1 de maio de 2011

Os professores e o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador


Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador? E faz diferença saber? O certo é que provavelmente enquanto escrevo essas mau traçadas linhas, comemorações e cerimônias acontecem pelo país todo, bancadas ou não por centrais sindicais atreladas ao governo, que apoiadora do sistema capitalista, arrocha, explora e por vezes ajuda a criminalizar os próprios trabalhadores

Neste sistema dito capitalista, os trabalhadores produzem a riqueza, aumentam a produtividade de bens, mas estão excluídos da possibilidade de aproveitá-las em sua totalidade. Salvo possuir um carro, celular, note book etc. Concessões mínimas para poucos.

O trabalho que deveria ser porta de entrada para a felicidade e a transformação do homem e da natureza por vezes torna-se num aprisionamento dos indivíduos, uniteralizando-os, alienando-os, e infelicitando o ser social.

Há, portanto aqui uma dupla dimensão presente na dinâmica do labor – uma que constrói, que cria, humaniza, liberta, mas também uma que submete, aliena, escraviza.

Dotar de sentindo a condição humana é parte constitutiva do trabalho. Uma conscientização de classe que supere o conformismo se faz imprescindível. Trabalhadores sindicalizados ou não permanecem acreditando nos discursos patriarcais do Estado, que quase sempre, mente, manipula e desmobiliza em nome dos interesses patronais minoritários e do grande capital.

Marx em sua brilhante análise contida nos Manuscritos Econômicos e Filosóficos avalia que nas condições do trabalhado no sistema capitalista, os trabalhadores tornam-se também mercadoria, entes estranhos a si mesmos, e o que deveria ser gênese de humanidade se transforma em ‘desrealização do ser social”.

Dentro desse processo, os professores são peça-chave. Eles que qualificam a mão-de-obra necessária para a reprodução do capital ao mesmo tempo em que desenvolvem enorme riqueza com os conhecimentos adquiridos e repassados. Os trabalhadores da educação são relegados a formar o exercito de reserva necessário para se viver às mazelas do trabalho precário.

Condição sine qua non para se perpetuar a exploração, a qualificação da mão de obra barata, ainda não foi sequer percebida por este governo de Dona Roseana Sarney Murad. Ela prefere depreciar mais ainda a classe docente corroborando para um tom de feudalismo que não cabe nessa atual conjuntura econômica de capitalismo financeiro.

O aumento da violência, da prostituição, do trabalho escravos e de tantas outras mazelas estão diretamente ligadas com o problema da educação, que só poderão ser superadas com o aprofundamento das idéias socialistas.

Como diria Sebastião Salgado: “Somente os trabalhadores serão capazes de criar um novo mundo, revelar a nova vida, recordar que existe um limite, uma fronteira para tudo, menos para o sonho humano. Moldar com as mãos o mundo, revelar com os olhos a vida, recordar nos sonhos aquilo que virá”.

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