Já escrevi aqui nas páginas do Jornal Pequeno sobre a profissão perigo (Bancário – 07/08/2011, p. 04) e a profissão resistência (Assistente Social – 18/09/2011, p. 20). Dedico-me hoje à profissão sofrimento, a dos Servidores Públicos Estaduais.
Sim, sofrimento:
a) pelo não-reconhecimento de sua importância pelos governos que passam no Estado do Maranhão;
b) pela má remuneração: o salário recebido acaba antes do fim do mês;
c) pela falta de um efetivo Plano de Cargos e Carreiras que os incentive à profissionalização no Serviço Público e à ascensão funcional aos cargos de direção e com direito a gratificações, que lhes garantam vencimento justos, a partir de sua competência e uma formação continuada, e não por meio do clientelismo e da bajulação exigida pelo gestor/chefe de plantão;
d) pela falta de consideração, especialmente aos servidores que trabalham com o atendimento da população, que descarrega neles xingamentos e despautérios em razão da péssima qualidade dos serviços públicos, gerada por uma política em que o Estado serve ao interesse privado de uma família, e não ao interesse público de todas as famílias maranhenses;
e) pela ausência da garantia de uma aposentadoria digna e com assistência.
Enfim, sofrimento pelos direitos cotidianamente desrespeitados. E isso quando conseguem chegar ao Serviço Público, pois o último concurso realizado pelo Governo do Maranhão, por exemplo para a área de saúde, foi feito há mais de 20 anos. O concurso público não passou de uma mera promessa enganosa durante a campanha de 2010.
O mais recente golpe à saúde dos servidores públicos estaduais é a usurpação do Hospital Carlos Macieira. Mais conhecido como Hospital do IPEM, ele é um bem público construído graças à contribuição mensal, por anos e anos, de mais de 100 mil funcionários, através de desconto compulsório, até hoje, em seus contracheques.
O futuro reservado ao Hospital do IPEM, agora sob administração do secretário de Saúde Ricardo Murad (que de saúde já mostrou não entender nada!), é ser campo de estágio do curso de Medicina do CEUMA, propriedade de Mauro Fecury. Um negócio de família para família... mas às custas do dinheiro dos servidores estaduais.
Situado no Calhau, quando funcionava, o Hospital do IPEM, por sua boa localização, fazia atendimentos de emergência e outros procedimentos a grande parte dos servidores, cujo acesso era rápido devido aos órgãos públicos onde trabalham situarem-se, em sua absoluta maioria, no Centro da cidade ou proximidades.
Agora, para serem atendidos, os funcionários públicos devem procurar os serviços terceirizados do Hospital São Luís, que fica na Mata, no município de São José de Ribamar. Inaugurado em 30 de novembro do ano passado, o hospital funciona parcialmente. O “novo quebra-galho” da saúde do servidor público pertence ao grupo particular Multiclínicas. Outro obscuro negócio entre as famílias no poder bancado pelos cofres públicos.
Imagine, caro leitor, cara leitora, um funcionário público necessitando de um atendimento emergencial até chegar em Ribamar! Em suas emergências de saúde, o chefe maior da oligarquia corre para São Paulo. O melhor governo da vida da filha dele, manda a saúde do servidor público estadual literalmente para a Mata...
Por isso, todo apoio à campanha “GOVERNADORA ROSEANA, DEVOLVA O HOSPITAL CARLOS MACIEIRA” deflagrada pelos servidores estaduais.
Por essas e outras, nosso reconhecimento à vocação e à dedicação do SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL, que carregam nas costas uma verdadeira profissão sofrimento!
Sim, sofrimento:
a) pelo não-reconhecimento de sua importância pelos governos que passam no Estado do Maranhão;
b) pela má remuneração: o salário recebido acaba antes do fim do mês;
c) pela falta de um efetivo Plano de Cargos e Carreiras que os incentive à profissionalização no Serviço Público e à ascensão funcional aos cargos de direção e com direito a gratificações, que lhes garantam vencimento justos, a partir de sua competência e uma formação continuada, e não por meio do clientelismo e da bajulação exigida pelo gestor/chefe de plantão;
d) pela falta de consideração, especialmente aos servidores que trabalham com o atendimento da população, que descarrega neles xingamentos e despautérios em razão da péssima qualidade dos serviços públicos, gerada por uma política em que o Estado serve ao interesse privado de uma família, e não ao interesse público de todas as famílias maranhenses;
e) pela ausência da garantia de uma aposentadoria digna e com assistência.
Enfim, sofrimento pelos direitos cotidianamente desrespeitados. E isso quando conseguem chegar ao Serviço Público, pois o último concurso realizado pelo Governo do Maranhão, por exemplo para a área de saúde, foi feito há mais de 20 anos. O concurso público não passou de uma mera promessa enganosa durante a campanha de 2010.
O mais recente golpe à saúde dos servidores públicos estaduais é a usurpação do Hospital Carlos Macieira. Mais conhecido como Hospital do IPEM, ele é um bem público construído graças à contribuição mensal, por anos e anos, de mais de 100 mil funcionários, através de desconto compulsório, até hoje, em seus contracheques.
O futuro reservado ao Hospital do IPEM, agora sob administração do secretário de Saúde Ricardo Murad (que de saúde já mostrou não entender nada!), é ser campo de estágio do curso de Medicina do CEUMA, propriedade de Mauro Fecury. Um negócio de família para família... mas às custas do dinheiro dos servidores estaduais.
Situado no Calhau, quando funcionava, o Hospital do IPEM, por sua boa localização, fazia atendimentos de emergência e outros procedimentos a grande parte dos servidores, cujo acesso era rápido devido aos órgãos públicos onde trabalham situarem-se, em sua absoluta maioria, no Centro da cidade ou proximidades.
Agora, para serem atendidos, os funcionários públicos devem procurar os serviços terceirizados do Hospital São Luís, que fica na Mata, no município de São José de Ribamar. Inaugurado em 30 de novembro do ano passado, o hospital funciona parcialmente. O “novo quebra-galho” da saúde do servidor público pertence ao grupo particular Multiclínicas. Outro obscuro negócio entre as famílias no poder bancado pelos cofres públicos.
Imagine, caro leitor, cara leitora, um funcionário público necessitando de um atendimento emergencial até chegar em Ribamar! Em suas emergências de saúde, o chefe maior da oligarquia corre para São Paulo. O melhor governo da vida da filha dele, manda a saúde do servidor público estadual literalmente para a Mata...
Por isso, todo apoio à campanha “GOVERNADORA ROSEANA, DEVOLVA O HOSPITAL CARLOS MACIEIRA” deflagrada pelos servidores estaduais.
Por essas e outras, nosso reconhecimento à vocação e à dedicação do SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL, que carregam nas costas uma verdadeira profissão sofrimento!
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(*) Franklin Douglas - jornalista e professor, escreve para o Jornal Pequeno aos domingos, quinzenalmente. Artigo publicado no Jornal Pequeno (edição 22/01/2012, página 16)
(*) Franklin Douglas - jornalista e professor, escreve para o Jornal Pequeno aos domingos, quinzenalmente. Artigo publicado no Jornal Pequeno (edição 22/01/2012, página 16)
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