9 de setembro de 2014

O FUTURO SOMBRIO PARA HUMANIDADE EM MAD MAX REVISADO


Quando garoto não perdia a chance de ficar até mais tarde ligado na TV digerindo enlatados. Numa dessas noites um filme em especial me chamou a atenção. Anos depois estão lançando uma refilmagem dele.

O clima soturno dava o tom inicial do longa: Em um futuro não muito distante (o filme começa com a frase: a few years from now) - as bases da sociedade moderna começam a ruir e entrar em colapso. O enrredo pós-apocalíptico trazia a desesperança no legado da "lei e ordem" e na incapacidade do ser humano em dialogar entre sí. 

Qualquer semelhança nos discursos "irracionalistas" que condenam o legado do Iluminismo a mero tratado de equívocos não é mera coincidência.

Mad Max foi a produção australiana de maior bilheteria até hoje, foi dirigido por George Miller e protagonizado por um jovem a época chamado Mel Gibson. Sua refilmagem pronta a ser lançada em maio 2015 levou dez anos para ser concluída e foi dirigida pelo mesmo talentoso Miller.

E quando falamos em futuros nada agradáveis devemos ter em mente que em algumas partes do globo já vivemos hecatombes sociais dramáticas. Basta lembrar o que acontece na Faixa de Gaza ou mesmo em algumas cenas do conflito Russia x Ucrânia.

No Brasil os apagões e tempestades também já nos deram um gostinho amargo alá Mad Max. Em Imperatriz há uns dez anos mais ou menos uma ventania daquelas, seguida de forte chuva arrastou placas, toldos e até caixas d'agua rua abaixo. As pessoas sem energia elétrica viveram momentos de pânico, principalmente quem precisou do cartão de crédito para abastecer ou mesmo de algum equipamento especial em casa. Inaladores para asmaticos e cadeiras de roda elétricas, por exemplo.

As cenas de violência do primeiro Mad Max devem se repetir na nova versão. Mas que não nos enganemos com a mensagem pouco otimista que ele traz: o futuro da humanidade tende a ser negro. A razão humana não cumpriu suas promessas que fez lá atrás com o Iluminismo? Não. Mas fizemos um pacto civilizatório que há todo momento precisa ser revigorado pela luta por mais Direitos Humanos. E contra o capitalismo selvagem.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários: