Após um ano da morte do vocalista Chorão não é difícil perceber que o cenário musical do rock-Brasil permanece parado. Nada de novo no front. Não que não tenhamos bandas novas de peso, com fôlego e criatividade, porém, guardadas as devidas proporções ainda não surgiu coisas tão legais quanto Legião Urbana, Engenheiros do Hawai, Raimundos, Los Hermanos e claro, Charlie Brow Jr.
Oriundos da cidade paulista de Santos, o grupo que misturava rimas hip hop, cultura skateboard e hardcore, deu uma balaçada segura na cabeça da molecada dos anos 90 pra cá.
Letras toscas, atitude sincera e um clima de praia no ar davam ao Charlie Brow Jr uma aura diferente.
Eram os tempos de glória do Red Hot Chille Peppers, Faith No More, Oasis e Sublime, todos bem sintetizados musicalmente na melodia californiana e nos versos malacos de Chorão. O avesso do que fazia Los Hermanos, com sua vertente mais MPB-intropescção e poesia cabeça.
Aliás as duas bandas não se "cheiravam" muito bem. Chorão chegou a dar uma porrada no vocalista hermano Marcelo Camelo. Rolou processo por danos morais. Camelo perdeu.
E deu pena ver a forma como Chorão se foi. Cabra novo, 42 anos, cheio de fãs, dinheiro no banco. Se ainda tivesse vinte e poucos talvez tinha escapado. A idade cobrou seu preço em mais uma luta perdida para as drogas.
O rock nacional merecia um pouco mais de Charlie Brow Jr. E nós também.
1 comentários:
Concordo quase que em todo... mas tem ainda O Rappa, Planet Hemp e !
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