Árvores. Para muitos uma forma garantida de obter sombra. Para outros a representação da infância (quando a gente brincava debaixo do pé de carambola) ou de alguma lembrança paisagística. Para a Prefeitura de Imperatriz, a julgar pelas ultimas noticias, árvores só significam transtorno.
Uma verdadeira “campanha de depredação” vem sendo levada a cabo desrespeitando todas as noções éticas do código de postura do município (se é que temos).
Mas não é só na esfera do patrimônio material que vemos o descaso da gestão do prefeito Sebastião Madeira. Se a Av. Beira Rio, cartão postal da cidade, encontra-se em completo abandono, imagine o que não é feito com demais aspectos e elementos de nossa cultura local.
Nos quatro anos em que governou Imperatriz, Madeira muito pouco fez no que diz respeito valorização e preservação dos saberes ligados a cultura popular. Os artistas e mestres populares tiveram que ir embora ou continuarem vivendo a custa de outras formas de sub-existência. Um exemplo claro disso é o sumiço de Dona Francisca do Lindó, Elias do Boi, o Divino de Dona Silvéria, a encenação da paixão de Cristo, as Feiras de Arte etc.
Segue uma pasmaceira acachapante onde a tônica é tão somente os eventos ligados a uma elite intelectual que, capaz de se autofinanciar, apresenta-se sem quaisquer garantias de acesso e continuidade por parte da juventude imperatrizense.
Articular, junto à comunidade - políticas claras de formação, difusão, circulação e produção - é dever do município. Recursos, espaços físicos, qualificação, concurso público (teatro municipal, orquestra municipal, balé municipal, grupo de teatro municipal) dependem de leis municipais que garantam tudo isso.
E os indíces de violência não diminuem. Nossa juventude estaria condenada?
0 comentários:
Postar um comentário