O faroeste “mezzo pistolone” “mezzo pastelone”, a lá italiana “Django Livre”, estréia nos cinemas imperatrizenses com certo atraso, mas em tempo.
Seu enredo trata de forma dramática, cômica e violenta sobre o escravo negro Django que é brutalmente afastado da mulher e acaba sendo escolhido por um caçador de recompensas progressista.
A época é o período de escravidão norte-americana e a polêmica é logo instaurada visto que o termo “nigger” [não tem tradução em português e é bem mais pesado do que, digamos, “crioulo”] é usado mais de "hum milhão" de vezes ao longo do filme .
Vários ativistas estão acusando “Django” de racista e inclusive o diretor Spike Lee, célebre militante da causa negra, já disse que não vai assitir.
Seu diretor, Quentin Tarantino, se defendeu ao afirmar que no século XIX a escrotice norte-americana era assim mesmo.
Seus críticos rebatem: “Django Livre” não é um retrato fiel, documental, da América, assim como Bastardos Inglórios também não o é da Segunda Guerra Mundial.
Concordo. Não é mesmo.
Porém fica a curiosidade de notar que “nigger” sempre foi bastante usado em filmes da Era Blaxplotation [filmes de negros dos anos 70] que tinha ícones como Pam Grier, Jim Brow etc, e que inclusive Tarantino é fãn de carteirinha.
Uns podem usar e outros não. Essa é a lógica?
Inclusive é na mistura da Blaxplotation com faroestes espaguetes na linha de Sergio Corbucci que Tarantino junta os elementos surrealísticos de seu “Django Livre”.
No mais achei o triller muito longo.
Django Livre ficaria melhor se houvesse mais cortes, sem pena. A trilha sonora é excelente até metade, depois vai se perdendo nas muitas referências pop's "tarantinescas".
Muito melhor é o curta do diretor brasileiro Edson Oda, inspirado em "Django Livre". Quase imbatível.
Dúvida? Pois assista abaixo. São cerca de 5 minutos apenas:
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