O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) informa à sociedade em geral que a greve da categoria continua forte e por tempo indeterminado em todo o Maranhão.
Nesta terça-feira (11), décimo quinto dia de greve, apenas o Bradesco e o HSBC estão funcionando normalmente no Estado, em virtude de liminares que impedem o Sindicato de paralisar as agências.
Os demais bancos continuam sem atender o público em São Luís. No interior, o movimento se intensificou e grande parte das agências foi fechada.
O presidente do SEEB-MA, José Maria Corrêa Nascimento, alerta os bancários em greve que não se intimidem com as ameaças dos bancos.
“Não se submetam à pressão dos bancos, ignorem ligações convocando-os a voltarem ao trabalho. Nossa greve é forte, legal, justa e legítima. O fim do movimento só será decidido em assembleia da categoria, com a apresentação de uma nova proposta pelos patrões, no mínimo equivalente aos acordos fechados com o BRB e Banpará, de forma alguma, pela decisão unilateral de um banco” – afirmou.
José Maria ressaltou ainda que a culpa pela continuidade da greve é dos banqueiros e do Governo Federal. “A categoria tem mostrado interesse em retomar as negociações, mas a classe patronal se mantém calada, sem manifestar qualquer intenção de negociar e encerrar a greve” – destacou o presidente.
No dia 29 de setembro, a Fenaban assumiu um compromisso público de dar continuidade às negociações, mas, até hoje, nenhuma reunião foi marcada, o que só comprova o total desrespeito dos patrões com os bancários, os clientes e a sociedade brasileira.
Apesar da postura intransigente dos banqueiros e do Governo Federal, os bancários reiteram que estão abertos ao diálogo e dispostos a retomar de imediato as negociações. Basta os patrões apresentarem uma proposta que atenda as reivindicações da categoria.
No último dia 26, o Banco Regional de Brasília fechou acordo com seus empregados, ao oferecer um reajuste de 17,45%, índice duas vezes maior que os 8% oferecidos pela Fenaban na última rodada de negociação.
Segundo José Maria, “se um banco regional pôde oferecer 17,45% de reajuste, quanto os bilionários bancos federais e privados podem oferecer aos bancários de todo o país?”. Para o presidente, a resposta é simples: “no mínimo, o mesmo reajuste, mas o problema é que os patrões não querem abrir os cofres, prolongando a greve e prejudicando a todos” – criticou.
Os bancários do Maranhão reivindicam reajuste salarial de 26%, isonomia de direitos,jornada de 6 horas para todos, recuperação das perdas salariais acumuladas, mais contratações, combate ao assédio moral, segurança, melhores condições de trabalho e atendimento digno para os clientes.
Fonte: SEEB-MA
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