18 de outubro de 2019

Editorial: Sobre o PSL e o bolsonarismo



Tudo o que se junta pra destruir algo, sem ter um objetivo sincero e nítido do que construir depois, tem a essência da autofagia.

O que constituía a unidade eleitoral dos que venceram as eleições em 2018 pra presidente era somente o anti-petismo, e o mais doentio. E o que motivava este anti-petismo não era nada construtivo, mas tão somente o ódio, o preconceito, o desejo de destruir o outro e suas ideias. Ao “vencerem” (“o Johnny Bravo venceu, porra!”), não sabem o que fazer, pois sua essência é desfazer, e não o fazer.

Passam então a se desconstruir, a se atacar, a se devorar.

Dá pra ficar parado assistindo a putrefação pública? Não! Eles estão desconstruindo a nação e a cidadania junto com eles de um jeito caótico e ao meu ver sem "um plano elaborado". Mas no limite esse parece ser o plano estratégico: fim do Estado nacional, fim das relações de solidariedade e caminho aberto para a dominação mais cruel.

Há muito movimento orquestrado aí. Bolsonaro abraça abertamente a anti-política. Exterminar o próprio partido pode ser um movimento perigoso desse "xadrez ilógico" dessa extrema direita raivosa.
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