4 de dezembro de 2017

Uma joia na Política


Diferentemente do que ocorre em vários Estados da federação, o Maranhão vem obtendo êxito e anunciando investimentos em vários setores da infraestrutura, conhecimento e tecnologia. 

A agenda neoliberal que vem tomando conta do país por meio de desonerações, desmantelamento na previdência, cortes de orçamento, envio de recursos para a iniciativa privada (o que é uma contradição aviltante), privatizações e etc, estão gerando enorme insatisfação popular. 

Esta agenda, derrotada nas urnas, agora corre o risco de ser derrotada nas ruas, através de mobilizações e a chamada “primavera secundarista”. 

No Maranhão, o atual governador do estado, Flávio Dino, se notabilizou ao questionar publicamente a canônica estrutura tributária que privilegia os ricos e onera os mais pobres. 

No Brasil as altas taxas de juros são incididas apenas sobre o trabalho. O capital e as grandes fortunas ficam aí livres, leves e soltas. Sem quaisquer sobretaxações. A estrutura fiscal enfim, é direcionada a sobrecarregar o trabalhador.  Na condução da política econômica o Governo Estadual tem ido na contramão desta política. 

A PEC da morte prevê congelamento de investimentos, salários e tudo mais que possa indexar o trabalho. No Maranhão o governo estadual tem anunciado a criação de universidade e rezado na boa cartilha à esquerda que orienta que em períodos de recessão é de bom tom aumentar os investimentos públicos. Só assim se consegue movimentar a economia positivamente. 

Infelizmente vivemos tempos sombrios. Isso no curto prazo atrapalha o Maranhão a se desenvolver. A União agora anuncia que para os Estados renegociarem suas dividas publicas, terão que congelar os salários. 

Como anunciei neste texto, mais uma vez o prejuízo vem a doses cavalares para o “trabalho”, e, doses leves para o “capital”. Faz parte da luta de classe fazer este debate. É preciso uma politica contra tudo isto que aí está. 

Os setores mais conservadores, mais duros da elite brasileira querem um governo que não faça nenhuma concessão às classes trabalhadoras. É preciso fazer a disputa de classes. Temos todo o tipo de inserção produtiva dentro de uma estrutura capitalista complexa: trabalhadores rurais, pequenos empreendedores, comerciantes, operários, funcionários públicos. Todos vivem do seu trabalho. Na contramão dos interesses daqueles que vivem de renda e os grandes produtores rurais. 

Felizmente temos um governador que entendeu a coisa! A luta pela democracia se faz em frente única!

(Este texto foi publicado originalmente no inicio deste ano na coluna Opinião do Jornal Correio. Naquele momento estudantes secundaristas ocupavam escolas Brasil afora e lutavam por mais investimentos em Educação)
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