27 de novembro de 2013

ALGUNS DADOS SOBRE PATRIMÔNIO & MUSEU DE IMPERATRIZ QUE TODOS DEVERIAM CONHECER


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Recentemente o vereador Marco Aurélio (PcdoB) solicitou uma audiência pública para debater a criação de um Museu em Imperatriz.

Assunto nada novo e espinhoso, não é de hoje que setores organizados da sociedade civil (e do poder público) batem cabeça acerca do tema. Parece um processo lento, e é, mas, que pode ganhar certa celeridade desde que costurado de maneira correta. Algumas informações imprescindíveis:

1) Em tese já temos meio caminho andado. Existe uma Lei, aprovada e sancionada que versa sobre o Patrimônio Histórico. Fruto de uma árdua luta pelo então Fórum de Cultura de Imperatriz (depois citarei nomes), a lei institui a criação do Conselho Municipal de Patrimônio e dispõe de trâmites legais para a criação e salvaguarda material e imaterial “com as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhe são associados.” (p.02)

2) Essa lei está em processo de análise para alterações. O vereador Esmeradson de Pinho é um dos que proporá os adendos e supressões.

3) Existem diversos pesquisadores que trabalham na recuparação de artefatos históricos por aqui, a exemplo do geógrafo Luis Pereira Santiago. 

4) A Suzano Papel e Celulose em uma das contra-partidas ao município está financiando a criação de um espaço museológico, de pequeno porte e em breve efetivado nas dependências da Uema. O local é bastante pequeno e boa parte das ações do processo estão sendo feitas nas nossas barbas com poucas informações a comunidade acadêmica local.

5) O professor Rogério da Universidade Federal do Maranhão afirmou a este escritor que a Professora Maria Helena [Arquivo Público do Estado] deixou um documento onde consta um “passo a passo” para a criação de um Arquivo Público bem como se prontificou a ajudar na elaboração do mesmo. Temos extrema necessidade de fomentar a pesquisa através da criação de um Arquivo Público, voltado para educação patrimonial, com um centro de documentação.

Por enquanto é só pessoal. Há outros aspectos a serem levados em conta que só mencionarei nas próximas postagens.

O que se vê hoje claramente em Imperatriz é a cultura tradicional de produtos e conhecimentos aptos somente a participar do competitivo mercado, deixando-se de fora o respeito as origens indígenas, caboclas e afrodescendentes deste povo. Em suma ratificando um projeto de poder tacanho e violento que não ultrapasse os limites ideológicos da média. 

Se não mudarmos esta realidade deixaremos para as gerações futuras apenas inaptidão, inoperância e incapacidade de preservar a nossa História. 

Foto desta postagem: Museu Virtual de Imperatriz. 
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