Lendo aqui o artigo do jornalista Eduardo Graça, da Carta Capital, sobre a obra de Lou Reed me veio a mente a comparação fácil entre o que cantava Lou e a realidade de diversos de seus fans, não-tão-fans, e os que não-sequer-lhe-conheciam.
Há uma densa poeira de pó a ser varrida para baixo dos tapetes de bixas, pop-modernos, punks e toda a sorte de junkies que não se preucupavam lá muito com o futuro.
Lou Reed poderia ser resumido como ícone dos frequentadores de bar, que utilizavam o banheiro para dar cafungadas de cocaína nas pias sujas. Mas não só isso.
Poeta, compositor de rara textura musical que expressaria bem os "empapussados" anos 70, onde exageros e overdoses andavam sempre no underground em meio a putas, brigas de bêbados e/ou simplesmente daqueles que só queriam voltar vivos no final da noite pra casa.
Lou cantava os ambientes da vida noturna. Não a toa teve sua obra como parte da Trilha sonora de cult movies como Transpoting. E pra mim com letras bem mais interessantes que aquelas ridículas de outros ícones do rock, onde a tónica é a luta entre o bem e o mal, dragões assustadores, cavernas assombradas, ou sobre o Satanás e seus asseclas.
Dica do dia: Comece a tentar traduzir a letra dos seus ídolos favoritos e vai se surpreender o quanto seu inglês vai melhorar e sua visão de mundo também.
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