Com o bom público que recebeu Djavan no ultimo final de semana ficou claro a viabilidade comercial que Imperatriz possui para shows além da demonstração de pluralidade em estilos e gostos.
Sempre estranhei [e ainda me estranha] uma cidade pólo disso e pólo daquilo ser tão tacanha em termos de produção teatral, musical, cinematográfica etc.
Com a vinda do compositor e vocalista do Engenheiros do Hawaii respiramos mais aliviados.
Não que Djavan ou Humberto Gessinger sejam tão alternativos assim. Nem são. Mas é que por aqui sequer temos uma rádio decente com programação musical que não seja só chifres, coitos e bundas.
De tanto perambular identifiquei alguns tipos de públicos em Imperatriz. A analise não é perfeita mas ajuda em algumas aproximações. Senão vejamos:
1] Público do Arrocha: O mais comum e atual febre em todas as periférias e "praias do meio" da cidade. Seus principais artistas são Pablo, Silvano Sales além dos "sertanejos universitários" como Lucas Lugo e Gustavo Lima. Zoeira total nas letras que beiram a sacanagem, consumo de biritas, carrões importados e ostentações em geral. [alguem aí se lembrou de certos estilos de Rock?]
2] Gospel: Outro grande nicho musical. As pizzarias para homenagear o público de Jesus batizaram suas pizzas com nomes bem sugestivos tais como: "assembleiana", "adventista", "batista" e por aí vai. Nivel máximo em termos de número de piriguetes por metro quadrado, o que possibilita fazermos uma breve analógia ao público do arrocha. Nada contra hein.
Agora vamos para os mais "alternativos":
3] Metaleiros: Por incrível que pareça o metal possui uma sensível legião de fãs na cidade. Segundo alguns críticos o fenómeno acontece em todo o país provavelmente por um estrambólico parentesco com o "sertanejo" vide falsetes histéricos de seus crooners [maldade minha].
4] Alternativos em geral: Por aqui esse público [se é que podemos chamar assim] é bastante diversificado e de dificil reconhecimento já que curtem reague, hip hop, rock, pop, electrónico. Há também uma turma retrô que só curte flash back e outros que são Mpbistas e estão sempre nos barzinhos alá voz e violão.
Eu nem coloquei aqui a turma do shopping center. Fechou. A maioria "de menor" ainda, portanto em formação.
Eu nem coloquei aqui a turma do shopping center. Fechou. A maioria "de menor" ainda, portanto em formação.
E onde eu me encaixo? Sei lá. Nos tempos de universidade uns amigos me apelidaram de "bloco do eu sozinho" justamente por não saberem me identificar/rotular . Não sei se isso é bom é ruim. E rolam as pedras.
A gente se vê no show do Humberto.
Ps: Engenheiros foi uma das trilhas sonoras da minha infância.
1 comentários:
A era da velocidade da informação faz o Underground se transformar em pop, a internet esta criando a tripo dos : "Eu não tenho um estilo, curto um pouco de tudo".
Cada vez mais vemos a falta de personalidade e aceitação do que é imposto, tanto faz trazer um show do Gessinger, Beto Bruno ou Gustavo Lima, a propaganda é a alma do negócio e nosso peito bate um alvo muito fácil.
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