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14 de julho de 2018

Mais Cultura: Lilia Diniz tome posse hoje e Feirinha da Beira Rio movimenta a cidade


Neste Sábado, dia 14 de julho, a cultura de Imperatriz e região estará em festa com a posse da equipe da Superintendência Regional da Cultura e Turismo, a partir das 16h e a Feirinha da Beira Rio, das 17h as 21h.

O nome escolhido para liderar esse processo foi a da atista e poeta Lilia Diniz, que possui vasta experiência em editais e projetos na esfera cultural.

Será um bom momento para debatermos e fazer avançar as políticas culturais na região. No plano nacional, nos ultimos anos, por desconhecimento ou priorizações políticas os projetos foram se esvaziando assim como a falta de Pontos de Cultura e a diminuição do orçamento. 

Quem estará presente para prestigiar o evento será o governador Flávio Dino, grande maestro na mudança qualitativa  em que vive a estrutura do Estado.

Feirinha da Beira Rio

Esta é a primeira ação da Superintendência de Cultura e Turismo da Região Metropolitana de Imperatriz e do Polo Chapada das Mesas. 

Apesar de ser realizada hoje, sábado, 14, a Feirinha da Beira Rio sempre acontecerá aos domingos. A feira contará com barracas de gastronomia, artesanato, agricultura, atrações culturais e muito mais.

20 de março de 2017

Espetáculo inspirado em Cora Coralina chega esta semana em Imperatriz


Uma das mais respeitadas poetisas do Brasil, Cora Coralina, é homenageada pela peça "Cora dentro de mim - Plantando roseiras & fazendo doces" que será apresentada esta semana em Impeatriz, depois de passar por diversas cidades do país. 
O espetáculo será encenado nos dias 22 (quarta-feira) e 23 (quinta-feira) de março no Teatro Ferreira Gullar em sessões às 20h. Os ingressos custarão R$10 meia/R$20 inteira e podem ser adquiridos no dia da peça.
Idealizado e interpretado pela atriz maranhense Lília Diniz, que também é membro da Academia Imperatrizense de Letras, a peça é um premiado espetáculo cênico-poético-musical, no qual os pensamentos da doceira e escritora Cora Coralina são encenados por meio de seus versos e contos, na velha Cidade de Goiás.
Em forma de monólogo, ao longo do espetáculo, que tem aproximadamente 70 minutos de duração, a protagonista traz para a composição um fogão artesanal real – no qual são feitos doces em cena. O intuito é que o público sinta um clima que busca ser intimista e aconchegante, promovendo um estímulo aos sentidos. O doce fica pronto para degustação do público ao final do espetáculo.
A peça explora dramas pessoais, história, culinária e comportamentos para compor a história e obra da escritora, que fez da sua jornada literária uma luta constante pela afirmação de sua identidade e da renovação constante da força de mulher.
Cora Coralina - era o pseudônimo de Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretas. Foi contista, cronista de tempos passados e presentes. Nasceu na cidade de Goiás, antiga Villa Boa de Goyaz, em 20 de agosto de 1889. Publicou seu primeiro livro aos 75 anos de idade e continuou lúcida até quase os 96 anos, quando morreu em 1985. Ficou famosa quando Carlos Drummond confessa que os poemas de Cora o tocavam profundamente.

Leia mais em: Correio Popular

7 de abril de 2016

VEREADOR PROF. ADONILSON APOIA O II FESTIVAL DE CULTURA POPULAR


A cultura popular é um dos pilares do mandato do vereador Professor Adonilson (PCdoB). Na manhã desta quarta-feira (6), o vereador, juntamente com representantes do Conselho Estadual de Cultura, a Casa das Artes, grupo Kizomba entre outros, esteve presente em uma reunião com o prefeito Sebastião Madeira onde foi apresentado o II Festival de Cultura Popular de Imperatriz.  

Dentro dos objetivos do Festival um deles inclui a aprovação de um Projeto de Lei, intitulado “Tesouros Humanos Vivos”, que dará suporte aos mestres da cidade que atualmente lidam com a falta de apoio. “A gente compreende que com essas políticas públicas é possível ajudar aos mestres. São pessoas que sofrem com a falta de apoio, como é o caso da Francisca do Lindô. Projetos como esses são de grande importância para a cultura popular de Imperatriz”, argumentou a poetiza Lilia Diniz. 

