24 de novembro de 2010

Dutra se negou a estar com Lula e Roseana no avião ou o Caos em Estreito


Fontes internas ligadas ao que sobrou de bom do Partido dos Trabalhadores nos revelam que o Dep. Domingos Dutra foi oficialmente convidado para estar no avião que pousaria em Imperatriz do Maranhão trazendo Lula e sua comitiva (entres eles a governadora Roseana Sarney). O motivo da recusa se deu por que, além da indigesta presença de Roseana, Dutra vinha fazendo um debate pesado sobre as conseqüências nada boas pra o meio ambiente e pra populações da região, devido à implantação das barragens no Rio Tocantins. Lula acabou não vindo adiando a visita para a próxima terça, dia 30.

A UHE Estreito

Conforme dados fornecidos pelos documentos oficiais e registros da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ceste ,responsável pela construção e administração da obra, é uma confraria de empresas multinacionais: Vale, Alcoa Alumínio AS, Camargo Corrêa Energia, Tractebel Egi South América Ltda e BHB Biliton Metais SA. O empreendimento também tem o apoio dos governos estaduais (TO e MA) e federal. Segundo artigo publicado pela rede de notícias Repórter Brasil, em maio de 2008, foi criado o Fórum Permanente do Corredor Centro-Norte, que reúne Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí e Tocantins com o objetivo maior de fortalecer a rede de escoamento de produtos, incentivando a construção de ferrovias e hidrovias nos estados-membros. Entre as prioridades do grupo está a Usina de Estreito.

O caos

Cerca de 50 famílias estavam até bem poucos dias atrás acampadas em frente ao canteiro de obras. Desde o início de 2009 estas famílias vêm, de forma organizada através do Mab, (Movimento dos Atingidos por Barragens) reivindicando solução para os seus problemas que são, em sua maioria, questões indenizatórias e cartas de crédito. Para Cirineu da Rocha, coordenador do Mab no Tocantins, o problema deve ser levado imediatamente aos organismos internacionais de Direitos Humanos, visto que o Ceste até agora se recusa até a sentar para negociar com os acampados.Outras denúncias com relação ao tratamento dispensado aos impactados já foram inclusive entregues à Comissão de Direitos Humanos na Câmara e no Senado. Em Novembro de 2009, uma audiência pública realizada na câmara de vereadores da cidade de Carolina, debateu sobre as concessões aos impactados na Hidrelétrica de Estreito. Os representantes do Ceste não compareceram, deixando a impressão clara de que ao consórcio interessava tão somente o início e a entrega do empreendimento em tempo hábil desde que, minimamente, com impactos mitigados. “A empresa só considera atingidos aqueles que têm a propriedade e documento que comprove isso. Nós fizemos uma pesquisa, com base em dados levantados pelo Ministério da Pesca e pelo Incra, e vimos que em torno de 1500 famílias serão atingidas pela obra da usina.” Afirmou Cirineu a este blogueiro.

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários: