22 de abril de 2014

EDUARDO CAMPOS E A CRÍTICA AO ABORTO


Sinal vermelho para as feministas do PSB, e, do Brasil. O pré-candidato a presidência da República Eduardo Campos declarou ser completamente contra o aborto. Uma posição bastante radical sobre a questão. 

Campos não é o tipo de político que lança uma afirmação deste porte gratuitamente, sem antes fazer uma análise.

O gesto é positivamente direcionado aos setores fundamentalistas que ganham força na atual conjuntura vide crescimento da bancada evangélica e outros grupos obscurantistas da sociedade brasileira, notadamente fascistoídes.

Nem o sumo pontífice da Igreja Católica foi tão a Direita como Eduardo.  O Papa Francisco demonstrou certo cuidado sobre a questão e declarou que o aborto "não pode ser tratado como algo central nos tempos modernos, um dogma."

Não se trata aqui de afirmar ser o aborto algo normal ou fazer campanhas para que as "mulheres abortem mais" [sic]. Precisamos parar sim é de criminalizar estas mulheres, na sua maioria muito pobres, e tratar o problema como questão de saúde pública, proporcionando informação e segurança a todas que por ventura precisem fazer o procedimento abortivo.

Todo ano morrem várias mulheres em situações desesperadoras e desgraçadas. Ao Estado não cabe apenas vigiar e punir. 

Afinal se a mulher é dona do seu corpo, ela é quem decide seguir ou não com a gravidez indesejada, porque uma gravidez desejada é sempre bem-vinda.

Do ponto de vista da natureza orgânica este debate foi bastante profundo quando da votação pelo STF sobre aborto de fetos anencéfalos. 

As polêmicas maiores estão - me parece - nas questões de natureza inorgânica da matéria humana. Na medida em que a ciência avança, poderemos ir para outros parâmetros.
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