30 de novembro de 2010

DEM maranhense articula ida para o PT

A estrátegia do falido DEM no Maranhão casaria certinho com as aspirações sarneystas para controlar de vez o PT maranhense. Com isso Roseana teria total controle, sem plenárias longas para debater e sem campo democrático-popular para se explicar( se bem que isso já nao existe mesmo). Veja o artigo postado pelo Prof. Ed Wilson, ex dirigente petista :

Um burburinho tomou conta do PT neste final de semana, dando conta de um suposto pedido de filiação do futuro chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Luis Fernando Silva, atualmente no DEM.

Silva negou as especulações, mas isso não é sinal de desinteresse do grupo Sarney pelo controle total do PT.

Os Sarney(s) já consideram paga a fatura do apoio de uma banda petista à candidatura de Roseana (PMDB) ao governo. Ofereceram a Secretaria de Educação, mas o vice-governador eleito Washington Oliveira não consegue sequer indicar um nome para a pasta.

A governadora Roseana Sarney (PMDB) passou uns dias em Brasília, em tratativas com Dilma e Lula sobre assuntos de interesse do Maranhão. Deve ter reservado um tempo para conversar com José Dirceu sobre o petismo maranhense.

A idéia de entregar todo o PT a Sarney tem acolhida na tendência Construindo um Novo Brasil (ex-Articulação), onde Dirceu é comandante-em-chefe.

Com a falência do DEM, o partido de Lula pode ser uma opção para o ingresso de vários políticos da base roseanista. O PT substituiria o demismo na lógica da federação partidária que sempre deu sustentação ao grupo hegemônico no Maranhão.

Atualmente controlando grandes legendas como o PMDB, PTB, DEM e PV, a família Sarney pode anexar também o PT, além dos partidos nanicos capturados no laço às vésperas das convenções eleitorais.

A porteira petista já foi aberta com a filiação de gente como Mauro Jorge e Francisca Primo, deputada estadual eleita, cujas trajetórias políticas em nada lembram as teses do campo democrático-popular.

Roseana quer livrar-se dos petistas oliveiristas e ficar com a sigla, colocando novos "PTs" no comando, sem intermediários para negociar nem plenárias longas para tomar decisões.

Mas o domínio integral do PT pelo grupo Sarney deve ser mau negócio até para o pragmatismo do vice Oliveira. Perdendo o controle cartorial do partido, ele e seus companheiros ficam sem mercadoria para barganhar espaços no governo.

Neste cenário, Washington pode até esboçar alguma reação à entrada de outros caciques na aldeia dele. Oliveira entregou o tempo de propaganda do PT a Roseana, mas dar o cartório inteiro é outra história.

Sem a estrutura do partido, o vice fica ainda mais vulnerável e fácil de ser descartado.

Enquanto Oliveira maquina, os grupos e tendências não alinhadas ao sarneísmo convocam uma plenária para dezembro, inspirados na clássica pergunta de Lênin: que fazer?

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