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10 de janeiro de 2018

Atlas do Trabalho Escravo no Maranhão


Em 2011, colaborei diretamente com uma publicação importante para o combate ao trabalho escravo em nosso país. O "Atlas Político Jurídico do Trabalho Escravo no Maranhão", elaborado pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos Carmem Bascaran, com sede em Açailândia, uma das cidades com mais alto índice de casos deste tipo no Brasil, descrevia de forma realista como funcionava esse fenômeno social nos dias atuais .
Publicado em formato de livro pela Ética Editora, o texto trazia informações a partir do acervo de processos e relatos frutos de catorze anos de atuação do CDVDH/CB na luta pela erradicação desse mal. A publicação se constitui ainda numa amostragem das informações de diferentes órgãos governamentais atuantes tais como Policia Federal, Ministério do Trabalho, Ministério Público Estadual, MPF, ONU, Supremo Tribunal Federal entre várias outros.
Último país a abolir o trabalho cativo nas Américas, em 1888, o Brasil tornou-se referência mundial no combate às formas contemporâneas de escravidão nas últimas duas décadas. Desde a criação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, em 1995, foram resgatados mais de 50 mil brasileiros em condições degradantes de trabalho ou submetidos a um regime de servidão por dívidas, triste resquício do predatório modelo de exploração da mão de obra dos tempos da Colônia e do Império. Os recentes avanços no enfrentamento ao problema estão, porém, ameaçados.
Por insuficiência de recursos humanos e financeiros, as fiscalizações de denúncias contra práticas escravagistas estão em franco declínio desde 2013, quando 313 locais foram inspecionados e 2.808 trabalhadores foram resgatados. No ano passado, o número de estabelecimentos vistoriados caiu para 191, assim como a soma de resgates, 885.
Segundo reportagem especial da Revista Carta Capital (Martins, Rodrigo em 01/08/2017) "Diante da obsessão da equipe econômica de Michel Temer de cortar gastos para aplacar a crise fiscal, as inspeções podem ser paralisadas a partir de agosto, alerta o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). “Há tempos sofremos com a falta de reposição de pessoal e com a progressiva redução de recursos para as atividades de fiscalização do trabalho". 
Na reportagem ainda podemos ler: “É chocante. Enquanto desembolsa rios de dinheiro para que os parlamentares não convertam Temer em réu na Suprema Corte, o governo nega o essencial para manter as fiscalizações trabalhistas”, lamenta o jornalista e sociólogo Leonardo Sakamoto, conselheiro do Fundo das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão. “Desde o governo Dilma Rousseff, tem ocorrido uma progressiva redução de recursos para as atividades dos grupos móveis. Nunca vi, porém, uma paralisação por ‘pane seca’, por absoluta falta de dinheiro para pagar diárias de hotéis ou combustível dos veículos.”
Há ainda diversos outros complicadores aqui no Maranhão. As denuncias envolvem várias autoridades públicas, entre quais políticos e juízes de direito que estão nos exercícios do cargo. 
"Saí em busca de trabalho e fui parar no inferno" (fala de um trabalhador resgatado do trabalho escravo, no documentário "Nas Terras Bem Virá"). Numa fala do filme "Spartacus" de Stanley Kubrick, a personagem aponta que inferno "é o lugar onde a ação mais simples do homem se transforma na mais dolorosa". A prática cotidiana mais simples é a forma em que o ser humano garante sua sobrevivência, ou seja, o trabalho. Portanto quando o trabalho se torna doloroso, supoe-se que esteja no inferno. 
Estima-se que ainda existam cerca de doze milhões de pessoas no mundo vivendo em situação análoga ao da escravidão, vivendo das migalhas do capitalismo.

2 de agosto de 2017

Política de Temer diminui combate ao Trabalho Escravo


Em 2011, colaborei diretamente com uma publicação importante para o combate ao trabalho escravo em nosso país. O "Atlas Político Jurídico do Trabalho Escravo no Maranhão", elaborado pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos Carmem Bascaran, com sede em Açailândia, uma das cidades com mais alto índice de casos deste tipo no Brasil, descrevia de forma realista como funcionava esse fenômeno social nos dias atuais. 

Publicado em formato de livro pela Ética Editora, o texto trazia informações a partir do acervo de processos e relatos frutos de catorze anos de atuação do CDVDH/CB na luta pela erradicação desse mal. A publicação se constitui ainda numa amostragem das informações de diferentes órgãos governamentais atuantes tais como Policia Federal, Ministério do Trabalho, Ministério Público Estadual, MPF, ONU, Supremo Tribunal Federal entre várias outros. 

Último país a abolir o trabalho cativo nas Américas, em 1888, o Brasil tornou-se referência mundial no combate às formas contemporâneas de escravidão nas últimas duas décadas. Desde a criação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, em 1995, foram resgatados mais de 50 mil brasileiros em condições degradantes de trabalho ou submetidos a um regime de servidão por dívidas, triste resquício do predatório modelo de exploração da mão de obra dos tempos da Colônia e do Império. Os recentes avanços no enfrentamento ao problema estão, porém, ameaçados. 