O vereador Professor Adonilson (PCdoB) lembrou do Festival Musical, a ser realizado ainda neste primeiro semestre, e destacou a importância de projetos que incentivem a cultura popular. “A organização dos movimentos sociais da cultura, a sensibilidade do executivo municipal e a articulação do nosso mandato popular estão sendo decisivos para a construção de algo prático que beneficiará verdadeiros tesouros vivos da cultura popular tradicional de Imperatriz”, pronunciou o parlamentar. 

O prefeito Sebastião Madeira elogiou a iniciativa: “É importante ter na cidade projetos como esses que apoiam a cultura local”. II Festival de Cultura Popular de Imperatriz Promovido pela Casa das Artes com o apoio da Fundação Cultural de Imperatriz, a segunda edição do Festival de Cultura de Imperatriz vai acontecer nos dias 13 e 14 de maio e suas ações estão previstas para ocorrer na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), em escolas da rede estadual de ensino, se encerrando na Avenida Beira-rio.

18 de outubro de 2010

Conferência Municipal de Cultura: Um ano depois e nenhum avanço ainda

Dia 20 de outubro do ano de 2009 foi realizada a II Conferência Municipal de Cultural de Imperatriz e o que deveria ser um marco regulatório das Políticas Públicas de inclusão e participação democrática na esfera cultural, se mostrou na verdade infértil

A Fundação Cultural de Imperatriz apesar de possuir nomes de peso em seu quadro, tais como Lilia Diniz, Zé Geraldo e Zeca Tocantins até agora tem apenas se pautado em eventos casuais do calendário da cidade, portanto, sem avançar nos reais problemas que a esfera cultural necessita, por vezes repetindo a fraquíssima gestão anterior, comandada por Erasmo Dibel.

Convênios sem serem assinados com o MinC por perca dos prazos legais, conflitos internos entre os egos da gestão, falta de recursos e dotação orçamentária e tantos outros problemas parecem emperrar de vez o que no inicio se mostrou competente e promissor. Aos poucos os agentes culturais que fazem à cultura na cidade vão se virando sozinhos, afinal não dá pra esperar por ali.

O Conselho Municipal de Cultura nunca foi empossado e uma das vagas continua ociosa: a de Patrimônio Histórico. O Núcleo de Estudos Afro-Indigenas da UEMA, que no inicio reivindicou a vaga para si pelo visto desistiu até de encaminhar o nome para este fim. Motivo: Segundo a Profa Maristane Rosa, “nunca houve boa vontade do município em encaminhar as coisas”. Muita calma nessa hora.

De resto ficamos todos nós trabalhadores e trabalhadoras da cultura sem perspectivas de mudança qualitativa deste quadro. Onde está nosso Sistema Municipal de Cultura, nosso Museu e Casa de Memória, nossa tradicional Feira de Artes? Ficaram pra trás, re-lembradas apenas nas nossas mentes.

11 de outubro de 2010

DE SONHOS, LETRAS E FOME DE SABER...‏


Bom dia!
Estamos divulgando o Blog da Biblioteca Comunitária Professora Maria de Jesus, no povoado da Pintada(Vilao São Luiz), em Davinópolis-MA.
Uma ação da Casa das Artes que só foi possível ser concretizada com a parceria de amigos sonhadores e construtores de sonhos...

Acesse o BLOG
e conheça mais uma história de desafios, enfeitada de sonhos, letras e buniteza.
Implantar a Biblioteca Comunitária Professora Maria de Jesus, foi desde o início, dois grandes desafios que passavam pela articulação dos moradores e pelo envolvimento do poder público na iniciativa.

Por ser precária a existência de projetos voltados para a comunidade, seja de proteção e utilização dos bens naturais da reserva, tanto do cerrado quanto da mata de babaçu, ou ainda, a ausência de atividades de formação e informação de modo geral, alguns fatores foram determinantes para o lançamento da proposta à comunidade, desde a falta de acesso dos jovens a um acervo para leitura e pesquisa de trabalhos escolares, até a ausência de políticas públicas voltada para os moradores da Resex.

Chamou-nos a atenção a ausência de um espaço para encontros culturais aonde pudesse acontecer troca de saberes entre os estudantes e os mestres da cultura tradicional, estabelecendo diálogo entre a valorização da cultura tradicional nos aspectos culturais e ambientais, desta inquietação nasceu a idéia da Biblioteca como espaço catalisador das ações educativas e culturais.

