Diante do cenário politico no Brasil muitas pessoas afirmam que falar da dicotomia de disputa ideológica entre "direita x esquerda" soa de forma anacrónica. Fora de moda e ultrapassada.
De fato os tempos são outros para a classe trabalhadora. A ampliação do consumo e o advento de novas estruturas de comunicação mudaram a cultura politica em vários aspectos. As frentes politicas que disputam o poder no Estado têm se tornando cada vez mais amplas e heterodoxas com todos se reconhecendo nestas.
Os partidos não estão nem aí para programas de governo e a maioria só almeja espaços na institucionalidade ou a famosa "boquinha" no âmbito do poder.
Mas, quer dizer que falar acerca de projetos ideológicos, lutas de classes ou disputa entre esquerda vs direita, é coisa do passado?
A resposta é não.
No momento em que vivemos verdadeiros absurdos e preconceitos em cima de temas que são caros para a história brasileira, como a reforma agrária, onde grupos minoritários que estão no poder economicamente, almejam impor seus interesses a revelia dos interesses da coletividade pública, é salutar empreender uma reflexão sobre tudo o que está aí.
Outras grandes bandeiras históricas como mais investimentos em saúde e educação, atrapalham significantemente os planos de grupos econômicos ligados aos interesses do capital. O movimento Ocuppy Wall Street que reinvindicava os interesses de 99% da população contra os 1% mais ricos, foi sintomático.
A bancarrota bancária internacional, o roubo do século, comprova a disputa ideológica entre esquerda e direita, onde bastiões do pensamento neoliberal disputam as pautas mais conservadoras e reaccionárias para garantir que o Estado garanta seus investimentos em detrimento dos interesses do povo.
No Brasil vemos parte destes grupos neoliberais fechando seus apoios em torno das eleições via polarização PT x PSDB, contra casamentos gays, cotas, etc.
No Brasil vemos parte destes grupos neoliberais fechando seus apoios em torno das eleições via polarização PT x PSDB, contra casamentos gays, cotas, etc.
Ser de esquerda hoje em dia é apoiar a pauta dos movimentos sociais e buscar mais justiça social e politicas públicas para a coletividade. O conceito de "Revolução" cai em desuso para ser substituído pelo aprofundamento da democracia que respeite o meio ambiente, a auto-determinação dos povos e o Estado de bem estar social.
Já ser de direita é querer que o Estado abra mão de ser organizador da sociedade cível, minimamente falando, que permita que o latifúndio se perpetue, que o mercado seja o salve-se-quem-puder que aí está. Que privilegie interesses individuais capitalistas. Que se agrade com o modelo de especulação imobiliária que aí está.
É não querer sobre-taxar as grandes fortunas. É querer passar concreto e asfalto em tudo que for de floresta.
As pautas são muitas. E olha que eu nem coloquei aqui o que pensa a "extrema-direita", ou, a também ruim, "extrema-esquerda".
É não querer sobre-taxar as grandes fortunas. É querer passar concreto e asfalto em tudo que for de floresta.
As pautas são muitas. E olha que eu nem coloquei aqui o que pensa a "extrema-direita", ou, a também ruim, "extrema-esquerda".
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