Por insuficiência de recursos humanos e financeiros, as fiscalizações de denúncias contra práticas escravagistas estão em franco declínio desde 2013, quando 313 locais foram inspecionados e 2.808 trabalhadores foram resgatados. No ano passado, o número de estabelecimentos vistoriados caiu para 191, assim como a soma de resgates, 885. 

Segundo reportagem especial da Revista Carta Capital (Martins, Rodrigo em 01/08/2017) "Diante da obsessão da equipe econômica de Michel Temer de cortar gastos para aplacar a crise fiscal, as inspeções podem ser paralisadas a partir de agosto, alerta o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). “Há tempos sofremos com a falta de reposição de pessoal e com a progressiva redução de recursos para as atividades de fiscalização do trabalho". 

Na reportagem ainda podemos ler: “É chocante. Enquanto desembolsa rios de dinheiro para que os parlamentares não convertam Temer em réu na Suprema Corte, o governo nega o essencial para manter as fiscalizações trabalhistas”, lamenta o jornalista e sociólogo Leonardo Sakamoto, conselheiro do Fundo das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão. “Desde o governo Dilma Rousseff, tem ocorrido uma progressiva redução de recursos para as atividades dos grupos móveis. Nunca vi, porém, uma paralisação por ‘pane seca’, por absoluta falta de dinheiro para pagar diárias de hotéis ou combustível dos veículos.” 

Há ainda diversos outros complicadores aqui no Maranhão. As denuncias envolvem várias autoridades públicas, entre quais políticos e juízes de direito que estão nos exercícios do cargo. 

"Saí em busca de trabalho e fui parar no inferno" (fala de um trabalhador resgatado do trabalho escravo, no documentário "Nas Terras Bem Virá"). 

Numa fala do filme "Spartacus" de Stanley Kubrick, a personagem aponta que inferno "é o lugar onde a ação mais simples do homem se transforma na mais dolorosa". A prática cotidiana mais simples é a forma em que o ser humano garante sua sobrevivência, ou seja, o trabalho. Portanto quando o trabalho se torna doloroso, supoe-se que esteja no inferno. 

Estima-se que ainda existam cerca de doze milhões de pessoas no mundo vivendo em situação análoga ao da escravidão, vivendo das migalhas do capitalismo.

1 de agosto de 2011

MINISTÉRIO DIVULGA LISTA SUJA DOS FAZENDEIROS ENVOLVIDOS COM TRABALHO ESCRAVO: PREFEITO DE CODÓ ENTRE OS ACUSADOS

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou na semana passada a lista suja dos fazendeiros envolvidos com práticas de exploração de trabalhadores. Confira quem são os maranhenses escravocratas:

Adailto Dantas de Cerqueira (Fazenda São Jorge – BR 222, Km 109 – Povoado São Miguel – Zona Rural – Santa Luzia). Incluído em julho de 2009.

Alcides Reinaldo Gava (Fazendas Reunidas São Marcos e São Bento – Zona Rural – Carutapera). Incluínco em junho de 2004.

Alsis Ramos Sobrinho (Carvoaria do Alsis – Rod. BR 222 – Km 25- Zona Rural – Açailândia). Inlcuído em julho de 2005.

Antônio Barbosa Passos (Fazenda Reluz – Rod. BR 222 – km 100 a 48 km à direita Bom Jesus das Selvas/MA). Incluído em dezembro de 2006.

Antônio das Graças Almeida Murta (Fazenda Lagoinha – Rod. BR 222 – Km 85 – Zona Rural – Açailândia/Fazenda Lagoinha – Rua Rio Grande, 900, Açailândia ). Incluído em novembro de 2003 e junho de 2004.

Antônio Fernandes Camilo Filho (Fazenda Lagoinha – Rod. BR 222, km 80 – Bom Jesus das Selvas). Incluído em dezembro de 2007.

Diego Moura Macedo (BR-316, Km 383 – Zona Rural de São Luiz Gonzaga do Maranhão). Incluído em julho de 2008.

Edésio Antônio dos Santos (Fazenda Ilha, Povoado Alto Verde Veneza, s/n, Zona Rural, Capinzal do Norte). Incluído em dezembro de 2010.

Francisco Antelius Sérvulo Vaz (Fazenda Ceap – Codó). Incluído em dezembro de 2009.

Gilberto Andrade (Fazenda Boa Fé – Caru – Povoado Caru – Centro Novo). Inlcuído em novembro de 2005.

João Dilmar Meller Domenighi (Fazenda Carajá, Zona Rural, Balsas). Incluído em dezembro de 2010.

João Feitosa de Macedo (Fazenda J. Macedo, Povoado Morada Nova – Zona Rural de Bela Vista do Maranhão). Incluído em julho de 2008.

José Celso do Nascimento Oliveira (Fazenda Planalto II, Zona Rural, Santa Luzia). Incluído em dezembro e 2010.

José Egídio Quintal (Fazenda Redenção, Zona Rural, Açailândia). Incluído em dezembro de 2010.