Recebemos a doação do acervo e do mobiliário para a Casa das Artes, e sensibilizados com a luta de alguns moradores do povoado, como Dona Alice e seu José, Dona Silvania e Seu Aloísio, Jakelyne que desde o nove anos de idade cuidava com empenho do pequeno acervo, direcionamos a doação com a certeza de estarmos cumprindo nossa função social de entidade comprometida com a erradicação do analfabetismo e pela democratização do livro.
Lília Diniz
Alexandre Almeida
Casa das Artes

7 de agosto de 2010

Crise na Fundação Cultural de Imperatriz: Zeca Tocantins faz graves acusações a Lília Diniz

Do site Praça da Cultura
Presidida por Antonio Lucena, a Fundação Cultural de Imperatriz, que até agora tem andando a passos de jabuti nos processos de implementação das políticas culturais na cidade, e que traz nos discursos a preocupação de não repetir a fracassada gestão da FCI do governo anterior, passa por uma crise interna que chega ao público de modo estranho causando indignação em muita gente.
A problemática vem à tona, através de uma grave acusação feita por Zeca Tocantins, direcionada para a colega de trabalho, a poeta Lília Diniz.
Pelo fato de se tratar de dois artistas respeitados na cidade, por fazerem parte do mesmo governo, ambos chancelados pela Câmara de Vereadores para, juntos com outros coordenadores, pensarem e programarem políticas públicas para a cultura, esta briga interna tem desgastado mais ainda a FCI.
Zeca Tocantins nos últimos dias enviou e-mails ao site da Praça Cultura, denunciando que os companheiros de Fundação Cultural Lília Diniz e Prof. Zé Geraldo são omissos, ausentes e não estão trabalhando, apenas recebendo dos cofres públicos, por último postou em seu ORKUT e na página de recados da poeta a seguinte mensagem “se existe uma Cultura que precisa ser combatida com veemência neste país é a cultura do funcionário público que recebe sem trabalhar. É o caso de Lília Diniz, que recebe do município de Imperatriz como Coordenadora de Cultura e mora em Brasília”.
Procurado pela reportagem da Praça da Cultura para comentar acerca do assunto, Zeca Tocantins foi enfático em repetir o que postou. Sobre a nota feita em nome do Fórum, questionando algumas de suas ações, disse não está preocupado.
Uma acusação muito grave vinda de quem a faz e principalmente para quem a recebe, já que todos nos conhecemos o trabalho e a preocupação de ambos em torno das questões culturais.
Procurada para responder as acusações, Lília Diniz disse não querer comentar o assunto por estar abalada com denúncia, e nos afirmou que todas as suas ações são comunicadas ao presidente e ao prefeito Sebastiao Madeira, através de relatórios de trabalho, e que a “história prova quem faz, o que faz e o que deixa de fazer".
Entendendo a gravidade do assunto, procuramos o presidente da Fundação Cultural, que disse não querer comentar o assunto. O que para nós soa muito estranho. Alguém está errado nessa história que precisa ser apurada.

OPINIÃO DO SITE PRAÇA DA CULTURA
Esperamos sinceramente que estas divergências sejam superadas em nome da cultura de Imperatriz e região. Compreendemos que o inimigo em comum é a falta de vontade política dos gestores em encaminhar as diretrizes necessárias para implementação de políticas públicas para uma gestão cultural transformadora.
Como diz a Socióloga Marilena Chauí, a luta não pode ser entre os trabalhadores, que por ora estão no mesmo barco, mas contra toda a apropriação irracional da cultura, posta como mero entretenimento: superficial e legada a segundo plano.
Leia a nota de defesa de Lilia Diniz clicando aqui.

25 de julho de 2010

Lilia Diniz afirma: "Fundação Cultural ainda não acertou o passo"


A poetisa e artista Lilia Diniz, famosa no Brasil inteiro graças ao seu esplêndido trabalho na literatura e no teatro, não poupou criticas a atual gestão da Fundação Cultural. Segundo Lilia “a FCI não acertou o passo ainda para uma gestão que dê conta, de fato, das demandas da cidade”. A entrevista foi concedida ao do site do curso de Comunicação Social da UFMA, o Imperatriz Notícias.

Lilia também faz parte da equipe da Fundação Cultural e de forma bastante autocrítica comentou: “Poucos órgãos gestores conseguiram sair da situação viciada, do modo equivocado de lidar com a produção cultural.”.

