5 de novembro de 2014

A REVOLUÇÃO BURGUESA NO MARANHÃO

Comentei no ano passado sobre a necessidade de no Maranhão avançarmos para um modelo societário que pelo menos permitisse o avanço das forças produtivas. Eu brincava dizendo que era necessário fazer "nossa revolução burguesa, visto que nem o liberalismo chegou sequer ao semi-feudal Maranhão" e caía na gargalhada.  Tenho uma dúzia de amigos que são testemunhas disso.

Mas agora o papo ficou sério. O governador eleito Flávio Dino em entrevista concedida a TV Folha/Uol projetou o mesmo cenário que em meus devaneios de professor de História fazia. Vibrei.

Não por acreditar que resolvendo nosso problema de "capitalismo tardio" iremos muito longe até porque o capitalismo global vai muito mal das pernas, porém, de onde eu vejo há uma constante que liga o desenvolvimentismo com saídas mais urgentes a barbarização. Ainda mais em se tratando de Maranhão e suas velhas estruturas de poder.

Na entrevista o governado eleito também afirmou que dentre outras ações irá trabalhar para o aumento do IDH no estado. Ultimamente temos ficado em penúltimo lugar no quesito Desenvolvimento Humano.

Penso que em linhas gerais as pessoas querem ter mais participação social, serem mais consultadas sobre as questões políticas. Há um enorme descontentamento acerca dos serviços em saúde e transporte urbano nas cidades. Há ainda os conflitos fundiários no campo e seus desdobramentos para contingentes inteiros das populações tradicionais, índios, etc.

O discurso empregado nesse sentido de introjetar o liberalismo no Maranhão casa bem como linhas ideológicas do velho partidão e do seu repertório teórico acerca da concepção materialista da História: os desequilíbrios regionais no que tange ao desenvolvimento econômico e social são resquícios feudais.

Estamos de olho...
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