[Foto: João Rodrigues]
A empresa Suzano Papel e Celulose contraiu um dívida histórica com Imperatriz. E terá que pagar.
Não apenas com royalties ou programas de mitigação. Mas sim aprofundando mais seus quadros técnicos no sentido de dialogar e esclarecer. O desenvolvimento não pode ser apartado da sustentabilidade e isso só vêm com compromisso social e ambiental.
Basta lembrar que ainda não encontramos em quaisquer laudos ou estudos de impacto o quanto de água do caudoloso Rio Tocantins será gasto para manter a produtividade da fábrica. Muito menos de quê forma será pago este volume de água ao cofres públicos.
O empreendimento já está a pleno vapor. Nas ruas e nas redes sociais cresce certa desconfiança da população, sobretudo a formadora de opinião, em querer saber quais são as vantagens de ser ter uma fábrica como essa por aqui.
Os ónus já são bem claros: alta crescente da especulação imobiliária e maior fluxo de veículos prejudicando a malha viária da cidade. Só que aí neste último a culpa já é da prefeitura.
Os recursos de compensação ambiental não podem ser deslocados para outra região. Como disse o jornalista Domingos Cezar em seu artigo : compensação ambiental é um reparo pelos estragos causados pelo grande empreendimento em solo imperatrizense.
A questão é que uma parte deste recurso, cerca de 10 milhões, poderá ser desviada para a região do Mirador.
Qual interesse da Secretária de Meio Ambiente do Estado em legitimar isso?
Estamos de olho. E não nós calaremos.
1 comentários:
Caro Carlos, a verdade é que a Suzano deve muito a Imperatriz. Mas ela deve muito ao Maranhão todo. Açailândia está virando um deserto verde (monocultura de eucalipto) e isso é um impacto que a Suzano deve compensar também. Os treminhões da Suzano atropelam e poluem em Açailândia, Mirador e até no Pará. Ao lado do assentamento Nova Vitória, aqui em Açailândia, uma grande reserva legal de uma fazenda, único refúgio para animais silvestres na região, foi arrendado por 10 anos para a Suzano... devastar tudo e plantar eucalipto! Isso é impacto que a Suzano tenta compensar com migalhas. Os impactos da Suzano são regionais. Lógico que o principal impacto é em Imperatriz. Eu estive em Coquelândia e, dependendo da direção do vento, nem se pode respirar mais. Mas todo impacto tem que ter compensação...
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