José Escórcio de Cerqueira (Fazenda Santa Bárbara e Fazenda Bom Jesus – Rodovia BR 222, Km 135 – Zona
Rural de Monção). Incluído em julho de 2008.

José Rolim Filho (Fazendas São Raimundo/São José, Povoado Quatorze, Povoado São Raimundo, Zona Rural, Peritoró). Incluído em julho de 2011.

Max Neves Cangussu (Fazenda Cangussu – Bom Jardim). Incluído em junho de 2004.

Nyedja Rejane Tavares Lima (Fazenda Thâmia -BR 222, km 47 Mata – Sede –Santa Luzia). Incluído em dezembro de 2006.

Ramilton Luis Duarte Costa (Fazenda Terra Bela, Zona Rural, Governador Edison Lobão). Incluído em dezembro de 2010.

Roberto Barbosa de Souza (Rodovia BR 222, Km 413 – Zona Rural de Santa Luzia). Incluído em julho de 2008.

Vilson de Araújo Fontes (Fazenda Cabana da Serra – Morcego – Santa Luzia). Incluído em julho de 2005.

23 de junho de 2011

Atlas do Trabalho Escravo no Maranhão será lançado hoje no SALIMP



Estará sendo lançando oficialmente hoje, a partir das 15:00 (com tolerância de meio hora) o "Atlas Político Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão" pela Ética Editora. O Atlas é uma publicação do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia que tem como organizadores Antônio Filho, Nonnato Masson e Reynaldo Costa.

O lançamento será realizado no Salão do Livro de Imperatriz, Centro de Convenções. Tive a honra de trabalhar neste belo projeto, na condição de pesquisador e revisor. O Atlas reúne informações de vários documentos oficiais, de relatórios de fiscalização do Ministério do Trabalho, processos trabalhistas, criminais, em tramite no INCRA que a assessoria jurídica do CDVDH acompanha além de um raio-x da questão sóciopolítico do Maranhão. Sintam-se todos convidados.

O trabalho escravo no Maranhão está por toda a parte, a partir de pesquisa nos relatórios se visualiza que em todas as regiões nas mais diversas atividades, já houve prática de trabalho “análogo a de escravidão”. Porém é a pecuária a atividade com maior incidência de casos de exploração da mão de obra escrava.

Neste caso, a famigerada situação de trabalhadores encontrados em condições degradantes nas terras maranhenses, tem se verificado que muito ainda falta avançarmos para erradicar este mal no nosso estado. Inexististência de políticas públicas adequadas para incluírem socialmente trabalhadores (as) além da falta de respeito à cultura dos povos do campo pelo agronegócio formulam uma lógica perversa e violenta.

9 de junho de 2011

O Maranhão do Sul e CPI do trabalho escravo no MA

Será essa a solução dos nossos problemas? Alguem aí já se perguntou o quanto de receita seria gasto para bancar funcionalismo público, Legislativo e Judiciário próprios, aparato policial civil e militar, etc etc etc.
Teríamos esse dinheiro em caixa? Ou já entraríamos com um enorme deficit a sanar, precisando por vezes, sobretaxar mercadorias, alijar setores estratégicos, privatizar outros, enfim, quais os ónus e os bónus advindos de mudanças dessa natureza.
O debate acerca do Maranhão do Sul vem sendo paulatinamente colocado pela sociedade, em alguns casos, amplificados por setores conservadores. Não obstante verifica-se plenamente a concordância ou anuência de figuras públicas de caráter progressista. Me parece um verdadeiro balaio de gatos.
Senão vejamos: A historia nos ensinou quê por muito tempo fez-se enorme estardalhaço politico o assunto, coincidentemente próximo aos períodos eleitorais. Vamos ver se desta será diferente.

CPI do Trabalho escravo

Tive o grato (e o triste) prazer de trabalhar na condição de pesquisador no Atlas Politico Jurídico acerca do trabalho escravo no Maranhão.
As historias e sagas são dignas de qualquer grande romance
realista. A desumanidade, aliada da ganancia, não possui escrúpulos para nada ou para ninguém. A saída para os trabalhadores rurais e peões do trecho em regime de trabalho degradante perpassa pela bela atuação do Centro de Defesa dos Direitos da Vida de Açailândia, recentemente batizado de “Centro de Defesa Carmem Bascaran”.
Agora, diversas entidades de direitos humanos reividicam legitimamente uma CPI para tratar exclusivamente do trabalho escravo. Uma tarefa hercúlea com certeza, visto que diversos coronéis poderosos e escravocratas possuem suas ramificações pela política. Mas como diz o ditado: “O mesmo risco que corre o pau, corre o machado”. Força companheiros.

4 de junho de 2011

Audiência pública sobre Trabalho Escravo no MA debate impunidade do Agronegócio





Desde a Revolução Francesa aos dias de hoje é que o que chamou-se convenientemente de sociedade civil tem buscado organiza-se para pressionar a sociedade política (Estado e instituições afins) não necessariamente para tomar o poder, mas para proteger e reivindicar direitos que lhe são importantes. Mesmo assim é bastante claro o enorme vão que existe entre defesa/conquista destes direitos humanos, por exemplo, e as ações dos governos.

