De forma intempestiva publiquei o seguinte comentário no Facebook sobre a confusão gerada pela grades que colocaram para delimitar uma "área vip" no show de Elba Ramalho:
"
"Será
que foi bem feito mesmo? A minha sobrinha levou 6 pontos na perna por
causa de uma pessoa que saiu quebrando tudo. Precisava disso? Talvez
não!"
Não precisava mesmo, mas a culpa é da própria organização do evento, que inventou a tal "área vip".
As
grades são uma violência ao restringir o direito de ir e vir
.Precisamos é de mais espaços públicos, que valorizem a cidadania em um
contexto social. E não o inverso: Restringindo as pessoas, segregando,
uma espécie de apartheid simbólico. Não acho certo o que aconteceu. Mas
os culpados em ultima estância não foram aqueles chamados de
vândalos. A raiz do problema é outra.
Ninguém
aqui está dizendo, ou fazendo apologia a violência. Porem, notem, se as
grades não estivessem ali tudo isso não teria acontecido. Segregação
não. Temos que valorizar espaços que tragam o bem, o belo e a
valorização da humanidade e não a valorização de meia dúzia. Isolando,
podando, destituindo. Não ao Muro de Berlin social nos shows de
Imperatriz. Não aos cordões de isolamento, que prendem e machucam
As circunstancias de exclusão social a que estamos circunspectos gera a
violência. Neste momento eu culpo a organização do evento pela péssima
ideia de impor grades em um evento do povo. Comportamento rasteiro e
aristocrático que me faz lembrar em muito velhos jargões da cultura
elitista que vivemos: "Vocẽ sabe com quem está falando?"
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