3 de janeiro de 2012

OS MELHORES ESCRITORES E ARTISTAS DO (MEU) ANO DE 2011

Pombas! Olhando aqui as listas de tops das revistas especializadas nas coisas que eu gosto (cinema, literatura, HQ's, etc) percebo inadvertidamente que estou completamente por fora. É que tudo que li, assisti e ouvi neste breve-longo ano de 2011 não entrou nas ditas campeãs de audiência. Descompasso total? Não importa. Já que sou vaidoso o suficiente, farei a minha lista de “melhores”. Alguns não necessariamente lançados em 2011.
Alias pra que se importar com o ano do lançamento? O que é bom dura pra sempre.

Livros:

Li muita coisa interessante da minha área: História, Economia, Politica e Filosofia. Não vou bancar o chato e falar de todas. Só gostaria de compartilhar um em especial chamado “A Condição Pós-moderna”, de David Harvey. Com um texto muito bem situado, tratando de temas como cultura, arte, arquitetura, urbanismo, cinema, tempo e espaço, Harvey se situa além da idéia de pós-modernidade como uma mera etapa da modernidade. Trata-se portanto de uma desconstrução modernista de um discurso. O materialismo histórico é usado aqui para analisar um contexto apresentado como “ahistórico”. 

O Despertar dos Mágicos (no original em francês, Le Matin des magiciens) de Louis Pauwels e Jacques Bergier, foi uma grata leitura neste ultimo semestre. Não se trata de ficção e nem estudo cientifico (a linguagem é narrativa). Os autores saíram descrevendo vários fenômenos paranormais com temas como a alquimia, sociedades secretas, civilizações perdidas, o estranho, as religiões e as ciências ocultas ou esotéricas, com base em provas antigas (como o Mar Morto), livros de pesquisa de autores reconhecidos ou não, revistas e livros sobre ficção científica ou literatura de fantasia. Uma bela crítica ao cientificismo do seculo XIX.
Bem não dá pra comentar profundamente sobre tudo que li em 2011. Vai aí então a listinha resumida dos melhores do (meu) ano.

Como Perdi Meu Tempo, Raul Matéos Castells. Memória escrita de forma bastante sarcástica por um sociólogo e militante politico no Brasil dos anos 50 e 60.

Honoráveis Bandidos, Palmerio Doria. Livro-reportagem sobre a trajetória politica de vocês sabem quem: Dom José de Ribamar Sarney & famiglia.

O cemitério de Praga, Umberto Eco. Texto de belíssima construção histórica, traz uma narrativa em três vozes sobre um antissemita falsário nascido no seculo XIX.

Ensaio Biográfico, Jorge Luis Borges. Sem maiores comentários. A escrita de Borges é encantadora. Simples no limite.

O monstro Souza. Bruno Azevedo & Gabriel Girnos. Delirante história cheia de referências pop que todos vão reconhecer na hora (principalmente quem conhece São Luís/MA).

Diário de um fescenino. Ruben Fonseca. Magistralmente visceral. Fonseca nunca me decepcionou. Pena eu ter demorado tanto para ler este mais recente trabalho de erudição e ironia.

A Guerra do Fim do Mundo, Mario Vargas Llosa. Romance “acachapante” sobre a Revolta de Canudos. O autor dá uma dimensão incrivel à história de Antônio Conselheiro, em que personagens de carne e osso, alguns reais, outros imaginados, empreendem uma saga sem paralelos na história do país.
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