No caso da famigerada situação de trabalhadores encontrados em condições degradantes nas terras maranhenses, tem se verificado que muito ainda falta avançarmos para erradicar este mal no nosso estado. Inexististência de políticas públicas adequadas para incluírem socialmente trabalhadores (as) além da falta de respeito à cultura dos povos do campo pelo agronegócio formulam uma lógica perversa e violenta.

O mundo atual é marcado por terríveis injustiças. Uma das causas é sem duvida a desigualdade que impera grosso modo via instituições governamentais oligárquicas e atrasadas, que emperram e inviabilizam ações concretas socialmente justas.

É urgente mobilizar a sociedade no combate às causas estruturais da pobreza, transformando esta mesma pobreza, um problema social, numa questão política. Só assim poderemos minimamente melhorar nosso processo civilizatório/democrático e erradicar esse terrível mal.

Mais informações desta audiência pública na Assemblêia Legislativa foram publicados no site do Repórter Brasil. Click aqui e veja.

Ps: Peço desculpas pela minha ausência daqui do blog esta semana, estive viajando a São Paulo, cuidado da vida.

3 de maio de 2011

Melhor governo da vida de Roseana – Pior governo para vida dos trabalhadores

Estamos todos perplexos com tanta coisa ruim que vem acontecendo no Maranhão. A greve dos professores da rede de ensino estadual soma-se a crise do sistema de segurança pública que por sua vez resvala na grave situação de colapso que vive a Saúde do nosso estado.

Como se não bastasse à falta de projetos e compromisso com a mudança social ainda temos boa parte dos partidos, do governo e parte organizativa da sociedade “intrameladas” com o oportunismo, o vale tudo de interesses lúmpens, onde só querem se locupletar utilizando o Estado e dividindo a mais valia social.

No ultimo episódio dessa trágica novela tivemos um bom exemplo de como à senhora Roseana Sarney Murad trata questões de ordem pública. O Hospital Contra o Câncer Aldenora Belo, referencia na prevenção e tratamento para os menos favorecidos, corria grave risco de ser fechado. Roseana cortou todos os convênios e recursos, se negando até a dialogar com os médicos do hospital.

A filha querida de José Sarney, que de fato nunca precisou se tratar no Sistema Único de Saúde, mas ao contrario, viaja o mundo visitando clinicas médicas, preferiu ofertar oito milhões para que a escola de samba carioca Beija-Flor homenageasse São Luis que este ano completa 400 anos.

O Governo Roseana gasta milhões em propaganda e publicidade. É um governo midiático e que teme toda vez que saem estatísticas oficiais. Vejam os dados do Caged, do Ministério do Trabalho:

“Segundo dados do Caged foram fechados 3.816 postos de trabalho no Maranhão apenas no último terceiro mês do ano. A queda foi de 0,94% em relação a fevereiro, um dos piores desempenhos do país. No nordeste o Maranhão só não foi pior que Alagoas e Pernambuco.”

Mesmo assim Roseana não perde oportunidade para dizer que o Maranhão atravessa um momento histórico de grande crescimento econômico e vive seus melhores dias.

Estudantes sem educação, doentes sem hospitais, presos sendo decapitados, PM e Policia Civil em greve, denuncias de corrupção na Fapema, no Incra. O que mais pode faltar ao pior governo para a vida dos trabalhadores?


2 de maio de 2011

Dep Rubens Jr visita o Centro de Defesa de Açailândia e recebe demandas urgentes da entidade


Durante sua visita ao CDVDH o Deputado Estadual Rubens Junior se encontrou com os organizadores do Atlas do Trabalho Escravo e com a executiva da entidade, na ocasião uma demanda do que o parlamento estadual pode atuar foi construída no breve encontro. Entre as demandas está a criação da CPI do Trabalho Escravo no Maranhão, o funcionamento da Coetrae e a aplicação do Plano Estadual para erradicar o trabalho escravo no Maranhão que atualmente se encontra engavetado.

Sobre a CPI do Trabalho Escravo Nonnato Masson advogado do CDVDH ressaltou ao Deputado que a proposta já existe e que está em formulação. A idéia é acumular força entre os parlamentares de oposição e articular os movimentos sociais para que a mesma possa sair do papel.

Antonio Filho relata ao Parlamentar que o governo do estado parece não ter compromisso com a erradicação deste mal. Colocou que a Coetrae (Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo no Maranhão) não está em atividade impedindo assim o funcionamento do plano estadual que prevê a superação do trabalho escravo, criada em 2007.

Milton Teixeira, faz a pedido do Deputado uma analise de como anda o desempenho do governo municipal e citou algumas situações criticas na qual o mesmo não tem tomado iniciativa em resolver, como a situação do povo do Piquiá que quase todo mês acontece uma rodada de conversa mais não se resolve o problema. Outra problemática citada pelo Executivo do Centro de Defesa foram as erosões que atingem famílias dos bairros Jacu, Vila Maranhão e Laranjeira no qual uma ação do Ministério Publico determina a inclusão destas no programa minha casa minha vida e a retirada desta de forma imediata das áreas de riscos beneficiando estas com aluguel social conforme determinado pelo MPE.

