Tem coisas que você não consegue mudar nunca. Uma delas é o trauma de rever velhas fotos e relembrar daquele porre homérico que seus amigos lhe proporcionaram em algum momento da vida juntos. Historias que a memória não apaga.
Em Imperatriz nos anos noventa pouca ou quase nada tínhamos como atração cultural, então o jeito era ir pra casa de alguém e colocar um disco de vinil pra rolar. Logo a galera chegava junto com o vinho e tava feita à festa.
Tinha uns álbuns que eram bem “fundamentais” por assim dizer e que não podiam faltar, um deles era o Rocket Russsia, da banda Nova Yorquina Ramones, por exemplo. Mas nada fora tão marcante pra gente do que conhecer o som do “The Slits” ou “As Rachas” em alto e bom português.
Tida como a primeira banda punk feminina de um movimento musical altamente machista, as Slits foram coadjuvantes da cena musical inglesa nos anos setenta. Naquela época o punk era basicamente um clube de garotões - Sex Pistols, Clash, Damned, Buzzcocks. O objetivo dos caras era chocar os caretas e ganhar muito dinheiro. A mulherada servia tão somente pra namorar e nisso, o punk era quase tão conservador quanto os coroas que fingiam odiar.
Por essas e outras reza a lenda que as meninas tinham “útero de aço” pra poder agüentar a seqüência de shows que possuíam atrações como The Clash e Buzzcocks, só pra citar as mais conhecidas.
Fica aí nossa homenagem a todas as mulheres que ousaram fazer. Não importa em que tempo, idade, estilo, local.
1 comentários:
Menciono, aqui também, as Schoolgirils, com um rockaço cruzão.
Bela matéria, Verm Leen. Os imperaprovintrizenses precisam de mais matérias assim.
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