18 de julho de 2013

SUPER-MAN PARA FÃS DO UFC

Ontem, fui assistir ao novo Super-Man, ou como estava no cartaz "Homem de Aço". Fã de Hq's como eu sou,  não poderia deixar de registrar esse momento aos leitores do blogue. Quem ainda não assistiu é melhor não ler.

Dirigido pelo diretor de "300"  Zack Snyder, com o roteiro dos mesmo caras que transformaram o Batman em um heroi "coxinha",  o diretor Cristopher Nolan e o roteirista David Goyer, este Super-Man até que mandou bem no inicio ao detalhar melhor a conjuntura de nascimento de Kal- El em Kripton, além de mostrar mais o contexto de destruição desse mundo e um pouco da cultura local onde o pai do herói, interpretado muito bem por Russel Crowe, luta contra o tempo .

Depois o filme vai caindo em um clima de dramalhão folhetinesco com o personagem principal "sofrendo" pelo fato de ter super-poderes, ser melhor, superior aos terráqueos e não saber direito o que fazer com eles.

Poupando detalhes: nos últimos 40 minutos do filme a pancadaria come geral em efeitos especiais no volume 11 massacrando os nossos sentidos.

Nada contra espetáculos visuais incríveis, mas é um problema quando eles vêm em primeiro e nada vem depois. É o Superman para a geração UFC: a porrada pela porrada. 

Além disso é flagrante a despreocupação deste Super-Homen com o povo da terra. Milhões morrem na luta entre ele e os vilões kriptonianos que a princípio se degladiam em uma cidadizinha, depois vão para uma cidadizona e aí não tem prédio que fique em pé mermão. 

Nem "2012", épico filme apocalíptico, conseguiu fazer igual. 

Ah. Pelo menos acharam uma Louis Lane decente. Melhor que a sem graça Margot Kidder, parceira de Cristopher Reeve na ultima versão.

Mas tudo bem. Super-Homem é super e pronto. 

Um de seus melhores intérpretes, Grant Morrison, escreve no livro Super Deuses (Super Gods): 

"O Super Homem foi criado para ser mais forte, rápido e durável que qualquer ser humano. Ele é mais real que nós. Escritores vêm e vão, gerações de artistas o interpretam, e ainda assim algo persiste, algo que é sempre Superman. Nós temos que nos adaptar às regras dele, se quisermos adentrar seu mundo. Nunca podemos mudá-lo demais, ou perdemos o que ele é. Há um grupo persistente de caraterísticas que definem o Super Homem, através de décadas de vozes criativas. O personagem possui essa qualidade essencial e imutável, em qualquer de suas encarnações. E isso tem nome: divindade."
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1 comentários:

Adriano disse...

Achei razoável, fiel aos quadrinhos, o roteiro é legal, mais também não consigo engolir esse super a cidade toda destruída é ele tasca um beijo na Lois...nunca vi ele tão insensível, em nenhuma mídia, seja hq ou desenho,falta muito pra superar a Versão de 1979.