21 de outubro de 2019

Editorial: AS LIÇÕES DO CHILE


O povo não é gado! Pode sim reagir, constituir-se numa turba furiosa e incontrolável na defesa, mesmo que instintiva, de seus interesses. 

10 mil soldados do Exército nas ruas do Chile não conseguem conter o ímpeto de rebeldia do povo contra o modelo neoliberal que estava na vitrine do capitalismo na América Latina. 

A “exuberância” dos dados macroeconômicos do Chile conviviam com uma população pauperizada, empobrecida, com suicídios de idosos aumentando dia a dia, por conta da reforma da previdência pensada e aplicada pelo nosso atual ministro da Economia, Paulo Guedes. 

As estatísticas servem pra isso também: pra sobrepor a aparência sobre a essência das coisas e fenômenos. 

E a essência do capitalismo selvagem não é outra senão a selvageria. 

O presidente do Chile, diante da fúria popular, diz que a democracia tem o direito e o dever de se defender, mas foi ele quem se esqueceu que os seres humanos, o povo, tem antes de tudo um direito praticamente natural de defender-se também. 

O direito à vida e à cidadania elementar precede as regras burocráticas de democracias que se converteram em institutos meramente formais. 

Todo apoio ao povo chileno! 

Que as manifestações encontrem um caminho político que consiga equilibrar a defesa da democracia popular, a defesa da cidadania e direitos básicos da população e o exercício da liberdade. 

Força, Chilenos!
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