“De qualquer modo ainda estamos nos primeiros anos de gestão deste governo, e espero sinceramente, que possamos avançar além do campo da produção de eventos, para deixarmos de modo consolidado políticas públicas que garantam o fomento da cultura para as próximas gerações.” Completou.

Esta semana já está marcada uma reunião com todos os conselheiros do segmento cultural para de alguma forma solicitar a imediata posse dos mesmos, visto que foram eleitos ano passado para desempenhar função correlata ao seu segmento cada. A reunião é puxada pelo Forum Municipal de Cultura, entidade ligada a sociedade civil. O conselho municipal de cultura possui a tarefa de fiscalizar e propor políticas públicas para o município.

"O investimento na cultura em 2009 chegou a mais de um milhão de reais, alguns grupos foram contemplados, entretanto falta ainda avançar para aprovação da Lei que cria o Sistema Municipal de Cultura e o a Lei de Incentivo à cultura, caso contrário ficaremos fora das novas diretrizes traçadas pelo Ministério da Cultura no campo da gestão cultural". Sentencia Lilia. Trabalhadores da cultura uni-vos e olho vivo.

24 de julho de 2010

Entrevista do dançarino Marcelo Granjeiro no site da Praça da Cultura


Marcelo Grangeiro, açailandense, profissão dançarino, é uma das presenças mais esperadas nos últimos domingos das tardes enfadonhas da maior transmissora de TV do Brasil. Enfadonha até que ele seja anunciado fazendo par com a atriz Sharon Menezes, no quadro a Dança dos Famosos.
Conheça a trajetória de vida do artista nesta entrevista concedida a poetisa Lilia Diniz, colaboradorado do site e do jornal Folhão de Açailândia.
Clicke em Praça da Cultura

9 de junho de 2010

Bulcão não agrada muito com sua conversa macia

No último sábado, dia 05 de junho, aconteceu em Imperatriz mais uma etapa do Fórum Regional de Cultura, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma) e contou com mais de 20 municípios da chamada mesorregião oeste. O evento é estruturado em cinco grandes encontros, sendo eles nas cidades de Arari, Bacabal, Codó, Impeartriz e São Raimundo das Mangabeiras e reúne gestores públicos culturais e representantes da sociedade civil organizada.

Durante o encontro foi lançado um edital para financiamento de projetos culturais. Nomeado de Edital Universal, lançado no último ato do espetáculo, de uma tragédia medíocre, na qual a platéia, que somos nós, devemos simplesmente aplaudir, como se não soubéssemos ler nas entrelinhas da maquiagem, da luz, do figurino e do cenário montado com atores despreparados e um texto piegas.

Alguns painéis de debates que abordaram os Sistemas Nacional, Estadual e Municipal de Cultura, o Conselho Estadual de Cultura, conduzido pelo atual presidente Armando Nobre, e ainda Estruturação e Sistema Estadual de Informações Culturais e ao Sistema Nacional de Cultura, apresentado por Roberto Peixe, representante do Ministério da Cultura.

A cidade de Imperatriz foi bastante representada, tanto pelo poder público, quanto pela sociedade civil representada pelo Fórum Permanente de Cultura, demonstrando o quanto a cidade encontra-se preparada para as discussões referentes a políticas públicas para cultura.

Com o olhar bastante crítico para todas as abordagens, questionamos a dificuldade para recebermos informações da Secma, em especial os municípios mais afastados, que sequer tem sinal para celular, e a internet ainda é uma realidade distante sendo assim penalizados por não estarem “conectados” ao mundo globalizado e excludente.

Contrariando deste modo a definição de globalização que o representante do governo do estado, Chico Brasil, quando disse: “globalização nada mais é que informação para todos ao mesmo tempo”.

Visão simplista de um processo que têm por conseqüência a subjugação e exclusão e os efeitos sobre a cultura, especialmente nos países pobres, onde os contrastes sociais são ainda mais perceptíveis. Por um lado os excluídos são taxados de incompetentes e passam a ser responsabilizados pela sua própria pobreza e falta de informação. Por outro lado, aqueles que recebem as “benesses” da dita globalização, detém a informação e os meios de produção.

Quando falamos do descompromisso, é porque sabemos e ajudamos a construir os avanços que tivemos nos dois anos em que a oligarquia nefasta, que insiste dominar nosso estado, esteve afastada do Palácio dos Leões. Vários editais, posse do conselho de cultura, descentralização de recursos para cultura, fóruns e seminários permanentes com a participação ativa de centenas de fazedores de cultura no estado do maranhão.

