10 de janeiro de 2018
2 de agosto de 2017
Política de Temer diminui combate ao Trabalho Escravo
1 de agosto de 2011
MINISTÉRIO DIVULGA LISTA SUJA DOS FAZENDEIROS ENVOLVIDOS COM TRABALHO ESCRAVO: PREFEITO DE CODÓ ENTRE OS ACUSADOS
Adailto Dantas de Cerqueira (Fazenda São Jorge – BR 222, Km 109 – Povoado São Miguel – Zona Rural – Santa Luzia). Incluído em julho de 2009.
Alcides Reinaldo Gava (Fazendas Reunidas São Marcos e São Bento – Zona Rural – Carutapera). Incluínco em junho de 2004.
Alsis Ramos Sobrinho (Carvoaria do Alsis – Rod. BR 222 – Km 25- Zona Rural – Açailândia). Inlcuído em julho de 2005.
Antônio Barbosa Passos (Fazenda Reluz – Rod. BR 222 – km 100 a 48 km à direita Bom Jesus das Selvas/MA). Incluído em dezembro de 2006.
Antônio das Graças Almeida Murta (Fazenda Lagoinha – Rod. BR 222 – Km 85 – Zona Rural – Açailândia/Fazenda Lagoinha – Rua Rio Grande, 900, Açailândia ). Incluído em novembro de 2003 e junho de 2004.
Antônio Fernandes Camilo Filho (Fazenda Lagoinha – Rod. BR 222, km 80 – Bom Jesus das Selvas). Incluído em dezembro de 2007.
Diego Moura Macedo (BR-316, Km 383 – Zona Rural de São Luiz Gonzaga do Maranhão). Incluído em julho de 2008.
Edésio Antônio dos Santos (Fazenda Ilha, Povoado Alto Verde Veneza, s/n, Zona Rural, Capinzal do Norte). Incluído em dezembro de 2010.
Francisco Antelius Sérvulo Vaz (Fazenda Ceap – Codó). Incluído em dezembro de 2009.
Gilberto Andrade (Fazenda Boa Fé – Caru – Povoado Caru – Centro Novo). Inlcuído em novembro de 2005.
João Dilmar Meller Domenighi (Fazenda Carajá, Zona Rural, Balsas). Incluído em dezembro de 2010.
João Feitosa de Macedo (Fazenda J. Macedo, Povoado Morada Nova – Zona Rural de Bela Vista do Maranhão). Incluído em julho de 2008.
José Celso do Nascimento Oliveira (Fazenda Planalto II, Zona Rural, Santa Luzia). Incluído em dezembro e 2010.
José Egídio Quintal (Fazenda Redenção, Zona Rural, Açailândia). Incluído em dezembro de 2010.
José Escórcio de Cerqueira (Fazenda Santa Bárbara e Fazenda Bom Jesus – Rodovia BR 222, Km 135 – Zona
Rural de Monção). Incluído em julho de 2008.
José Rolim Filho (Fazendas São Raimundo/São José, Povoado Quatorze, Povoado São Raimundo, Zona Rural, Peritoró). Incluído em julho de 2011.
Max Neves Cangussu (Fazenda Cangussu – Bom Jardim). Incluído em junho de 2004.
Nyedja Rejane Tavares Lima (Fazenda Thâmia -BR 222, km 47 Mata – Sede –Santa Luzia). Incluído em dezembro de 2006.
Ramilton Luis Duarte Costa (Fazenda Terra Bela, Zona Rural, Governador Edison Lobão). Incluído em dezembro de 2010.
Roberto Barbosa de Souza (Rodovia BR 222, Km 413 – Zona Rural de Santa Luzia). Incluído em julho de 2008.
Vilson de Araújo Fontes (Fazenda Cabana da Serra – Morcego – Santa Luzia). Incluído em julho de 2005.
