28 de novembro de 2013
8 de dezembro de 2010
PARA O CESI/UEMA NÃO REGREDIR, EXPEDITO BARROSO DIRETOR DE CENTRO NOVAMENTE
Por Jhonny Santos*
Quando entrei no Centro de Estudos Superiores de Imperatriz da Universidade Estadual do Maranhão no ano de 2004, percebi o descaso e a forma intolerante e agressiva como os alunos eram tratados em todas as instancias. Desde a reitoria até as chefias de departamento, o autoritarismo era a marca registrada na UEMA. Criticar, reclamar e protestar eram coisas de outro mundo.
Os que faziam parte do Movimento Estudantil eram taxados de baderneiros, gays ou maconheiros. Essas injurias não me preocupava muito, o que me preocupava era forma tacanha e preconceituosa como nós éramos tratados. Se por um lado nós reclamávamos melhores condições de ensino, pesquisa e extensão, por outro prevalecia o silêncio.
Este silêncio era desejado pelos que ocupavam os cargos de chefias nessa universidade. Zelar pelo silêncio e comodismo na UEMA era o dever dos membros dessa rede corruptível. O pior de tudo é que essa rede era grande.
Do reitor que se elegeu a deputado, do chefe de departamento que se perpetuava sem eleição, do processo seletivo de cartas marcadas, dos cursos privados na universidade pública, dos TIDES que trabalhavam nas particulares, dos professores que não apareciam, dos alunos que se vendiam. Uma infinidade de elementos que se entrelaçavam e faziam da UEMA um espaço de tramóias e não de uma verdadeira universidade pública.
Lembro de como bolsa de iniciação cientifica era algo raro e quem tinha, no máximo 5 a 8 alunos, podia se considerar um abençoado.
Lutar contra os descalabros da UEMA não era fácil, eu mesmo recebi uns três processos juntamente com outros companheiros que não aceitavam esses desvios de finalidade. Mas fomos pra linha de frente, por acreditar que poderíamos mudar essa realidade.
Essa realidade começa a se desconfigurar com a eleição para reitor no ano de 2006. No I Encontro de Movimento Estudantil em Imperatriz lançamos o professor Juca candidato de uma classe a reitor da UEMA tendo como vice a professora Célia Pires. O DCE de Imperatriz levanta essa bandeira. No começo parecia loucura. Recurso financeiro era nosso maior problema. Mas o desejo de mudança e a militância era nossa principal força.
Ouvi por diversas vezes, gestos e falas preconceituosa. Contudo, conseguimos ficar em segundo lugar. Assustamos a corrente corrupta e atrasada da UEMA. Uma das grandes vitórias do grupo que defendia a eleição de Juca conseguiu fazer com que o PQD, na época, pago, se tornasse gratuito. Retomamos o debate da Autonomia dos Centros.
As bandeiras que embalaram a campanha de Juca foram fundamentais para a vitória dos professores Gusmão no CCA e de Expedito no CESI. Ambos sempre estiveram afinados com a proposta de uma UEMA livre e sem dependência política, entendendo que o papel da universidade é produzir ciência.
Acompanhei de perto os 4 anos de gestão do professor Expedito. O diálogo é sua principal característica. Seu academicismo e companheirismo podem ser percebidos no dia-a-dia de quem convive ou tem um contato rápido com ele.
Agora, em 2010, respaldado na honestidade, na autonomia e coerência política, o professor Expedito Barroso é novamente candidato a direção do CESI/UEMA. Infelizmente não posso mais votar, mas, peço a tod@s, professores, servidores administrativos e alunos que não regridam, que não desfaçam esse projeto em construção conquistado com tanto esforço e dedicação pelos que já passaram pelo CESI/UEMA.
Finalizo, reforçando não apenas um pedido de voto ao professor Expedito, mas que fiquem alerta a qualquer manobra traiçoeira por parte dos que querem o atraso da universidade entregado-a a iniciativa privada e reconectando a rede corruptível que ainda existe na UEMA.
