Sinal vermelho para as feministas do PSB, e, do Brasil. O pré-candidato a presidência da República Eduardo Campos declarou ser completamente contra o aborto. Uma posição bastante radical sobre a questão.
Campos não é o tipo de político que lança uma afirmação deste porte gratuitamente, sem antes fazer uma análise.
O gesto é positivamente direcionado aos setores fundamentalistas que ganham força na atual conjuntura vide crescimento da bancada evangélica e outros grupos obscurantistas da sociedade brasileira, notadamente fascistoídes.
Nem o sumo pontífice da Igreja Católica foi tão a Direita como Eduardo. O Papa Francisco demonstrou certo cuidado sobre a questão e declarou que o aborto "não pode ser tratado como algo central nos tempos modernos, um dogma."
Não se trata aqui de afirmar ser o aborto algo normal ou fazer campanhas para que as "mulheres abortem mais" [sic]. Precisamos parar sim é de criminalizar estas mulheres, na sua maioria muito pobres, e tratar o problema como questão de saúde pública, proporcionando informação e segurança a todas que por ventura precisem fazer o procedimento abortivo.
Todo ano morrem várias mulheres em situações desesperadoras e desgraçadas. Ao Estado não cabe apenas vigiar e punir.
Afinal se a
mulher é dona do seu corpo, ela é quem decide seguir ou não com a
gravidez indesejada, porque uma gravidez desejada é sempre bem-vinda.
Do
ponto de vista da natureza orgânica este debate foi bastante profundo
quando da votação pelo STF sobre aborto de fetos anencéfalos.
As
polêmicas maiores estão - me parece - nas questões de natureza
inorgânica da matéria humana. Na medida em que a ciência avança, poderemos ir para outros parâmetros.
0 comentários:
Postar um comentário