A banda inglesa The Who foi formada nos
anos 60, época de enorme contestação por parte da juventude em
torno dos valores vigentes. O movimento hippie crescia e junto com
ele a desconfiança geral em quem tinha mais de trinta anos. Na
America Latina as ditaduras insurgiam para tentar [sem sucesso]
barrar sonhos.
Neste cenário Roger Daltrey e Peter
Townshend criaram suas canções em torno de refrões como “prefiro
morrer antes de ficar velho”. Puro rock in roll.
Na próxima cerimônia do Grammy Awards,
evento que reune nomes de peso no cenário musical, será entregue um
prêmio especial para o The Who pelo conjunto da obra. Nada mais
merecido e em tempo.
Na minha infância fui feliz e sabia -
tinha The Who pra escutar em casa. Por aqui nestas bandas poucos
perceberiam a beleza musical dos caras.
Meus coleguinhas “metaleiros”
ou “pump the jam” [apelido genérico de quem curtia dance, house e
afins] torciam o nariz sempre que eu insistentemente colocava uma
fita cassete do The Who pra rolar. Eu explicava que os caras ao vivo eram "animais", que quebravam instrumentos no palco, algo ainda original na época.
Não tinha jeito. No máximo conseguia ouvir duas
músicas e tinha que esperar chegar em casa pra matar a fome. E tome
horas a fio de The Who.
Várias outras bandas consagradas como
o Ramones e o Ultraje a Rigor, duas de minhas prediletas,
regravariam canções de Daltrey e cia.
O tempo passou e eu descobri que o
The Who foi precurssor de um género musical chamado Opera Rock,
especializado em criar musicas em cima de enredos. Que o primeiro
baterista, o lendário Keith Moon havia morrido graças a demasiada
ingestão de um remédio contra o alcoolismo. Para saber mais clique aqui.
Para sempre The Who. Eu tinha razão
[rs].
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