26 de julho de 2019

Uma voltinha no passado nosso, da humanidade


Uma voltinha no passado nosso, da humanidade

Terminei de assistir "Dark", série disponível na Netflix que versa sobre dramas afetivos e viagens no tempo, universos paralelos e como as coisas se constrõem através do tempo. Interessante.

Nada podemos mudar do passado mas pensando acerca do tema quem nunca quis voltar no tempo pra corrigir ou evitar aborrecimentos ?

Às vezes me pego nestas viagens. Mas se pudesse voltar  não mudaria nada. Apenas observaria melhor os acontecimentos. Aproveitaria-os.

Todos cometemos erros, certo? E penso que são eles que nos tornam melhores.

Me acompanha aqui um pouco. Quero te revelar umas coisas.

Vamos entrar no túnel do tempo.

1988: encontro em casa, debaixo de poeira uns discos velhos : John Lennon, Raul Seixas e muitos do Roberto Carlos (Jovem Guarda)

1990: Leio "Elogio da Loucura" , de Erasmo de Roterdã. Não entendi nada mas li todo.

1992: Comprei um disco do Nirvana: "Nevermind" e do "Alice Chains"  com a grana que ganhei vendendo os discos antigos. Coração partido, lógico. Gostava de todos .

1995: Estou com um amigo andando de bike , passamos em frente ao Teatro Ferreira Gullar e por acaso descobrimos que iriam exibir ali as 17:00, o "Laranja Mecânica".  Filme do Stanley Kubrick, que dá o que pensar.

1998: Continuo lendo muito. Leio tudo que posso. Desde gibis como "Whatchem", "Batman: Cavaleiro da Trevas" e os clássicos da literatura como " A montanha mágica " (Thomas Mann) , "O Aleph" ( J.L Borges), "O Lobo da Estepe" (Herman Hesse). 

2000: filho do proletariado urbano, ou em outras palavras "morto de liso" , não dava pra ler, assitir e ouvir tudo que eu queria . Então vou atrás de emprego.  Comecei dando aula de reforço pra o ensino fundamental. A escolinha ficava bem ali na Luís Domingues, "Multilingue" . Tinha até aula de tupi-guarani

2004: Entrando na universidade. A leitura dos clássicos me deu uma visão mais panorâmica da História.

Paramos por aqui com esse flash back pessoal.

Se a humanidade pudesse fazer em conjunto uma viajem em sua trajetória perceberia que no período da transição entre a revolução da ciência e a formação dos Estados Nacionais, o acirrado conflito social de Interesses migrou para as duas classe sociais surgidas no seio da revolução industrial: burguesia e proletariado.

E que até hoje em boa parte do mundo, este conflito dá o tom que faz a roda da História girar.  Em alguns momentos entra a questão identitária , entre civilização e barbárie , entre os sexos e etc . Mas , quando a luneta ilumina a fundo o que sobra são as questões econômicas ou a falta delas.

Ou em outras palavras: a forma como as pessoas produzem sua riqueza material e matam sua fome.

Mas cuidado. Não reduza isso ao pensamento de imaginar que tudo se explica a partir da barriga das pessoas. Leve em consideração outros aspectos também .

A cultura, a religião, a sociedade de consumo e seus supérfluos. Então veja que há outros agravantes.

Faça esse constructo mental.

Depois volte na minha linha do tempo. Perceba que a trajetória de um garoto fazendo suas descobertas se dá no contexto em que a humanidade cria necessidades constantes que servem ao propósito de reflexão sobre a realidade.

Mas em outros casos , estas necessidades constantes servem ao propósito da alienação, que é um processo onde você vive em uma realidade imaginada, achando que é a realidade objetiva.

Antes de você me acusar de fazer proselitismo anti-capitalista, ou disso ou daquilo, vale lembrar que todos temos que retornar as nossas convicções, dar uma olhada direito nelas, ouvir o outro lado da história e refletir. 

Começar a repensar seu tempo. Sua opinião. Essa é a verdadeira máquina do tempo.

tudo que existe hoje foi causado por uma revolução que quebrou algum paradigma natural impossível de ser transposto por outra espécie e por pessoas que desafiaram o modo de pensar vigente.

Taí a crise climática, que se avizinha e nos força a repensar nosso mundo!

Ou retornaremos ao passado ?

Sic mundus creatus est ! 

I AM A BELIEVER 

Estou de férias, mas pelo poder mágico da internet e com a ajuda preciosa, das redes sociais, você continua recebendo sua cartinha semanal. Sem grandes dicas, que estou meio distante da internet, porque muito próximo do novo, do inesperado, de pessoas que amo. Mas com afeto, e gratidão pela sua leitura. 

Mahalo!
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