Apesar de alguns maledicentes, pela internet, tentarem transformar em chacota o belíssimo projeto de incluir a panelada entre as manifestações tombadas como patrimonio cultural da região. E, apesar de existir muita desinformação, preconceito e desonestidade nestes debates — como historiador, acho que cabe eu reforçar alguns esclarecimentos
O autor do projeto de lei, o vereador Carlos Hermes, fez sim um gol de placa. O tema em questão não se resume à seara meramente cultural. É tema de primeira relevância para as questões de Cidadania; da cadeia produtiva, das populações que vivem do comércio da iguaria, contra a criminalização das populações e territórios periféricos em nossa cidade. De preservação dos saberes do passado como via econômica de atração de projetos de turismo , etc.
Ao dar posse a Lília Diniz, nova superintendente de Cultura da região Sul do Maranhão, o atual governador Flávio Dino recebeu das mãos de Dona Paizinha, representante das vendedoras de panelada o pedido formal para que de fato se encaminhe tanto a panelada quanto o cuscuz de arroz ao rol dos bens tombados pelo patrimônio tornando-as expressões culturais genuinamente imperatrizense.
Vamos ainda fazer amplos debates sobre isto. Mas ficou nítido que o vereador Carlos Hermes não está "brincando" e nem querendo "aparecer". O Estado tem que olhar a Panelada e o cuscuz de arroz como uma oportunidade de construção de Cidadania Popular. "Disputar" e incentivar o mercado do turismo para o terreno do processo civilizatório e deixar de tratá-la como expressão selvagem e exótica de um subterrâneo social. A panelada existe, é popular, é massivo, é espontâneo e deve ser respeitado e contemplado em nossos contratos sociais.
Estamos juntos, Vereador Carlos Hermes nesta luta. Viva os trabalhadores da cultura!
PS: Este projeto de Lei é uma conquista coletiva de todos e todas que trabalham na Cultura.
PS: Este projeto de Lei é uma conquista coletiva de todos e todas que trabalham na Cultura.
0 comentários:
Postar um comentário