*Jhonny Santos é Mestrando em Desenvolvimento Sócioespacial e Regional/UEMA
2 de dezembro de 2010
Comunidade uemiana deve escolher Expedito Barroso novamente para Direção de Centro

13 de julho de 2010
Xamãs, artesãos e mestres da cultura popular serão professores da UnB
O companheiro Yuri Soares, do Centro Acadêmico de História da UNB, enviou-me o seguinte e-mail de uma novidade que merece repercussão neste blog: a valorização da cultura popular.
Universidade será a primeira no Brasil a ter uma disciplina baseada nos saberes tradicionais. Aulas devem começar no próximo semestre
Benki Pianko é um grande especialista brasileiro em reflorestamento. Maniwa Kamayurá conhece em detalhes as técnicas de construção indígena. Lucely Pio é capaz de identificar com precisão qualquer planta do cerrado. Mas o conhecimento de nenhum deles veio das salas de aula. Eles aprenderam o ofício com o avô, com a avó, com o pai, com a mãe. E passam sua sabedoria aos mais novos, aos filhos, aos netos. Agora, vão ensinar o que aprenderam também aos alunos da Universidade de Brasília.
Benki, Maniwa e Lucely serão professores de uma disciplina de módulo livre que deve ser inaugurada no próximo semestre: Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais. Benki, que é mestre do povo indígena Ashaninka, no Acre, Maniwa, pajé e representante dos povos indígenas do Alto Xingu e Lucely, mestre raizeira da Comunidade Quilombola do Cedro, em Goiás, vão passar adiante o conhecimento acumulado durante mais de um século nas comunidades onde cresceram e vivem até hoje. Benki e Maniwa são xamãs indígenas, líderes espirituais com funções e poderes ritualísticos. Lucely é mestre quilombola.
Além deles serão também professores da nova disciplina Otávionilson Nogueira dos Santos, que domina os métodos de fabricação de embarcações tradicionais maranheneses, e Biu Alexandre, mestre do Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado, um dos tradicionais grupos folclóricos da Zona da Mata pernambucana, que reúne teatro, dança, música e poesia.
A criação da disciplina, que deve ter carga semanal de seis horas e depende ainda de aprovação do Decanato de Ensino de Graduação, faz parte de um projeto de introdução dos saberes tradicionais na universidade. Um modelo de universidade que Darcy Ribeiro sonhou.
O criador da UnB imaginava uma instituição moderna, que não fosse só fonte de criação científica, mas de encontro de culturas, de produção artística e cultural. “Queremos promover um diálogo, uma troca de conhecimentos", explica o professor José Jorge de Carvalho, do Departamento de Antropologia. "Os mestres que aqui estarão tem um modo de construir saberes que leva em conta não só o pensar, que é característico da cultura das universidades, mas também o fazer e o sentir”, completa o professor.
AVANÇO - O professor José Jorge destaca, no entanto, que a introdução dos saberes tradicionais não é uma negação da forma utilizada pelas universidades de produzir e transmitir conhecimento. “Pelo contrário. É uma soma. Sabemos coisas que os mestres tradicionais não sabem, assim como eles sabem muito do que não conhecemos. A universidade pode ser muito mais rica do que é”, acrescenta.
O diretor do Departamento de Antropologia, Luís Roberto, lembra que a criação de disciplinas de módulo livre, que permitem aos alunos contato com um conhecimento totalmente fora de sua área, foi um avanço. "E colocar os mestres frente a frente com os alunos e ao lado dos professores é uma proposta ainda mais radical, mas fundamental para ampliar horizontes", comenta.
Para Nina de Paula Laranjeira, diretora de Acompanhamento e Integração Acadêmica do Decanato de Ensino de Graduação, a iniciativa por si só já demostra uma mudança nos modos de pensar. "Precisamos superar o paradigma de que o conhecimento está limitado à comprovação científica", afirma.
TROCA DE SABERES - Para discutir a inserção dos saberes populares na academia, apresentar iniciativas semelhantes no Brasil e no exterior e apresentar a UnB aos novos professores, ocorre nesta terça e quarta-feira o Seminário Internacional Encontro de Saberes. Construído também com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o evento vai reunir mestres indígenas e de atividades folclóricas, professores brasileiros e de cinco países sulamericanos, além de representantes do governo federal.
Entre os palestrantes estão o reitor da Universidade Amawtay Wasi do Equador, Maria Mercedes Díaz, da Universidade de Catamarca na Argentina, Jaime Arocha, professor de Antropologia da Universidade Nacional da Colômbia, Carlos Callisaya, coordenador das Universidades Indígenas da Bolívia no Ministério da Educação boliviano e Maria Luísa Duarte Medina, que atua em projetos de inclusão dos saberes indígenas nas instituições de ensino superior do Paraguai. “A presença de cada um deles mostra que a inclusão dos saberes tradicionais na academia é um movimento cada vez mais forte”, afirma José Jorge, que é também coordenador dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, parceira da UnB na organização do encontro.
A forma de ministrar as aulas serão definida em oficinas que acontecem após o seminário, nos dias 15 e 16. Professores da UnB e especialistas convidados vão se reunir com os mestres para elaborar as bases pedagógicas e antropológicas da nova disciplina e definir o número de vagas em cada semestre. “O método de transmissão dos mestres tradicionais é completamente diferente do nosso. Então, precisamos ver como isso será”, explica o professor José Jorge. “A raizeira Lucily, por exemplo, deve ensinar caminhando pelo cerrado”, completa. Cada mestre passará duas semanas na UnB e será acompanhado por um professor na sala de aula. “A universidade pode ser mais rica do que é e para isso precisa fazer justiça à riqueza de saberes que existem no Brasil”, completa o professor José Jorge.
Fonte: Agência UNB.
6 de abril de 2010
PM's espacam professor e aluna universitários
Segundo Jordânia dois policiais, identificados por cabo Di Assis e Leonardo, chegaram na sua residência por volta das duas horas da manhã, quando a festa finalizava, para desligar o som que já estava baixo, mas chegaram com grande fúria invadindo a residência e batendo num rapaz que estava na festa.
A estudante afirma ainda que um dos policiais sacou sua arma para atirar no rapaz dentro da residência, quando então, ela pede para que ele baixe a arma e diz que o mesmo não pode invadir sua residência com arma em punho.
Nesse momento o policial a teria chamado de vagabunda e safada em sem seguida dado voz de prisão alegando desacato a autoridade.
A mãe de Jordânia entra em desespero e não aceita que levem a filha, num ato que classificou de puro terrorismo policial dentro de sua própria casa, onde dormiam crianças, suas sobrinhas, que acordaram desesperadas por causa dos gritos.
Na ocasião os policiais puxaram pelo braço e derrubaram a estudante que desmaiou no local e foi jogada à força no carro. Jordânia diz que também derrubaram sua mãe e machucaram sua perna. Ainda hoje as duas têm fortes escoriações pelo corpo.
Na festa ainda se encontravam a avó de Jordânia, 89 anos, muitos visinhos e o professor Claudino da Unisulma, que também foi levado preso. Segundo Jordânia, na delegacia o professor Claudino, foi espancado e chamado de vagabundo pelo policial que estava de plantão, por invocar seu direito a um telefonema.
A família e o professor já acionaram seus advogados e buscaram seus direitos.
ACIMA DA LEI
Tá virando comum policiais se colocarem acima da lei em Imperatriz. Ano passado ocorreu um fato semelhante a esse quando estudantes e um professor da UEMA foram espancados e levados presos por policiais despreparados e que acham que usar uma farda e uma arma lhe dá direito de submeter cidadãos às suas brutalidades animalescas.