QUEM MATOU BELIZIO RIBEIRO E A INDIGUINAÇÃO DO POVO DE IMPERATRIZ

O Bairro da Caema possui cerca de 10 mil habitantes e abriga diversas mazelas sociais, tais como falta de saneamento básico, poucas condições de sócio-interação, falta de espaços de lazer e educação, entre outras características de quem reside no meio urbano e não possui acompanhamento do poder público. 

Como exemplo há o alto índice de favelização constituindo parte da comunidade e o alto índice de criminalidade. A problemática ambiental é outro fator importante que merece menção, visto que a comunidade mora às margens do Rio Tocantins. Onde estão às mudanças prometidas por esta gestão na parte de infraestrutura e meio ambiente, por exemplo? Só pra falar de um caso: a regularização fundiária dos nossos bairros permanece esquecida e sem organização. Aos sem teto nada, não se tem projeto, aos que conseguiram sua casa fica a impossibilidade de obter a regularização em cartório. 

Faltam políticas públicas na área de Cultura e Educação, etc.

O sentimento que experimento ao avistar de longe o Bairro da Caema esparramada pelo leito do Rio Tocantins é idêntico ao que sinto quando olho nos filmes e documentários o bantustão de Soweto,  gueto negro formado a pulso pelo regime racista do apartheid na África do Sul a partir dos anos 50 no sudoeste de Joanesburgo.

Tanto aqui como lá, a estratificação social é clara. Isso chega a dar medo. A falta de projetos para garantir mobilidade social, quer seja na área de cultura, quer seja na área de educação me assusta e me causa asco cada vez que vejo os porta-vozes políticos dos ricos na têve dizendo que vai tudo muito bem.  Eis os reais assassinos do líder comunitário Belizio Ribeiro .

Segue abaixo a transcrição de algumas opiniões de cidadão(ãs) de Imperatriz sobre Belizio. Vai em paz irmão! Fostes um guerreiro em vida...

Pastor Luiz Carlos Porto (ex vice governador) “Fiz uma menção ao amigo BELIZIO. Ontem, na caminhada da Beira Rio, minha esposa e eu encontramos e cumprimentamos o BELIZIO. "Boa noite, casal abençoado", foi o que ele nos disse. Um garçom do povo. Viveu para servir o próximo”.

Lenir Lima da Silva (Editora do Jornal de Porto Franco) “ (Belizio) era um batalhador, o conheci ainda adolescente, em Tucuruí. Lamentável!

Elson Araujo (jornalista) “Uma barbaridade sem tamanho. O Belízio era engajado na vida da comunidade...Lamentavel...”

Waci Freitas de Oliveira (Jornalista) “Estivemos sexta feira na confraternização do PRB (ele era filiado), lá na AABB e estava muito feliz e otimista com este novo ano.. não merecia isso!”

Conceição Amorin (Assistente Social) “Até quando o Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, o Conselho Tutelar, O Ministério Púbico, a Defensoria Pública estadual, o Juiz da Vara da Criança e Adolescente e a sociedade continuaram suportando o descaso do Poder Público estadual com a falta de condições da FUNAC de Imperatriz Maranhão? Será meu povo que o Belizio perdeu sua vida em vão?

Edna Monteiro (Empresária) “Já que o poder publico nunca faz nada,nós sociedade civil temos que nos mexer porque os menores que cometem os crimes mais bárbaros e fica por isso mesmo. afinal na justiça eles são sempre beneficiado.”

Adilene Souza Ramos (Advogada) “Belisio, de 35 anos, era líder comunitário muito conhecido e querido. Não dizia não a quem quer que o procurasse. A prova do quanto era querido é a permanente multidão de amigos e vizinhos solidarizando-se durante seu velório.”