23 de junho de 2011
Atlas do Trabalho Escravo no Maranhão será lançado hoje no SALIMP

O lançamento será realizado no Salão do Livro de Imperatriz, Centro de Convenções. Tive a honra de trabalhar neste belo projeto, na condição de pesquisador e revisor. O Atlas reúne informações de vários documentos oficiais, de relatórios de fiscalização do Ministério do Trabalho, processos trabalhistas, criminais, em tramite no INCRA que a assessoria jurídica do CDVDH acompanha além de um raio-x da questão sóciopolítico do Maranhão. Sintam-se todos convidados.
O trabalho escravo no Maranhão está por toda a parte, a partir de pesquisa nos relatórios se visualiza que em todas as regiões nas mais diversas atividades, já houve prática de trabalho “análogo a de escravidão”. Porém é a pecuária a atividade com maior incidência de casos de exploração da mão de obra escrava.
Neste caso, a famigerada situação de trabalhadores encontrados em condições degradantes nas terras maranhenses, tem se verificado que muito ainda falta avançarmos para erradicar este mal no nosso estado. Inexististência de políticas públicas adequadas para incluírem socialmente trabalhadores (as) além da falta de respeito à cultura dos povos do campo pelo agronegócio formulam uma lógica perversa e violenta.
9 de junho de 2011
O Maranhão do Sul e CPI do trabalho escravo no MA
Teríamos esse dinheiro em caixa? Ou já entraríamos com um enorme deficit a sanar, precisando por vezes, sobretaxar mercadorias, alijar setores estratégicos, privatizar outros, enfim, quais os ónus e os bónus advindos de mudanças dessa natureza.
O debate acerca do Maranhão do Sul vem sendo paulatinamente colocado pela sociedade, em alguns casos, amplificados por setores conservadores. Não obstante verifica-se plenamente a concordância ou anuência de figuras públicas de caráter progressista. Me parece um verdadeiro balaio de gatos.
Senão vejamos: A historia nos ensinou quê por muito tempo fez-se enorme estardalhaço politico o assunto, coincidentemente próximo aos períodos eleitorais. Vamos ver se desta será diferente.
CPI do Trabalho escravo
Tive o grato (e o triste) prazer de trabalhar na condição de pesquisador no Atlas Politico Jurídico acerca do trabalho escravo no Maranhão.
4 de junho de 2011
Audiência pública sobre Trabalho Escravo no MA debate impunidade do Agronegócio
Desde a Revolução Francesa aos dias de hoje é que o que chamou-se convenientemente de sociedade civil tem buscado organiza-se para pressionar a sociedade política (Estado e instituições afins) não necessariamente para tomar o poder, mas para proteger e reivindicar direitos que lhe são importantes. Mesmo assim é bastante claro o enorme vão que existe entre defesa/conquista destes direitos humanos, por exemplo, e as ações dos governos.
No caso da famigerada situação de trabalhadores encontrados em condições degradantes nas terras maranhenses, tem se verificado que muito ainda falta avançarmos para erradicar este mal no nosso estado. Inexististência de políticas públicas adequadas para incluírem socialmente trabalhadores (as) além da falta de respeito à cultura dos povos do campo pelo agronegócio formulam uma lógica perversa e violenta.
O mundo atual é marcado por terríveis injustiças. Uma das causas é sem duvida a desigualdade que impera grosso modo via instituições governamentais oligárquicas e atrasadas, que emperram e inviabilizam ações concretas socialmente justas.
É urgente mobilizar a sociedade no combate às causas estruturais da pobreza, transformando esta mesma pobreza, um problema social, numa questão política. Só assim poderemos minimamente melhorar nosso processo civilizatório/democrático e erradicar esse terrível mal.
Mais informações desta audiência pública na Assemblêia Legislativa foram publicados no site do Repórter Brasil. Click aqui e veja.
Ps: Peço desculpas pela minha ausência daqui do blog esta semana, estive viajando a São Paulo, cuidado da vida.