A comitiva do Deputado se mostrou interessada em manter o dialogo para que de fato este possa contribuir com a população deste município

Com informações do CDVDH

9 de fevereiro de 2011

Moção de apoio aos companheiros do CDVDHA que sofrem ameaça de morte no Maranhão

A última Lista Suja do Trabalho Escravo, publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada no dia 5 de janeiro deste ano, coloca o Maranhão como o estado com o segundo maior índice de número de empregados submetidos a trabalho análogo à condição de escravo, e o campeão em exportação de trabalhadores resgatados em outras unidades da federação, principalmente no estado vizinho Pará.


Frente a essa situação de extrema violação dos direitos humanos o CDVDHA tem travado um luta constante e denunciado o trabalho escravo na região, que destrói a vida de milhares de trabalhadores rurais no Maranhão.

A atuação corajosa e determinada dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como dos militantes em denunciar os seus algozes, deu ao CDVDHA reconhecimento nacionalmente, mas também auferiu inimigos poderosos como fazendeiros e políticos alinhados ao coronelismo escravocrata, os quais têm ameaçado sistematicamente de morte ativistas do CDVDHA.

Frente as nefastas ameaças aos companheiros militantes do Centro de Defesa dos Diretos Humanos e da Vida de Açailândia, as diversas entidades abaixo relacionadas vêm expressar publicamente solidariedade aos companheiros defensores dos direitos humanos, dentre eles os advogados do CDVDH Antonio Filho e Nonato Masson e o membro do setor de comunicação do MST Reynaldo Costa, organizadores do Atlas do Trabalho Escravo no Maranhão.

Assim, na tentativa de expressar nosso posicionamento destacamos a partir desta moção que:

§ Repudiamos qualquer tentativa por parte do Governo do Maranhão em escamotear esta situação, quer seja pelo fato de estarem envolvidos políticos e magistrados ligados às esferas de poder político e econômico, quer seja pela falta de estrutura adequada para averiguar e dar proteção aos trabalhadores e defensores dos direitos humanos.

§ Repudiamos as propriedades que estão ilegalmente dentro da Reserva do Gurupi, que comentem duplo crime ao permanecerem em uma área de preservação ambiental e ainda manter trabalhadores (as) em situação degradante e às vezes ceifando suas vidas de forma hedionda.

§ Apoiamos integralmente os companheiros do CDVDH que vêm sendo ameaçados de morte, bem como todos os trabalhadores (as) que têm denunciado e corajosamente resistido ao poder da violência no Maranhão.


Assinam:

Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu- MIQCB
Centro de Educação do trabalhador rural – CENTRU

28 de janeiro de 2011

Rápidas & Rasteiras

2º. Baile do Parangolé

Em comemoração ao aniversário de 32 anos da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH). Dia 12 de fevereiro (sábado), no Circo Cultural Nelson Brito (Circo da Cidade, Aterro do Bacanga), às 21h30min. Shows com Cesar Teixeira, Joãozinho Ribeiro, Lena Machado e Rosa Reis, acompanhados da Banda do Parangolé. Ingressos: R$ 40,00 (camisa), à venda, a partir de segunda-feira (31), nas sedes da SMDH (Av. Castelo Branco, 697, altos, São Francisco), União por Moradia Popular (Rua dos Afogados, 554, Centro) e Livraria Poeme-se (Rua João Gualberto, 52, Praia Grande). Maiores informações: (98) 3231-1601, 3231-1897, 8888-3722, smdh@terra.com.br, twitter.com/smdhvida

Dia Nacional de combate Trabalho escravo

Hoje dia 28 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O objetivo da data é centralizar manifestações que sensibilizem e alertem a sociedade sobre a realidade do trabalho escravo, uma prática que insiste em explorar e escravizar pessoas para simples obtenção de lucro. Estima-se que no Brasil – segundo dados da Comissão Pastoral da Terra – 25 mil cidadãos e cidadãs brasileiros (as) têm seus direitos violados, trabalhado de forma escravizada sem o mínimo de dignidade humana. O marco inicial das atividades, que visam erradicar o trabalho escravo, foi o lançamento, ontem (27), do Atlas Político-Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão, na sede do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de (CDVCH), em Açailândia (MA).

PSOL ainda avalia lançamento de candidatura própria às presidências do Senado e da Câmara

O PSOL vai aguardar até a próxima segunda-feira (31) para decidir se lança candidato próprio para disputar as presidências da Câmara e do Senado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27) após reunião de bancada em que foram divulgadas as propostas a serem defendidas pelo partido na próxima legislatura, que se inicia no dia 1º de fevereiro.