O discurso raso feito pelo representante da governadora Roseana Sarney, e o discurso esvaziado feito pelo então secretário de cultura do estado do maranhão, senhor Luis Bulcão, foi criticado por vários ativistas culturais, dentre eles Conceição Amorim, do Centro de Direitos Humanos Padre Josimo, que, aliás, teve participação relevante no Fórum e afirma categoricamente: “é uma demonstração dupla do descompromisso que este governo tem para com a cultura do povo maranhense”.

A tentativa ao que nos parece é a de querer “maquiar” com Fóruns realizados às pressas e sem diálogo com os atores culturais das respectivas regiões, a remissão de suas falhas históricas. Para Carlos Leen, membro do Fórum de Cultura, “O secretário não tem clareza das propostas, escorrega nos questionamentos feitos pela plenária e tenta desviar a atenção com citações poéticas e um jogo corporal performático” e completa dizendo: “Bulcão já esteve por quatro vezes na mesma secretaria, e o resultado do desastre como gestor é notório e público”.

Com isto não estamos tirando a importância dos Fóruns, eles são importantes, inclusive para percebemos de fato qual a proposta de políticas públicas para a cultura do maranhão. Os Fóruns são imprescindíveis, independente do governo e são espaços para formação, informação e elaboração de um pensamento, ainda que não unificado, a respeito da cultura e das políticas públicas para cultura a serem traçadas em nosso estado, a começar por nossos municípios, distante da bela ilha.


Por Lília Diniz

Artista de Imperatriz-MA

e do Fórum Permanente de Cultura de Imperatriz

6 de junho de 2010

Fórum Regional de Cultura é realizado em Imperatriz





Com a participação de diversos municípios das mesoregiões oeste e sul, aconteceu ontem, sábado, 05, no Hotel News Anapolís, mais uma edição do Fórum Regional de Cultura, atividade promovida pelo SECMA, mas que é definida como ação do Ministério da Cultura com vistas a se descentralizar, pelos interiores, políticas publicas na esfera cultural.
Durante todo dia foi-se discutida temas como: Economia Criativa, Sistemas de cultura, experiências exitosas dos consórcios intermunicipais e processos de municipalização da Cultura no Maranhão.
Só pra esclarecer a que pé estamos: na conjuntura atual se o Maranhão já é pouco, ou quase de forma alguma lembrado, no que diz respeito a recursos e apoios a editais, imagine Imperatriz e toda a mesoregião oeste em relação a São Luis, a capital. Só o Pará por exemplo possui o triplo de editais, como por exemplo o cine + cultura.
O representante do Ministério da Cultura, Roberto Peixe, afirmou categoricamente que quanto a isso a sociedade civil deve estar constantemente mobilizada para destoar o coro dos contentes. Peixe ainda afirmou que é diretriz básica do MinC através do SNC (Sistema Nacional de Cultura) interiorizar cada vez os editais e fomentos a projetos. Vale destacar as presenças muito eloqüentes da ativista dos direitos humanos Conceição Amorin, que fez um balanço geral da situação e lembrou aos nobres gestores que da forma como vem sendo conduzida, sem recursos mínimos os conselhos sequer funcionam e de Lilia Diniz (na ocasião Maria Lilia) que mesmo sendo integrante da Fundação Cultural não poupou criticas a situação de descaso e falta de informação que Imperatriz e região vem sofrendo.

Eis que com a palavra o nobre Secretário de Cultura do Estado, Jose Henrique Bulcão, mais macio que seda e mais liso do que quiabo, afirmou que ali era um verdadeiro aprendizado, que a culpa da situação ter chegado aonde chegou é do próprio homem (sic). Justificou sua ausência nos trabalhos da manhã e permaneceu durante todo o dia nas discussões. Perguntado sobre a dita surpresa que iria ter o teatro nos próximos dias afirmou que não poderia dizê-lo há não ser na presença do diretor da ASSARTE.
O evento teve várias apresentações de teatro, musica, dança durante toda a programação e no encerramento. A coordenação do Fórum Municipal de Cultura, entidade local que agremia promovedores e artistas, estará se reunindo nesta terça, as 19:00, para fazer um balanço pós-forum regional.