3 de maio de 2011
Melhor governo da vida de Roseana – Pior governo para vida dos trabalhadores
Estamos todos perplexos com tanta coisa ruim que vem acontecendo no Maranhão. A greve dos professores da rede de ensino estadual soma-se a crise do sistema de segurança pública que por sua vez resvala na grave situação de colapso que vive a Saúde do nosso estado.
Como se não bastasse à falta de projetos e compromisso com a mudança social ainda temos boa parte dos partidos, do governo e parte organizativa da sociedade “intrameladas” com o oportunismo, o vale tudo de interesses lúmpens, onde só querem se locupletar utilizando o Estado e dividindo a mais valia social.
No ultimo episódio dessa trágica novela tivemos um bom exemplo de como à senhora Roseana Sarney Murad trata questões de ordem pública. O Hospital Contra o Câncer Aldenora Belo, referencia na prevenção e tratamento para os menos favorecidos, corria grave risco de ser fechado. Roseana cortou todos os convênios e recursos, se negando até a dialogar com os médicos do hospital.
A filha querida de José Sarney, que de fato nunca precisou se tratar no Sistema Único de Saúde, mas ao contrario, viaja o mundo visitando clinicas médicas, preferiu ofertar oito milhões para que a escola de samba carioca Beija-Flor homenageasse São Luis que este ano completa 400 anos.
O Governo Roseana gasta milhões em propaganda e publicidade. É um governo midiático e que teme toda vez que saem estatísticas oficiais. Vejam os dados do Caged, do Ministério do Trabalho:
“Segundo dados do Caged foram fechados 3.816 postos de trabalho no Maranhão apenas no último terceiro mês do ano. A queda foi de 0,94% em relação a fevereiro, um dos piores desempenhos do país. No nordeste o Maranhão só não foi pior que Alagoas e Pernambuco.”
Mesmo assim Roseana não perde oportunidade para dizer que o Maranhão atravessa um momento histórico de grande crescimento econômico e vive seus melhores dias.
Estudantes sem educação, doentes sem hospitais, presos sendo decapitados, PM e Policia Civil em greve, denuncias de corrupção na Fapema, no Incra. O que mais pode faltar ao pior governo para a vida dos trabalhadores?
2 de maio de 2011
Dep Rubens Jr visita o Centro de Defesa de Açailândia e recebe demandas urgentes da entidade
Durante sua visita ao CDVDH o Deputado Estadual Rubens Junior se encontrou com os organizadores do Atlas do Trabalho Escravo e com a executiva da entidade, na ocasião uma demanda do que o parlamento estadual pode atuar foi construída no breve encontro. Entre as demandas está a criação da CPI do Trabalho Escravo no Maranhão, o funcionamento da Coetrae e a aplicação do Plano Estadual para erradicar o trabalho escravo no Maranhão que atualmente se encontra engavetado.
Sobre a CPI do Trabalho Escravo Nonnato Masson advogado do CDVDH ressaltou ao Deputado que a proposta já existe e que está em formulação. A idéia é acumular força entre os parlamentares de oposição e articular os movimentos sociais para que a mesma possa sair do papel.
Antonio Filho relata ao Parlamentar que o governo do estado parece não ter compromisso com a erradicação deste mal. Colocou que a Coetrae (Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo no Maranhão) não está em atividade impedindo assim o funcionamento do plano estadual que prevê a superação do trabalho escravo, criada em 2007.
Milton Teixeira, faz a pedido do Deputado uma analise de como anda o desempenho do governo municipal e citou algumas situações criticas na qual o mesmo não tem tomado iniciativa em resolver, como a situação do povo do Piquiá que quase todo mês acontece uma rodada de conversa mais não se resolve o problema. Outra problemática citada pelo Executivo do Centro de Defesa foram as erosões que atingem famílias dos bairros Jacu, Vila Maranhão e Laranjeira no qual uma ação do Ministério Publico determina a inclusão destas no programa minha casa minha vida e a retirada desta de forma imediata das áreas de riscos beneficiando estas com aluguel social conforme determinado pelo MPE.
