19 de fevereiro de 2013

MINHA IMPRESSÕES SOBRE “DJANGO LIVRE” E UMA DICA MELHOR: ASSISTA 'MALÁRIA'


O faroeste “mezzo pistolone” “mezzo pastelone”, a lá italiana “Django Livre”, estréia nos cinemas imperatrizenses com certo atraso, mas em tempo. 

Seu enredo trata de forma dramática, cômica e violenta sobre o escravo negro Django que é brutalmente afastado da mulher e acaba sendo escolhido por um caçador de recompensas progressista. 

A época é o período de escravidão norte-americana e a polêmica é logo instaurada visto que o termo “nigger” [não tem tradução em português e é bem mais pesado do que, digamos, “crioulo”] é usado mais de "hum milhão" de vezes ao longo do filme . 

Vários ativistas estão acusando “Django” de racista e inclusive o diretor Spike Lee, célebre militante da causa negra, já disse que não vai assitir. 

Seu diretor, Quentin Tarantino, se defendeu ao afirmar que no século XIX a escrotice norte-americana era assim mesmo. 

Seus críticos rebatem: “Django Livre” não é um retrato fiel, documental, da América, assim como Bastardos Inglórios também não o é da Segunda Guerra Mundial. 

Concordo. Não é mesmo. 

Porém fica a curiosidade de notar que “nigger” sempre foi bastante usado em filmes da Era Blaxplotation [filmes de negros dos anos 70]  que tinha ícones como Pam Grier, Jim Brow etc, e que inclusive Tarantino é fãn de carteirinha. 

Uns podem usar e outros não. Essa é a lógica? 

Inclusive é na mistura da Blaxplotation com faroestes espaguetes na linha de Sergio Corbucci que Tarantino junta os elementos surrealísticos de seu “Django Livre”. 

No mais achei o triller muito longo. Django Livre ficaria melhor se houvesse mais cortes, sem pena. A trilha sonora é excelente até metade, depois vai se perdendo nas muitas referências pop's "tarantinescas".

Muito melhor é o curta do diretor brasileiro Edson Oda, inspirado em "Django Livre". Quase imbatível. 

Dúvida? Pois assista abaixo. São cerca de 5 minutos apenas: 

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