27 de maio de 2010

Fundação Cultural já teve dias melhores - Veja vídeo

Digam o que disserem sobre a gestão petista a frente da prefeitura de Imperatriz. Deixou a desejar, pisou na bola, errou com os professores. Mas não se pode falar mal da atuação na Fundação Cultural, que proporcionou aos artistas de Imperatriz uma das melhores épocas no que diz respeito a programas de incentivo e auxílio à produção. O contrário aconteceu na gestão posterior. No que diz respeito à esfera cultural, a gestão do senhor Ildon Marques representou um retrocesso para todos os trabalhadores da cultura e demais artistas. O vídeo abaixo foi idealizado pela equipe do então Presidente da Fundação, Gilberto Freire, figura incontestavelmente importantíssima para o movimento cultural da cidade. Atualmente Gilberto reside no Rio de Janeiro, onde está concluindo o seu doutorado na UFRJ e a Fundação Cultural conta com o empresário Lucena Filho como presidente e com quadros de peso da classe artística e técnica local, como Lilia Diniz, Zeca Tocantins e Prof. Zé Geraldo. Infelizmente a nova equipe da FCI ainda não conseguiu mostrar a que veio, pois falta entre tantas outras coisas, a implementação do nosso Sistema Municipal de Cultura. Nem sequer os conselheiros eleitos na ultima Conferência foram empossados. Vamos estar atentos para não deixar que mais uma gestão “pífia” aconteça e a FCI retome o seu papel de vetor da vida artística na cidade.


15 de maio de 2010

Lilia Diniz expõe a forma desrespeitosa com que os artistas de Imperatriz são tratados

