27 de outubro de 2011

MOVIMENTO PRÓ- PLEBISCITO MARANHÃO DO SUL: PORQUE NÃO FUI...


Hoje pela manhã próximo as imediações da ponte do Cacau em Imperatriz foi realizado o movimento pró- plebiscito pela criação do Maranhão do Sul. Segundo o blogueiro Samuel Souza em seu facebook estiveram presentes cerca de trinta a sessenta pessoas. Outros mais entusiastas falam de quase mil participantes.

Recebi alguns convites de amigos e de alguns políticos da região interessados na bandeira separatista estadual. Não se trata aqui de preciosismos, mas fiquei de orelha (bastante) em pé quando vi velhos nomes e raposas da politica oligárquica sarneysta presentes nas articulações do movimento.

Radicalismos a parte. Não deixo de cumprimentar um amigo que conheci antes da tomada de posição ideológica que tenho hoje em dia. Agora dizer que tudo são flores e que em nome da divisão pura e simples do estado, avançaremos na melhor qualidade de vida da população me parece meio falacioso.

Há um erro metodológico na bandeira separatista. O discurso do desenvolvimentismo é o principal norteador pelo que pude perceber. Exemplifico melhor utilizando questões colocados por Celso Furtado, ex - ministro do próprio Sarney na presidência da república e grande demiurgo econômico do Brasil.

Celso sempre fora um intelectual preocupado com a chamada Teoria da Dependência que avaliava ser impossível países oriundos da periferia capitalista mundial, alcançarem níveis de desenvolvimento erradicando a desigualdade social devido ao processo cultural de suas elites dependentes. O mesmo pode ser dito, guardada as devidas proporções, para este movimento pro criação Maranhão do Sul.

O separatismo e a própria noção de desenvolvimento andam juntas simbologicamente neste caso. A grande questão é que a natureza, o meio ambiente, não suportarão por muito tempo a feroz investida que vemos dia após dia capitaneado pelos seres humanos. 

Fiz um texto sobre as reais necessidades que temos e que invariavelmente passam pela criação imediata de uma Universidade Autônoma Sul Maranhense. Leia aqui.

Somente com um centro irradiador de conhecimento é que de fatos teremos noção exata de nossas demandas. Isso não passa necessariamente pela divisão do estado – não que eu seja contra dividir – mas a proposta colocada pelos que pleiteiam a mudança não me cheira muito bem. Na verdade exala o odor fétido, podre. De podres poderes.

Na verdade esta é a logica que ainda legitima o poder na mão de poucos. Digo não apenas o poder do dinheiro pura e simplesmente mas sim o próprio poder de decidir os rumos e impactos que a sociedade sofrerá e que não participa na hora decisiva das escolhas. As elites querem possuir padrões de consumo com uma estrutura de poder que ainda concentra renda e traz enormes problemas sociais. Não se trata de blá blá marxista, basta olhar a realidade ao redor.

Sem um projeto coerente de desenvolvimento vigoroso que supere essa descomunal divida interna insuportável - que imobiliza e transforma o estado num guiché de pagamento de juros e que - antes de mais nada - transforme os desequilíbrios e as desigualdade sociais, estaremos chovendo no molhado.
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2 comentários:

capilex disse...

Mim cinto envergonhando de té visto aquelas cenas deplorável lá na BR-010 hoje a disputa de Pré candidatos pra enaltece o próprio nome em cima do Palaque.
Todos pedido pra aparece na Telinha da TV

Espírito crítico da cidade disse...

Caro Carlos,primeiro quero comentar o post do Capilex,pois é triste ver um secundarista escrever tanta bobagem e dar provas de ser analfabeto.Mas esta é a nosso educação.
Achei um pouco inapropriada a palavra DEMIURGO,em teu post,acho que não cabe ali.
Terceiros,estive passando perto daquela manifestação,e achei-a ridícula.Tinha menos de trinta gatos pingados,e fez o povo prejudicado ficar com um tremendo ódio do Maranhão do Sul.Mas o que se pode esperar destas pessoas que lá estavam?não são lideres nem em suas propria casas,pois são uns despreparados,chegando ao cúmulo da boçalidade.
Mas Imperatriz é isto mesmo.Aguenta.