Na reunião, o senador eleito Randolfe Rodrigues (AP) disse que o PSOL não concorda com a "aparente pacificação e consenso" em torno de uma eventual reeleição de José Sarney para a presidência do Senado. Ele disse que o partido também não apoiará a eleição de Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara, ou ainda a candidatura avulsa do deputado Sandro Mabel (PR-GO) para o mesmo cargo, em razão de diferenças programáticas, ideológicas e partidárias. Leia mais no Site do Senado.


Contas da Prefeitura de Imperatriz comprometidas


Um passarinho me contou que muito provavelmente as contas da gestão Madeira&cia referentes aos dois primeiros anos podem estar seriamente comprometidas. A lambança teria sido de responsabilidade maior do senhor controlador do município Candido Madeira. O espaço está aberto para a contra-argumentação.

25 de janeiro de 2011

Atlas do trabalho escravo no Maranhão será lançado dia 27, quinta


Estará sendo lançando oficialmente dia 27 de janeiro o "Atlas Político Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão" pela Ética Editora. O Atlas é uma publicação do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia que tem como organizadores Antônio Filho, Nonnato Masson e Reynaldo Costa. O lançamento será às 19:00 hs na sede da entidade (convite e programação abaixo), e reúne informações de vários documentos oficiais, de relatórios de fiscalização do Ministério do Trabalho, processos trabalhistas, criminais, em tramite no INCRA que a assessoria jurídica do CDVDH acompanha. Sintam-se todos convidados.


4 de dezembro de 2010

Conheça quem são os atuais escravocratas do Maranhão


Este belo artigo me foi enviado pelo companheiro Reynaldo Costa, que trabalha no Setor de Comunicação do MST. No texto fica registrado quem são os nomes que estão na lista negra no Ministério do Trabalho, acusados de manter trabalhadores em situação degradante e/ou análoga a escravidão no Maranhão. O texto ainda registra o que fazem estes senhores e qual seu perfil político econômico. Pode parecer pura figura de retórica afirmar que nosso Estado é "semi-feudal", mas, pesa sobre os nossos ombros, um passado não muito distante, herança de práticas coloniais e oligárquicas.

Conhecendo os escravocratas

Por Reynaldo Costa

Debruçado há meses sobre relatórios do INCRA, e sobre processos criminais e trabalhistas do trabalho escravo no Maranhão, comecei a entender melhor sobre cada personagem envolvido com o tema. Finalmente conseguimos ter uma visão verídica do perfil de quem prática este crime no Estado do Maranhão.

Muitos dos fatos são idênticos. A primeira deles é a grande concentração de terras. A maioria das propriedades flagradas é de tamanho superior a dois mil hectares, apesar de ter propriedade que somam quase 20 mil, como é o caso da Fazenda Maratá de José Augusto Vieira, dono do Grupo Maratá.

A maioria destes proprietários escravocratas flagrados possui varias propriedade. E mais uma vez se destaca José Augusto Vieira, que no relatório afirma ter 12 fazendas só no Maranhão, e que não sabem qual o tamanho delas.

Outras características destes, é que, a maioria vem das regiões sudeste e centro oeste do país, alguns ainda até moram por lá mesmo, ou seja, como não vivem aqui entregam suas propriedade para terceiros, e estes por sua vez acabam agravando as relações trabalhistas. E talvez esta seja uma das metas quando se terceiriza o trabalho nas fazendas, que é livrar o proprietário das responsabilidades com os trabalhadores.

A maioria dos relatórios aponta que os proprietários jogam a culpa pelas condições em que os trabalhadores são encontrados nos chamados “Gatos” (responsáveis pelo serviço terceirizado, uma espécie de gerente). Quanto a isto os relatórios são bem claro quase todos os pagamentos dos trabalhadores são realizados por estes administradores.

Comum também entre estes, é a definição de que não cometeram crime algum. Vários deles nos relatório usaram o termo de que a situação nas quais os trabalhadores são encontrados é comum no estado É o que disse o pecuarista Marco Antonio Braga em um dos seus depoimentos por envolvimento com trabalho escravo, afirmando ainda “que é comum não assinar carteira de trabalho nestas terras do Maranhão e que fazer as necessidades fisiológicas no mato é comum”. E assim se constrói um imaginário de que a situação de exploração nas fazendas e carvoarias são coisas tão naturais.

O trabalho escravo no Maranhão está por todas as partes, a partir de pesquisa nos relatórios se visualiza que em todas as regiões nas mais diversas atividades, já houve prática de trabalho “análogo a de escravidão”. Porém é a pecuária a atividade com maior incidência de casos de exploração da mão de obra escrava.

É importante enfatizar ainda, que a pecuária não é desprovida de recurso que não possa buscar melhorias de condições para os trabalhadores. Miguel de Souza Rezende, um dos maiores pecuaristas do estado, tem uma empresa “Rezende Agropecuária”, três grandes propriedades no sudeste do estado, foi seis vezes flagrado mantendo trabalhadores em condições de escravo. Voltando a José Augusto Vieira, este também é dono de diversas empresas que vão desde instituições de educação ao ramo de alimentos. José Augusto inicia seu império na década de 70 quando dedicava-se à comercialização de fumo e agropecuária. Hoje, a “Fundação” é um conglomerado de empresas, uma destas é a 3ª maior empresa do Brasil na industrialização do café, sendo a maior torrefadora de capital 100% nacional, o grupo é forte na exportação de sucos concentrados, e no segmento de embalagens plásticas e produção de tabaco.