A comitiva do Deputado se mostrou interessada em manter o dialogo para que de fato este possa contribuir com a população deste município
Com informações do CDVDH
9 de fevereiro de 2011
Moção de apoio aos companheiros do CDVDHA que sofrem ameaça de morte no Maranhão

A última Lista Suja do Trabalho Escravo, publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada no dia 5 de janeiro deste ano, coloca o Maranhão como o estado com o segundo maior índice de número de empregados submetidos a trabalho análogo à condição de escravo, e o campeão em exportação de trabalhadores resgatados em outras unidades da federação, principalmente no estado vizinho Pará.
Assim, na tentativa de expressar nosso posicionamento destacamos a partir desta moção que:
Assinam:
Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu- MIQCB
Centro de Educação do trabalhador rural – CENTRU
28 de janeiro de 2011
Rápidas & Rasteiras
2º. Baile do Parangolé
Em comemoração ao aniversário de 32 anos da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH). Dia 12 de fevereiro (sábado), no Circo Cultural Nelson Brito (Circo da Cidade, Aterro do Bacanga), às 21h30min. Shows com Cesar Teixeira, Joãozinho Ribeiro, Lena Machado e Rosa Reis, acompanhados da Banda do Parangolé. Ingressos: R$ 40,00 (camisa), à venda, a partir de segunda-feira (31), nas sedes da SMDH (Av. Castelo Branco, 697, altos, São Francisco), União por Moradia Popular (Rua dos Afogados, 554, Centro) e Livraria Poeme-se (Rua João Gualberto, 52, Praia Grande). Maiores informações: (98) 3231-1601, 3231-1897, 8888-3722, smdh@terra.com.br, twitter.com/smdhvida
Dia Nacional de combate Trabalho escravo
Hoje dia 28 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O objetivo da data é centralizar manifestações que sensibilizem e alertem a sociedade sobre a realidade do trabalho escravo, uma prática que insiste em explorar e escravizar pessoas para simples obtenção de lucro. Estima-se que no Brasil – segundo dados da Comissão Pastoral da Terra – 25 mil cidadãos e cidadãs brasileiros (as) têm seus direitos violados, trabalhado de forma escravizada sem o mínimo de dignidade humana. O marco inicial das atividades, que visam erradicar o trabalho escravo, foi o lançamento, ontem (27), do Atlas Político-Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão, na sede do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de (CDVCH), em Açailândia (MA).
PSOL ainda avalia lançamento de candidatura própria às presidências do Senado e da Câmara
O PSOL vai aguardar até a próxima segunda-feira (31) para decidir se lança candidato próprio para disputar as presidências da Câmara e do Senado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27) após reunião de bancada em que foram divulgadas as propostas a serem defendidas pelo partido na próxima legislatura, que se inicia no dia 1º de fevereiro.
Na reunião, o senador eleito Randolfe Rodrigues (AP) disse que o PSOL não concorda com a "aparente pacificação e consenso" em torno de uma eventual reeleição de José Sarney para a presidência do Senado. Ele disse que o partido também não apoiará a eleição de Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara, ou ainda a candidatura avulsa do deputado Sandro Mabel (PR-GO) para o mesmo cargo, em razão de diferenças programáticas, ideológicas e partidárias. Leia mais no Site do Senado.
Contas da Prefeitura de Imperatriz comprometidas
Um passarinho me contou que muito provavelmente as contas da gestão Madeira&cia referentes aos dois primeiros anos podem estar seriamente comprometidas. A lambança teria sido de responsabilidade maior do senhor controlador do município Candido Madeira. O espaço está aberto para a contra-argumentação.
