A denúncia vai ser investigada pelo Ministério Público do Estado do Maranhão, depois que foi protocolada na tarde desta terça-feira, 23, pelo vereador Carlos Hermes (PCdoB), o mesmo que apurou as informações e levou o caso a público na sessão da Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (23).
A informação sobre a contratação do homem identificado como João Correia Lima Filho está no Portal da Transparência de Prefeitura de Imperatriz, onde ele aparece como servidor nomeado para o cargo de diretor-executivo do gabinete do prefeito Assis Ramos, com remuneração que entre junho de 2017 e março de 2019 girou em torno de R$ 4.300,00.
E foi se passando por funcionário do gabinete do prefeito que o vereador ligou para João, que mora na cidade de Coelho Neto-MA, de acordo com o vereador. No primeiro momento da conversa gravada, Carlos Hermes confirma o nome do suposto servidor, local onde mora e que este está na folha de pagamento da Prefeitura de Imperatriz, mas vem na cidade apenas uma vez ao mês, enquanto no Portal da Transparência a carga horária é de 40 horas semanais.
No segundo momento, o vereador se identifica e o tom da conversa muda. João diz que não havia compreendido o início da conversa, que presta serviços na cidade e que só se ausenta alguma vezes durante o mês.
Carlos Hermes afirma que a prefeitura mantém cerca de 100 funcionários na mesma situação de João Correia, considerados fantasmas, “ganhando até R$ 5.300, e que vamos instigar todos esses casos”. O homem termina afirmando que não assina folha de ponto na Prefeitura de Imperatriz.
Em contato com o Jornal Correio, Carlos Hermes revelou que está investigando os outros casos. “São 120 funcionários que estão na folha com salário de R$ 5.300, achei estranho essa quantidade recebendo o mesmo valor, sendo que muitos não têm função específica e são desnecessários ao Município”.
O Jornal Correio tentou contato com o servidor público citado na matéria, e alvo da denúncia, mas as ligações não foram atendidas.
Em nota oficial, o Prefeito Assis Ramos disse que o município "necessita de extensões de suas funções institucionais e políticas em São Luís e Brasília" e que de fato há servidores que operam à distância. "Por isso ficam em São Luís e Brasília", reiterou. No caso em questão, o prefeito disse não saber se o funcionário precisou se ausentar por uma necessidade particular.
Ainda em nota, Assis Ramos disse que o áudio foi produzido ilegalmente e que a intenção do vereador foi gerar ruídos na administração municipal. Entretanto, Assis Ramos admitiu não ter conhecimento sobre a questão do funcionário e disse que determinou uma investigação.
Fonte : Jornal Correio
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