No conjunto dessas Unidades, o Grupo conta com quase 4000 colaboradores diretos. (Industria de Alimentos Maratá, Agro-maratá, Maratá Industria de Copos Descartáveis, Faculdade José Augusto Vieira). Com toda esta estrutura não é possível acreditar que não há condições de um milionário destes investir uns poucos de R$ na instalação de sanitários em suas fazendas para um uso higiênico por parte dos trabalhadores.

Outro pecuarista dotado de grande estrutura é Shydney Jorge Rosa, dono de mais de 100 mil há só em Paragominas e da Rosa Madeireira LTDA, onde seus trabalhadores passavam a noite antes de ser conduzido para a fazenda. Ex-prefeito daquela cidade, atual suplente de senador, foi muito cotado nos últimos anos para disputar o Governo do Pará, mas sua candidatura foi a deputado estadual sendo eleito. Hoje é vice-presidente da Federação da Indústria do Estado do Pará.

Outra característica importante no perfil do escravocrata é a relação com a política. Muito destes, como foi citado com “Sidney” Rosa, são apoiadores de grupos políticos ou os próprios políticos como Fufuca Dantas, Deputado Estadual no Maranhão que teve candidatura a reeleição impugnada por desvio do dinheiro é ex-secretário de Minas e Energia do governo Roseana Sarney. Ele lançou e elegeu seu filho André Fufuca deputado estadual. Outro nome muito famoso é de Antonio José de Assis Braide, ex-prefeito de Santa Luzia marido da ex-deputada Janice Braide.

Em pleno mandato deputado estadual Antônio Bacelar teve sua fazenda também flagrada, na ocasião duas mulheres, uma delas com seu filho de quatro anos viviam em um curral na Fazenda São Domingos, pertencente ao membro da Assembléia Legislativa do Maranhão. Outro político escravocrata é o prefeito de Codó (MA) José Rolim Filho, o Zito Rolim, na sua Fazenda São Raimundo, foram libertados 24 trabalhadores em condições análogas à escravidão, entre eles um jovem de 17 anos.

O perfil dos escravocratas vai mais além da política. Em 2007 um “Juiz” de direito, da Comarca de Imperatriz, teve sua fazenda flagrada com trabalhadores em condições de escravidão, um dos trabalhadores tinha 17 anos. Com o sobre nome muito estranho para nós brasileiros, claro muitos dos detentores destas terras ainda são descendentes de europeus.

Mas, dentre todas as famílias que aparecem nos relatórios, uma é emblemática, a família “Andrade” dos irmãos Jairo e Gilberto Andrade. O primeiro, já falecido, recebeu nove autuações por trabalho escravo. Teve seu nome incluído na Lista Suja do Ministério de Trabalho. Condenado por manter 97 trabalhadores escravizados na Fazenda Forkilha ainda é acusado de matar 56 posseiros. Gilberto Andrade recebeu igual condenação por trabalho escravo na fazenda Boa Fé, em Centro Novo (Maranhão) chegando a ser preso em 2005. Apesar de denunciado por trabalho escravo, desde final dos anos 60, os irmãos Andrade nunca deixaram de receber recursos públicos da SUDAM e outras instituições financeiras, como prever o propósito da Lista Suja.

A prática e o envolvimento com outros crimes pode levar em consideração no perfil destes. Envolvimento com assassinatos, no caso dos políticos com desvio de recurso publica e até com roubo de carga, no qual Miguel Rezende foi acusado.

Mas o mais comum entre estes é a unidade em defender a classe, todos falam pela mesma boca negando a existência do trabalho escravo, chegando a afirma que eles é que são vitima de escravidão por conta dos peões.

Político, empresários milionários, grandes fazendeiros, juízes. A lista destes prova que os escravocratas são pessoas bem sucedidas em seus negócios. Se conseguiram tal façanha as custas da escravidão de seres humanos, não podemos afirmar. Porém nossas buscas, nas falas registradas de fiscais do trabalho, procuradores, policiais federais, juízes trabalhadores, e dos próprios escravocratas deixa claro que a escravidão existente hoje não vem de um povo ingênuo, e sim de um grupo articulados em idéias e recursos para poder lucrar ainda mais.

4 de novembro de 2010

CDVDH indica o advogado Nonnato Masson para o Prêmio Nacional de Direitos Humanos


O Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia indicou o advogado Nonnato Masson para concorrer ao Premio de Direitos. O motivo pela a indicação segundo a Entidade é o engajamento e militância de mesmo, enquanto profissional no campo do Direito, o diferencia dos demais profissionais da área, a exemplo disso é sua atuação como advogado na defesa dos direitos humanos, especialmente na luta pela erradicação ao trabalho escravo. Sua disponibilidade de se voluntárizar e a maneira disciplinada e rigorosa com que atua, não só em processos judiciais dessa natureza, mas no apoio aos movimentos sociais (MST, MAB, CIMI e CPT).

