30 de janeiro de 2013

OS TEMPOS SÃO OUTROS PARA O OKAZAJO E A CULTURA DE IMPERATRIZ ?

Era de encher os olhos a fila de gente que dobrava até a Rua Luis Domingues para ver a estreia da peça “Crepúsculo – Boca da noite”, da Companhia Okazajo. Deixando bem claro inclusive que o nosso Teatro Ferreira Gullar já não comporta o ritmo da cidade, o aglomerado de gente trazia uma leitura interessante sobre a cultura nossa de cada dia. 

A diversidade das manifestações culturais é prova cabal da riqueza de um povo. Vide São Paulo onde tudo por ali acontece: shows, peças, filmes, livros etc. A valorização do fazer artístico por parte do público é prestigia-lo, consumi-lo, reiventa-lo. 

Tudo bem, em Itz não temos como ser uma sampa, porém acho estranho demais como uma cidade tida como “pólo universitário” não valoriza sua diversidade cultural quer seja com espaços de valorização da arte, quer seja com as mais variadas manifestações para fruição e formação de plateias. 

O poder público não investe, a classe empresarial tem medo de meter a cara e apostar. Inapta que é com questões culturais. 

Resultado: por aqui não há circulação de shows, peças teatrais, lançamento de filmes e livros. Somos uma ilha, longe demais da capitais. Os talentos que temos são prata da casa e devem sim ser valorizados. E seria de muita utilidade se de vez em quando assistissimos outros de fora. 

Já vi algumas peças do Okazajo. Como expectador afirmo não ser muito minha praia o tipo de teatro que fazem. Mas respeito o fato de serem artistas forjados dentro de um contexto de sofrimento para quem escolhe trilhar o fazer cultural por aqui. 

Para além da “patifária” que os atores promovem em cena existe ali algo que identifica a cidade que estamos. 

Se é bom ou ruim esteticamente não tenho como responder. 

Imperatriz é minha casa. A cidade não tem plano diretor, não tem perfil e muita gente diz que por causa de seus políticos,  não tem jeito. Como sempre, a cultura pop é o radar da transformação, seja ela  qual for.
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