Por Lilia Diniz
No dia 13 de maio soube por um amigo, agente cultural da Imperatriz, que iria acontecer no dia seguinte das 14 às 18h, na Escola Amaral Raposo uma Oficina ministrada pela Funarte. Oficina destinada à Capacitação para Multiplicadores dos Microprojetos Mais Cultura na região, que vem percorrendo vários municípios brasileiros.
Não poupei esforços e articulei, junto a Fundação Cultural de Imperatriz e ao Fórum de Cultura, além da minha lista pessoal de e-mails, a mobilização de artistas e produtores culturais da cidade, no intuito de democratizar a participação, haja vista que a Oficina, caiu de pára-quedas na cidade.
Viabilizada pela Secma, o modo como a tal Oficina chegou até nós, é reflexo da gestão desastrada do secretário de cultura do estado. Pautada na falta de diálogo e na centralização das decisões, a gestão é pífia e nos coloca no retrocesso histórico, que, aliás, é marca da oligarquia, que através de um golpe judicial, entregou o Estado a Roseana Sarney, cai bem lembrar o slogan parafraseado: “Maranhão: de volta ao atraso”.
Estive na tal Oficina e fiquei bem animada com a participação de mais de vinte pessoas, muita gente para o pouco tempo de mobilização.
A Oficina, que na verdade, não passou de uma breve passagem de slides, teria sido razoável não fosse a petulância da diretora executiva da Fundação Nacional de Artes (Funarte), a senhora Myriam Lewin.
Senhora da verdade suprema, Myriam Lewin mancha a história de uma instituição que vem contribuindo com a grande mudança no cenário da cultura nacional, a Funarte, ao se dirigir de modo grosseiro a mim, chegando a me deixar constrangida diante das pessoas que ali se encontravam.
Sucede que, mesmo reconhecendo a importância dos 43 editais, dos quais sou divulgadora para minha lista de e-mails, mesmo compreendendo as limitações orçamentárias para contemplar a todos de modo satisfatório, não perco a minha capacidade crítica de entender que este é um ano eleitoral, logo prevalece a distribuição de migalhas aos que sempre receberam migalhas, sem reclamar. Eu reclamei.
Ao abordar sobre os descontos de impostos, do referido edital, para pessoa física que pode chegar a 27%, sob o valor de R$ 17.850,00(dezessete mil oitocentos e cinqüenta reias), a senhora Myriam Lewin, deixou clara a postura de uma elite que não quer a divisão igual de renda, que nós artistas pobres, nordestinos, excluídos, herdeiros das senzalas, tribos indígenas e ciganos, temos que fazer arte por amor e nos conformar em roer o sabugo do milho.
Segundo ela “o critério de ganhar pouco é relativo” e que “se no sul é necessário cem mil para fazer um projeto, aqui nós podemos adequar e fazer com dez”, afinal “a idéia não é ganhar dinheiro”. Quero saber se ela veio, por amor, ministrar a Oficina. Eu só faço arte por amor e preciso muito do dinheiro que ela me propicia, criei três filhos vivendo de arte, para arte, com arte.
Esclareço a esta senhora que artista é trabalhador, que vivemos em um sistema capitalista, e que, se a destinação de recursos para o fomento à cultura do sul e sudeste tem sido maior do que o fomento para as outras regiões, nós não concordamos e nem por isso queremos que eles passem a receber menos, nós queremos é chegar a um nível de igualdade no qual possamos desenvolver nosso potencial artístico e cultural, sem discriminações, protecionismo ou amadorismo.
Lembrei de uma situação que vivi quando adolescente ao denunciar as condições precárias da escola em que estudava e por isso fui suspensa por quinze dias. Isso pesou tanto que não consegui reagir à altura. As lágrimas desciam em enxurrada e um nó me apertou a voz. Felizmente ainda conseguir dizer a ela, e aos presentes, que ela estava me constrangendo e estava muito armada. E que, se fosse para mostrar as armas eu também as tenho, a começar criticando a forma, como a tal Oficina chegou até nós.
Fiquei extremamente constrangida pela forma grosseira como fui tratada, além de ter sido considerada, por ilustre senhora, como “debochada e desinformada”. Quem me conhece um pouco sabe que minha história de vida e ativista cultural tem sido pautada pela responsabilidade e compromisso com a formulação de políticas públicas, não somente para cultura. E compreendo que a política de editais é uma conquista dos artistas organizados contra os apadrinhamentos políticos, as negociatas de balcão e não deve ser vista como favor ou ainda, porque o gestor é bom ou amigo da cultura.
Estou me expondo, eu sei, e não quero passar por coitadinha. Estou denunciando a forma como alguns executivos, que pensam serem donos do poder e do conhecimento absoluto, usam de seus cargos para humilhar, menosprezar e tentar coibir qualquer manifestação de insatisfação. Posturas como esta desmontam toda essência de um trabalho que vem sendo construída por vários trabalhadores do MINC, na perspectiva do diálogo, descentralização, diversidade e respeito às diversas opiniões, exemplo disto foi a larga consulta feita para elaboração do Sistema Nacional de Cultura, do Plano Nacional de Cultura e das mudanças na Lei de Incentivo, da qual me orgulho de ter sido colaboradora.
Pessoas como esta senhora, desqualificam o serviço público e serve de grupos sociais ligados ao poder, nunca a população no geral.
Esta prática antidemocrática e autoritária é a base dos executivos despreparados, descomprometidos, e como dizia Charles Chaplin: toda unanimidade é Burra. Não penso e não sou obrigada a ser conivente com as determinações do governo. Tenho senso crítico e o uso por competência e compromisso com a arte, com a cultura popular, com a dignidade humana e com as políticas públicas.
A tal Oficina não caiu de pára-quedas, como disse no início, caiu foi de tijolada e “acertou bem dicunforça na minha mulêra”, que nem coice de jumenta parida!
E pra não dizer que só reclamei, vai uma poesia pra desengasgar meu gurgrumim.
Não quero que meus versos batam à porta de ninguém. Prefiro que entrem pelas fechaduras lacradas dos ouvidos dormentes Que eles saltem as janelas dos olhos enquanto estes dormem e despertem desejos nos pesadelos das noites em claro Que desçam pelas frestas dos velhos telhados pensamentos e os renovem antes que o inverno das dores de gota em gota afogue a esperança do dia ensolarado Quero meus versos inconvenientes invasores sorrateiros Pela necessidade do susto que nos tira a rotina medíocre dos dias

Lília Diniz é artista, poetisa, membro da Acadêmia Imperatrizese de Letras e do Forum Municipal de Cultura
Não quero que meus versos batam à porta de ninguém.
Prefiro que entrem pelas fechaduras lacradas dos ouvidos dormentes
Que eles saltem as janelas dos olhos enquanto estes dormem e despertem desejos nos pesadelos das noites em claro
Que desçam pelas frestas dos velhos telhados pensamentos e os renovem antes que o inverno das dores de gota em gota afogue a esperança do dia ensolarado
Quero meus versos inconvenientes invasores sorrateiros
Pela necessidade do susto que nos tira a rotina medíocre dos dias

Lília Diniz
é artista, integrante do Forum de Cultura de Imperatriz e membro da Acadêmia Imperatrizese de Letras
Texto extraído do site Praça da Cultura: http://www.pracadacultura.com/
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