12 de junho de 2012

PELO FIM DO IDEALISMO IRRACIONAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


Parte 1  de 3
 
Karl Marx, célebre pensador alemão que ficou famoso ao fazer uma análise rigorosa do sistema capitalista, em um de seus trabalhos intitulado “Ideologia Alemã” (1846), apontava que desde o momento que as sociedades se tornaram mais complexas é que seus pensadores analisavam as mudanças pelo prisma do pensamento e das idéias sem alcançar a realidade concreta. 

Para Marx, e seu parceiro de pesquisa Engels, era necessário compreender que as sociedades se baseavam nas relações de produção e nas condições materiais de existência e não poderiam passar por transformações históricas apenas pela substituição e elucubração de idéias. Segundo estes “A produção das idéias, representações, da consciência está a princípio diretamente entrelaçada com a atividade material e o intercâmbio material dos homens, linguagem da vida real”. (p. 36) 

Passados mais de hum século destas afirmações vemos claramente, em especial na esfera da educação, as mais diversas análises de teóricos e pensadores, principalmente dos que elaboram os programas de pós graduação, tratarem os limites do aprendizado como responsabilidade do sistema vinculado ao ideal, ao pensamento, a abstração. Nesta linha de pensamento afirmam nossos teóricos que instituições como a escola devam modificar a forma de relação professor/aluno. 

Que é necessário e desafiante fazer com que o aluno "aprenda a aprender”, e por fim, que a escola ainda não está pronta verdadeiramente capaz de lidar com “as constantes mudanças da sociedade e das diferentes relações com o seu meio. (Gomes, Modulo III, p 13). 

Há um retorno aqui ao mero artífice de construir através dos mecanismos de abstração e do pensamento, situações idéias que a principio parecem esclarecer e explicar plenamente o real. 

Onde podemos situar materialmente/concretamente a inserção social e econômica da escola, dos professores (as) e dos educando (as)? Com afirmações, por exemplo, que o baixo salário do professor é determinado de forma a diminuir o prestigio deste, afirmação que parece correta, mas que destaca da realidade a situação, sem explicar qual é o caminho histórico e a inserção econômica dos professores no mundo atual, os pensadores neo-idealistas acabam por contribuir para todo um processo de escamoteamento dos reais motivos que interferem no processo educacional em diversos momentos (não em todos, obvío). 

A (s) mentalidade (s) não estão e nem tém como estar apartadas da sua base material. Eis a enorme contradição que precisamos enfrentar para alçarmos um modelo que supere o baixo desempenho da escola, e que promova de fato um desenvolvimento capaz de gerar sujeitos críticos e tranformadores. 

Resumindo: O professor não é super-herói, que nesse cenário, vai salvar o mundo. 
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