Segundo pesquisas levantadas pela FGV, Fundação Getulio Vargas, o Estado do Maranhão é um dos piores no quesito IDH (Indíce de Desenvolvimento Humano) que mede questões como políticas de educação para o povo, distribuição de renda e acesso aos bens culturais e ao conjunto dos bens sociais de uma população.
Esta triste realidade não é por acaso. Não é mero desejo do destino. Todas são frutos das conseqüências econômicas postas e, principalmente da configuração política que norteia as decisões tomadas no que diz respeito à criação e execução de leis que fomentem e gerem fatos, que por sua vez geram ações de trabalho e desenvolvimento.
Os assim chamados vetores sociais e econômicos devem, portanto estar sob a tutela do Estado, que em tese deve garantir o bom funcionamento destes e proporcionar aos contribuintes o retorno necessário ao investimento feitos através do pagamento de impostos.
A política econômica de qualquer governo minimamente comprometido com as causas de seu povo deve estar em consonância com seus interesses imediatos e de longo prazo. Sem participação democrática e controle social o Estado burguês torna-se aquilo que Marx dizia: Um comitê da classe economicamente dominante. Portanto em consonância apenas aos interesses de uma minoria que percebe o enorme prejuízo se caso venha a ter um povo mais consciente e educado, critico e contestador.
Nestes 45 anos de oligarquia Sarney, temos visto claramente a maquina pública sendo apropriada por um grupo político comprometido tão simplesmente apenas com suas necessidades próprias. Tendo sempre o cuidado de fornecer a população mínimos cuidados para que a luta de massas não aflore, e que o conjunto da população não questione politicamente as denúncias de trambicagem, falcatruas, cobranças de comissões e toda a sorte de imposições ideológicas, disseminados por uma boa rede de comunicação social e por um judiciário viciado e opulento. Neste exato instante setores da Igreja Católica ligados a questões sociais denunciam as graves relações medievais do Tribunal Judiciário Maranhense com o povo. Uma verdadeira rede de poder construído com recursos públicos e apadrinhamento político.
Uma das principais características deste povo maranhense, que ora tem que conviver com a série de reveses que o oprime, é a própria capacidade de se indiguinar contra tudo isso e lutar ousadamente contra “estes monstros que pisam forte”.
O Maranhão atualmente está em disputa política. Temos o grupo liderado pelo pedetista Jackson Lago, que reúne setores conservadores e progressistas, eminentemente filhotes das políticas neoliberais (que ora agonizam) e as forças oligárquicas, que reúnem o melhor que a direita capitalista pôde produzir no estado.
E as lutas não param de eclodir, quer seja na baixada maranhense, nos lençóis, ou mesmo nos povoados quilombolas, onde este povo muita vezes para fins de autopreservação acaba tendo que fazer concessões com um dos lados dos inimigos. Mas que segue lutando contra as invasões do capital genocida em seu território. De Matinha a Açailândia, de Carutapera a Monção, de Imperatriz a São Luis, do Frechal a Nova Iorque, das tribos de Araribóia ao Estreito. A luta anti-capitalista no Maranhão se faz tanto na disputa de classes entre patrões e empregados, quanto na luta pelos territórios. Marx dizia que no limite, tudo seria transformado em mercadoria. Quer seja pelo aumento incessante da massa de mercadorias, quer pela capacidade de produzi-las. O espaço geográfico inserido nesse circuito teria que abranger o máximo possível de populações e riquezas para dela participarem, esse espaço seria todo o planeta. e novos bens e novas necessidades teriam que ser criadas incessantemente.
A candidatura da Professora Socorro de Paço do Lumiar, nesta conjuntura deverá impor medo as velhas e novas estruturas oligárquicas. Tendo o apoio da nossa Presidenta Nacional do Partido Socialismo e Liberdade, Heloisa Helena, nossas propostas se darão nos seguintes termos:
I - Vivemos um período adverso para a sociedade brasileira, em especial para a classe trabalhadora, para os camponeses (as) e para a juventude pobre do campo e da cidade, fruto de um longo período de descenso das lutas de massas, de consolidação que tem privilegiado as grandes multinacionais e o grande capital financeiro.
II - Os trabalhadores( as) e a juventude têm sido vítimas desse modelo, que além de concentrar renda e terra, traz vários problemas para o meio ambiente e para nossa biodiversidade expulsando os camponeses (as), indígenas, quilombolas e ribeirinhos de suas terras.
III -Esse modelo econômico tem marginalizado a reforma agrária e a agricultura camponesa. O Estado no Maranhão, currupto e viciado como seu judiciário, vem priorizando o financiamento das grandes empresas transnacionais para construção de barragens e o desenvolvimento dos monocultivos e eucalipto.
IV- A ausência do Estado no campo e na cidade, em especial nas áreas de educação, saúde, esporte, lazer, cultura e comunicação e a falta de uma política voltada para a geração de renda gera violencia na cidade e impossibilita a permanência dos (as) jovens no campo.
Diante desse quadro reafirmamos:
- A necessidade de construir um projeto popular para a agricultura e para o Maranhão convocando os trabalhadores do campo e da cidade a lutar contra o Estado burguês, as empresas transnacionais e o grande capital.
- O compromisso com a preservação da biodiversidade, da água, e da cultura camponesa. Cultivando o Internacionalismo e os valores Socialistas.
- O compromisso da luta contra todo tipo de exploração e de desigualdade social lutando permanentemente contra o preconceito, cultural, racial, étnico, de gênero, de orientação sexual e religiosa.
- Nos comprometemos em continuar a luta contra a marginalização e a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.
- Desenvolver os valores da educação, da cultura, do estudo, da disciplina e da solidariedade, como parte do processo de formação política dos (as) jovens no campo e na cidade.
- Construir alianças com todas as organizações da classe trabalhadora, tanto na elaboração política como na luta concreta.
- O compromisso de contribuir na organização da juventude do campo, da cidade, e de todas as entidades e organizações de jovens, mulheres e da classe trabalhadora.
Comitê de campanha: O Maranhão pede Socorro!
Professora Socorro Senadora - PSOL - 505
Suplente: Regivaldo Marques
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