25 de janeiro de 2011
Atlas do trabalho escravo no Maranhão será lançado dia 27, quinta
4 de dezembro de 2010
Conheça quem são os atuais escravocratas do Maranhão

Conhecendo os escravocratas
Por Reynaldo Costa
Debruçado há meses sobre relatórios do INCRA, e sobre processos criminais e trabalhistas do trabalho escravo no Maranhão, comecei a entender melhor sobre cada personagem envolvido com o tema. Finalmente conseguimos ter uma visão verídica do perfil de quem prática este crime no Estado do Maranhão.
Muitos dos fatos são idênticos. A primeira deles é a grande concentração de terras. A maioria das propriedades flagradas é de tamanho superior a dois mil hectares, apesar de ter propriedade que somam quase 20 mil, como é o caso da Fazenda Maratá de José Augusto Vieira, dono do Grupo Maratá.
A maioria destes proprietários escravocratas flagrados possui varias propriedade. E mais uma vez se destaca José Augusto Vieira, que no relatório afirma ter 12 fazendas só no Maranhão, e que não sabem qual o tamanho delas.
Outras características destes, é que, a maioria vem das regiões sudeste e centro oeste do país, alguns ainda até moram por lá mesmo, ou seja, como não vivem aqui entregam suas propriedade para terceiros, e estes por sua vez acabam agravando as relações trabalhistas. E talvez esta seja uma das metas quando se terceiriza o trabalho nas fazendas, que é livrar o proprietário das responsabilidades com os trabalhadores.
A maioria dos relatórios aponta que os proprietários jogam a culpa pelas condições em que os trabalhadores são encontrados nos chamados “Gatos” (responsáveis pelo serviço terceirizado, uma espécie de gerente). Quanto a isto os relatórios são bem claro quase todos os pagamentos dos trabalhadores são realizados por estes administradores.
Comum também entre estes, é a definição de que não cometeram crime algum. Vários deles nos relatório usaram o termo de que a situação nas quais os trabalhadores são encontrados é comum no estado É o que disse o pecuarista Marco Antonio Braga em um dos seus depoimentos por envolvimento com trabalho escravo, afirmando ainda “que é comum não assinar carteira de trabalho nestas terras do Maranhão e que fazer as necessidades fisiológicas no mato é comum”. E assim se constrói um imaginário de que a situação de exploração nas fazendas e carvoarias são coisas tão naturais.
O trabalho escravo no Maranhão está por todas as partes, a partir de pesquisa nos relatórios se visualiza que em todas as regiões nas mais diversas atividades, já houve prática de trabalho “análogo a de escravidão”. Porém é a pecuária a atividade com maior incidência de casos de exploração da mão de obra escrava.
É importante enfatizar ainda, que a pecuária não é desprovida de recurso que não possa buscar melhorias de condições para os trabalhadores. Miguel de Souza Rezende, um dos maiores pecuaristas do estado, tem uma empresa “Rezende Agropecuária”, três grandes propriedades no sudeste do estado, foi seis vezes flagrado mantendo trabalhadores em condições de escravo. Voltando a José Augusto Vieira, este também é dono de diversas empresas que vão desde instituições de educação ao ramo de alimentos. José Augusto inicia seu império na década de 70 quando dedicava-se à comercialização de fumo e agropecuária. Hoje, a “Fundação” é um conglomerado de empresas, uma destas é a 3ª maior empresa do Brasil na industrialização do café, sendo a maior torrefadora de capital 100% nacional, o grupo é forte na exportação de sucos concentrados, e no segmento de embalagens plásticas e produção de tabaco.
No conjunto dessas Unidades, o Grupo conta com quase 4000 colaboradores diretos. (Industria de Alimentos Maratá, Agro-maratá, Maratá Industria de Copos Descartáveis, Faculdade José Augusto Vieira). Com toda esta estrutura não é possível acreditar que não há condições de um milionário destes investir uns poucos de R$ na instalação de sanitários em suas fazendas para um uso higiênico por parte dos trabalhadores.
