27 de abril de 2020

Na era das "fake news", a verdade incomoda mais ainda


Em mais de dez anos atuando nas redes sociais no intuito de (in)formar opinião, gerando conteúdo critico e transparente, cometi alguns erros, deslizes. Mas nunca os fiz por omissão. 


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Faz parte da arte sagrada de transmitir os fatos, vez ou outra incorrer em notas nem sempre  100 % exatas. E isso ocorre não por má fé, mas por afã de noticiar em primeira mão. Identificado o erro, resta ao profissional da comunicação dar o contorno mais exato da notícia. Admitir que errou não é feio contundo, permanecer no erro é completamente desonesto. 

Na última quinta (23) noticiei a provável saída de Sérgio Moro do governo Bolsonaro. Nossas fontes em Brasília foram categóricas em afirmar que haviam indícios fortes sobre isso, porém nada confirmado ainda. 

E aí como eu fiz ? Primeiramente relatei a situação de crise e o fato em si. Depois fiz um desenho do cenário em se constatando a veracidade dos fatos. O terreno ficou em aberto para que em não se concretizando a notícia, se pudesse fazer os links certos. 

Foi o suficiente para a rede virtual de apoio ao atual presidente da república vociferar deboches e insultos, desdenhos e risadinhas histéricas. E como todos sabem, o nível deles é abaixo de qualquer nível.  

Contudo o fato aconteceu. A saída de Moro é uma realidade. O gado bolsonarista (apelido de quem segue a manada, sem pensar) ficou caladinho por um tempo mas depois tratou logo de relativizar os fatos com saídas nada elegantes bem ao estilo deles. Moro foi chamado até de "comunista". 

Sabe-se agora que Bolsonaro preocupado com os filhos, tenta nomear um compadre (claramente) seu para chefiar a Polícia Federal. Que o filho "zero dois" está implicado até o pescoço com indícios de ação criminosa por uso de "fake news". 

Se as autoridades e o povo irão permitir, não se sabe ainda. E a vida segue em meio a pandemia. Nosso trabalho nas "trincheiras virtuais" vem sendo cumprindo no limite da retidão. Por isso há reconhecimento e uma certa audiência. Sem ações judiciais e sem ofender a vida pessoal de ninguém. 

Infelizmente a enganação parece rodar mais rápido que a verdade. As mentiras e a galhofa são expedientes só deles. 

A busca da verdade, como diz o ditado, é sempre mais difícil e tortuosa. Mas é nesse campo que pretendo estar atuando sempre.



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