Nascido em 01/05/1975 no Rio de Janeiro/RJ de pais maranhenses, sua família retorna ao Maranhão quando ainda tinha 02 anos de idade, residindo desde então em São Luís;

Ingressou na Universidade Federal do Maranhão no curso de Direito em 1993 tendo sido diretor do Centro Acadêmico em 1995 e membro como representante estudantil do Conselho Superior da UFMA – CONSUN além de nesse período ter sido militante do movimento universitário negro;

Formou-se em Direito em 1998 atuando como advogado desde então;

Atuou na assessoria jurídica e assistência judiciária de várias entidades sindicais de servidores públicos e de trabalhadores rurais; de movimentos sociais em defesa da reforma agrária, em defesa da causa indígena; atuado na mediação em conflitos envolvendo atingidos por barragens; tendo sido ainda assessor jurídico da Câmara de Vereadores de Alcântara-MA e prestado assessoria em CPI\'s.

Em 2004 muda para Açailândia onde permanece até 2009 colaborando na assessoria jurídica do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia, atuando em processos que envolvem crimes de trabalho escravo, tortura, grupos de extermínio, exploração sexual de adolescentes entre outros.

Nonnato Masson sempre pautou sua atuação como advogado na defesa dos direitos humanos, é membro da Rede Nacional de Advogados Populares – RENAP; integra a Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA; em suas próximas atividades participara de um mutirão carcerário no interior do Maranhão e em inspeções à unidades prisionais; prestando assessoria a diversos movimentos sociais como MST, CPT, CIMI, MAB; tem um histórico de atuação em mediação de conflitos envolvendo posse de terra e/ou atingidos por barragens, atuação em defesa da causa indígena.

Na assessoria jurídica do CDVDH atua em vários processos, envolvendo violações graves de direitos humanos na região como trabalho escravo, tortura, exploração sexual de adolescentes, grupos de extermínio, além de participação em oficinas e em Jornadas Jurídicas em bairros de Açailândia.

Desde antes de 2006, Nonnato Masson atua como advogado de vários trabalhadores resgatados do trabalho escravo em processos criminais e trabalhistas (onde cobra reparação de dano moral) participa de audiências de inquirição de testemunhas, interrogatório de fazendeiros, acompanha trabalhadores em seus depoimentos em juízo visita vários municípios no interior do Maranhão na tentativa de localização de testemunhas e esclarecimento da importância deles para o processo; ou mesmo na visita da relatora da ONU para questões de escravidão contemporânea.

É co-autor de um Atlas do Trabalho Escravo no Maranhão no prelo; visita a trabalhadores resgatados do trabalho escravo para esclarecer de sua situação e eventualmente de direitos e indenizações que ainda possa ser devida; indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Maranhão para representar esta entidade na Comissão Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo – COETRAE

Fonte: CDVDH-AÇAILANDIA

23 de maio de 2010

Relatora da ONU ouve ex-trabalhadores escravos das fazendas na região em Açailândia

Estará em visita ao Brasil entre os dias 17 a 28/05 a Relatora Especial sobre Formas Contemporâneas de Escravidão do Conselho de Direitos Humanos da ONU - Organização das Nações Unidas, Gulnara Shahinian.

Especialista no tema de tráfico de pessoas, Gulnara visitará as cidades de São Paulo, Cuiabá-MT, Brasília-DF e Açailândia-MA. O Objetivo da Relatoria é construir um relatório sobre as formas contemporânea de escravidão, tendo como foco um analise do papel do governo brasileiro, da sociedade civil, de empregadores e organizações de empregados em relação ao combate a esta forma de degradação humana.

Em Açailândia Gulnara Shahinian visitará o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (CDVDH), umas das maiores referencia no País na luta contra o trabalho escravo. A visita ao CDVDH esta marcado para o dia 23 de maio às 14h00min. Na ocasião o Centro de Defesa apresentará elementos de sua experiência de trabalho nas suas atuações na repressão, na prevenção e na reinserção dos trabalhadores resgatado, assim como também as suas criticas e sugestões para que se possa avançar na erradicação do trabalho escavo.

Segundo o advogado do CDVDH Nonnato Masson, Gulnara Shahinian ouvirá na tarde deste domingo o depoimento de vários trabalhadores que foram resgatados de regime de escravidão nas fazendas da região.

A relatora também participará do 1ª Encontro Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que acontecerá entre os dias 25 e 27 de maio em Brasília, reunindo representantes dos três Poderes e da sociedade civil.
O relatório produzido pela relatora, Gulnara Shahinian, será apresentado em setembro no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Veja o emocionante vídeo com depoimento dos trabalhadores que foram resgatados de uma das fazendas.

Texto: Rey Terra, da acessória do CDVDH.
Com colaboração de Carlos Leen Santiago.

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