Outro pecuarista dotado de grande estrutura é Shydney Jorge Rosa, dono de mais de 100 mil há só em Paragominas e da Rosa Madeireira LTDA, onde seus trabalhadores passavam a noite antes de ser conduzido para a fazenda. Ex-prefeito daquela cidade, atual suplente de senador, foi muito cotado nos últimos anos para disputar o Governo do Pará, mas sua candidatura foi a deputado estadual sendo eleito. Hoje é vice-presidente da Federação da Indústria do Estado do Pará.
Outra característica importante no perfil do escravocrata é a relação com a política. Muito destes, como foi citado com “Sidney” Rosa, são apoiadores de grupos políticos ou os próprios políticos como Fufuca Dantas, Deputado Estadual no Maranhão que teve candidatura a reeleição impugnada por desvio do dinheiro é ex-secretário de Minas e Energia do governo Roseana Sarney. Ele lançou e elegeu seu filho André Fufuca deputado estadual. Outro nome muito famoso é de Antonio José de Assis Braide, ex-prefeito de Santa Luzia marido da ex-deputada Janice Braide.
Em pleno mandato deputado estadual Antônio Bacelar teve sua fazenda também flagrada, na ocasião duas mulheres, uma delas com seu filho de quatro anos viviam em um curral na Fazenda São Domingos, pertencente ao membro da Assembléia Legislativa do Maranhão. Outro político escravocrata é o prefeito de Codó (MA) José Rolim Filho, o Zito Rolim, na sua Fazenda São Raimundo, foram libertados 24 trabalhadores em condições análogas à escravidão, entre eles um jovem de 17 anos.
O perfil dos escravocratas vai mais além da política. Em 2007 um “Juiz” de direito, da Comarca de Imperatriz, teve sua fazenda flagrada com trabalhadores em condições de escravidão, um dos trabalhadores tinha 17 anos. Com o sobre nome muito estranho para nós brasileiros, claro muitos dos detentores destas terras ainda são descendentes de europeus.
Mas, dentre todas as famílias que aparecem nos relatórios, uma é emblemática, a família “Andrade” dos irmãos Jairo e Gilberto Andrade. O primeiro, já falecido, recebeu nove autuações por trabalho escravo. Teve seu nome incluído na Lista Suja do Ministério de Trabalho. Condenado por manter 97 trabalhadores escravizados na Fazenda Forkilha ainda é acusado de matar 56 posseiros. Gilberto Andrade recebeu igual condenação por trabalho escravo na fazenda Boa Fé,
A prática e o envolvimento com outros crimes pode levar em consideração no perfil destes. Envolvimento com assassinatos, no caso dos políticos com desvio de recurso publica e até com roubo de carga, no qual Miguel Rezende foi acusado.
Mas o mais comum entre estes é a unidade em defender a classe, todos falam pela mesma boca negando a existência do trabalho escravo, chegando a afirma que eles é que são vitima de escravidão por conta dos peões.
Político, empresários milionários, grandes fazendeiros, juízes. A lista destes prova que os escravocratas são pessoas bem sucedidas em seus negócios. Se conseguiram tal façanha as custas da escravidão de seres humanos, não podemos afirmar. Porém nossas buscas, nas falas registradas de fiscais do trabalho, procuradores, policiais federais, juízes trabalhadores, e dos próprios escravocratas deixa claro que a escravidão existente hoje não vem de um povo ingênuo, e sim de um grupo articulados em idéias e recursos para poder lucrar ainda mais.
4 de novembro de 2010
CDVDH indica o advogado Nonnato Masson para o Prêmio Nacional de Direitos Humanos

Fonte: CDVDH-AÇAILANDIA
23 de maio de 2010
Relatora da ONU ouve ex-trabalhadores escravos das fazendas na região em Açailândia
Veja o emocionante vídeo com depoimento dos trabalhadores que foram resgatados de uma das fazendas.
Texto: Rey Terra, da acessória do CDVDH.
Com colaboração de Carlos Leen Santiago.