Segundo a cientista política Hannah Arendt dois fatores constituem a política: o discurso e ação. Para Arendt “sem discurso, a ação deixaria de ser ação, pois não haveria ator; e o ator, o agente do ato, só é possível se for, ao mesmo tempo, o autor das palavras”.
Partindo dessa afirmativa analiso que o ex-deputado Roberto Rocha perdeu o discurso ao se filiar no PSB, partido da base do governo Dilma, ou melhor, do governo do PT. Antes, filiado no PSDB era um crítico voraz do governo do presidente Lula e do PT. Agora, qual será o seu discurso? Quem mudou, foi o governo Dilma e do PT ou Roberto Rocha?
Também analiso que, caso Roberto Rocha seja candidato pelo PSB à Prefeitura de São Luís, como defendeu o governador e presidente do PSB Nacional, Eduardo Campos, terá pouca chance de ser eleito prefeito. E caso ainda queira ser o candidato da oposição, será puro oportunismo, já que em 2010 quando fora candidato a senador pelo PSDB era uma linha auxiliar da oligarquia Sarney, contribuindo assim para derrota do ex-governador José Reinaldo (PSB) candidato da oposição. Hoje o Maranhão é o único Estado da federação em que os três senadores são do mesmo grupo político.
Só como resgate histórico, o PSB assim como o PCdoB foram os partidos que sempre mantiveram fidelidade com o projeto do campo democrático- popular liderado pelo PT, Lula e agora Dilma, coisa que Roberto Rocha nunca acreditou. Enquanto PSB e PCdoB apoiaram Lula em todas as disputas para presidência da República, Roberto Rocha apostava no projeto da Social Democracia Liberal liderado por FHC e Serra.
Essa é a minha avaliação da filiação de Roberto Rocha no PSB, agora aliado do governo Dilma! Coisa da política…
*Sílvio Bembem
Administrador, Especialista em Sociologia (Uema), mestrando em Ciências Sociais-Política PUC/SP.
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