3 de outubro de 2011

O QUE MUDOU DO PRIMEIRO ROCK IN RIO PRÁ CÁ?

Guitarras estridentes, caras de mau, dedos fazendo o sinal do capeta, cabeludos, garotos e garotas. Assim era o cenário do primeiro Rock in Rio ocorrido em 1985. O contexto social era de reabertura da democracia e transição controlada do regime militar para a volta do pensamento republicano (mesmo que de forma limitada).

Ontem a noite, ano de 2011, olhando o clipe elaborado pela Rede Globo dos melhores momentos desta edição do festival fico pensando nas imagens que vejo: Guitarras estridentes, caras de mau, dedos fazendo o sinal do capeta, garotos e garotas. O contexto social é de franco aprofundamento do nacional - desenvolvimentismo, que cerca cada vez mais o meio ambiente em nome do progresso. Afinal qual a diferença mesmo entre o primeiro e este ultimo festival?

Ora, tirando os contextos sócio-politicos de cada tempo não existe grandes mudanças entre 1985 e 2011. Nas redes sociais e em especial o Facebook percebo a “indignação” de alguns com relação a programação e o contentamento e júbilo de outros. Talvez esteja aí uma das grande diferenças de 1985 pra os dias de hoje: A tecnologia possibilita maiores possibilidades de se dizer o que pensa.

Aliás o poder da comunicação digital é fantástico. Me surpreendi com a repercussão dos comentários da cantora de axé Claudia Leitte sobre o Rock In Rio (muito gente criticou e odiou a presença dela no Festival):

"Não gostar de Axé é normal! Anormal é achar-se superior porque conhece John Coltrane ou porque adora o Metallica. Procurem no Google sobre a história de um ariano que se achava superior aos judeus… Há tanto por fazer. E pessoas com voz ativa, com acesso à internet, manifestam-se como se fossem melhores que as outras só porque curtem o LED ZEPPELIN… Hein?"

Desde já esclareço que não assisti o show dela e nunca ouvi nenhum de seus discos. Mas analisando a figura percebe-se que ela tem toda a pinta de superstar dessas tipo Rihana e Britney Spears: letras futéis sobre o nada, canta e dança pra caralho, além de belas pernas.

Fiquei a refletir: Porque tanto preconceito com relação a Claudia Leitte? Será a velha desconfiança herdada desde a colonização que aponta um tipo de “Brazil” pardo que não queremos assumir (mesmo que esta seja branca, bem tratada, bem educada etc)?

Afinal de contas a classe C precisa saber da “piscina, da katirina, da margarina” - mesmo que ainda não saiba nem pegar nos talheres ou diferenciar “System Of Down” do “Metallica”?

Elucubrações a parte me parece que a única diferença entre os medalhões de outrora e os mais novos é tão somente o tempo na vida em que cada um aparece para nós. Existe mesmo um abismo enorme que divide as teens doidas pelo Justien Bieber e as milhares de fãs com cabelo engraçado correndo atrás dos Beatles?
Jogar tomates nos ídolos atuais pela devoção de seu público é bobagem. O Restart é tido como a onda do momento e tudo aquilo que os pais atuais não querem que seus filhos sejam. Pra quê coisa mais rock in rol do que isso?

Infelizmente temos muitos trintões (e quarentões) por aí que já saíram da adolescência mas não admitem. Trocando em míudos: Se você não é mais adolescente o problema é seu!
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8 comentários:

Anônimo disse...

O Rock morreu, a Regina Casé venceu!

Torcia para o Bahia quando ele tava na terceira, não é isso que vai me fazer desgostar do meu bom velhinho, rock'n roll! Mas se esse for o caminho daqui pra frente, que seja! Boa sorte para as novas gerações!


Cairo - Ilheus BA

Anônimo disse...

Vamos ser realistas: Led Zeppelin é uma melda líquida. Só alguém que sofra de retardamento mental consegue aguentar aquelas letras bobinhas e aquela masturbação musical tendo mais de dezesseis anos de idade.

Heavy Metal é coisa de molequinho bûnda-mole que não é macho o suficiente para virar punk e ter que encarar skinhead na rua, daí bota uma camiseta preta, deixa o cabelo crescer e fica fazendo chifrinho por ai.

E como todo mundo sabe, o Rock in Rio não é examente um festival de música, está mais para um playcenter musical. A música em si é apenas um detalhe do espetáculo, a maior parte está ali mais para farrear e aparecer.

Amanda Oliveira - Estudante de Jornalismo - Faculdade São Luis

Anônimo disse...

Vamos ser realistas: Led Zeppelin é uma melda líquida. Só alguém que sofra de retardamento mental consegue aguentar aquelas letras bobinhas e aquela masturbação musical tendo mais de dezesseis anos de idade.

Heavy Metal é coisa de molequinho bûnda-mole que não é macho o suficiente para virar punk e ter que encarar skinhead na rua, daí bota uma camiseta preta, deixa o cabelo crescer e fica fazendo chifrinho por ai.

E como todo mundo sabe, o Rock in Rio não é examente um festival de música, está mais para um playcenter musical. A música em si é apenas um detalhe do espetáculo, a maior parte está ali mais para farrear e aparecer.

Amanda Oliveira - Estudante de Jornalismo - Faculdade São Luis

Antonio Fabrício disse...

Péssima análise... Tenta outra.

Thunderbird disse...

Caro Carlos Leen

Não existe nenhum preconceito em relação a CL e sim uma reação contra a sua postura de pretensa cantora, querendo nos impor ser uma diva que não é. Voz? Não existe. Afinação? Não existe. HUmildade? Não existe. E por aí vai... Na verdade o que existe é apenas uma presença cênica que agrada à primeira vista. As pessoas colhem o que plantam. Não duvide do mesmo ocorrer no PopSP. Quem sabe uma orientação publicitária na condução de sua postura diária amenize a reação popular? Ou uma auto-análise voltada para seu interior a faça modificar-se um pouco como ser humano? Fica aquí a sugestão.

Carlos Leen Santiago disse...

Pow Thunder , grande honra recebe-lo naqui no meu humilde espaço.
Volte sempre ! Grato pelos esclarecimento, não conheço e nem aprecio o trabalho de Claudia. Mas a respeitu-o como ser humano e artista.

Anônimo disse...

Prezado Carlos Leen, Gostaria de lhe sugerir que abordasse mais assuntos locais, do nosso cotidiano. Estamos órfãos de um canal de comunicação, pois aqueles que se intitulam de imparciais não resistiram a força do $$$. Temos em você a honrosa alternativa, por isso a minha sugestão. Você merece os nossos parabens. Obrigado e um abraço.

Anônimo disse...

A nossa cidade tem uma Banda Musical que bem retrata a realidade dos sofridos imperatrizenses. TADIM DE NÓS.