar nas escolas de Imperatriz. É necessário enfatizar a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A abordagem de temas como: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc, propiciam o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

O que podemos afirmar é que o preconceito não está atrelado simplesmente à etnia, sexo ou origem; mas o fato ser diferente, não é o que a sociedade prega como ideal.

O trabalho de conscientização realizado através da educação é sem dúvida um grande viés para a erradicação desse, que ainda hoje atormenta a maioria da população brasileira, preconceito racial que para muitos não está apenas na cútis das pessoas, mas sim nas almas e mentes dos que se dizem não negros. Preto é cor e não raça. Trechos das resenhas críticas dos alunos Clésio Mendes e Letícia Vale.

*Gilbert Angerami é Doutor em Comunicação e Cultura, Mestre em Marketing, jornalista, publicitário, ator e professor Adjunto III da UFMA - Campus Imperatriz. Mande seus comentários para o e-mail: gilbertangerami@hotmail.com

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