Um, apegado ao poder a qualquer custo (se precisar mudar as regras do jogo para ganhar a consulta, como já se fez, muda-se!), à bajulação do governante de plantão (seja FHC–Lula–Dilma, seja Roseana Sarney–José Reinaldo–Jackson–Roseana Sarney), à gestão obscura das fundações Sousândrade e Josué Montelo, à gestão antidemocrática da universidade, à concepção fast food da educação superior, voltada para os interesses do mercado.
Outro conjunto de forças comprometido com a resistência ao processo neoliberal que se alastra dos organismos internacionais às universidades brasileiras, defensor de uma consulta universitária que se encerre em si mesma, de gestão participativa-transparente-democrática da universidade, que não aderiu às benesses do poder Lula-Sarney, que constrói a universidade de qualidade no cotidiano da produção científica, que não se deixa cooptar e mantém a autonomia de suas entidades representativas.
Não há meio termo. Não há conciliação entre essas duas concepções de universidade. A eleição de reitor não pode ser uma dívida a ser paga do processo eleitoral externo à UFMA ou pelas bolsas estudantis recebidas do reitor ou pelo apoio a projetos de pesquisa, obrigação de uma instituição que se pretende referência na construção do conhecimento. Um bloco é expressão da aliança tucano-roseanista, sob apoio de setores lulistas. O outro bloco, é a afirmação das forças da autêntica esquerda universitária.
A próxima administração superior da UFMA NÃO PODE ATRELAR O FUTURO DA UNIVERSIDADE À ILUSÃO DO REUNI, como faz a atual administração. A implementação do projeto do governo federal para a universidade pública escamoteia o debate de seu desmonte com o projeto de expansão das vagas via REUNI, sem a previsão de recursos suficientes que acompanhe esse processo, resultando em salas superlotadas, quadro de professores insuficiente, falta de assistência estudantil etc. Esse quadro tende a se agravar, uma vez que, com o corte de mais de R$ 50 bilhões anunciados pela presidente Dilma, não se terá recursos suficientes para sanar os problemas da universidade pública brasileira, como também haverá dificuldades de concluir as obras iniciadas. Nesse contexto, O ENSINO À DISTÂNCIA NÃO PODE SER A BASE DA EXPANSÃO DA UNIVERSIDADE.
A próxima administração superior da UFMA NÃO PODE SILENCIAR ANTE À CORRUPÇÃO INSTALADA NA CONCESSÃO DE BOLSAS DA FAPEMA; NÃO PODE SER FICHA SUJA, com suas contas rejeitadas; NÃO PODE GESTAR OS RECURSOS PÚBLICOS A SEU BEL-PRAZER, sem consulta à comunidade acadêmica; ser intransigente e interditar o debate democrático dos rumos da UFMA ou intervir nas organizações representativas da comunidade, buscando sua cooptação; NÃO PODE MANTER ESSE PROCESSO DE ESCOLHA ANTI-DEMOCRÁTICO DE SEUS DIRIGENTES, ainda resquício da Ditadura Militar, sob o voto de uma consulta que pode simplesmente ser desconhecida pelo Conselho Universitário, como já ocorreu na UFMA pouco tempo atrás.
Diante de tudo isso, não há o que titubear. Para garantir a continuidade da luta e a resistência na UFMA, O PSOL MANIFESTA SEU APOIO ÀS CANDIDATURAS DAS PROFESSORAS SIRLIANE E CLÁUDIA DURANS. Para o PSOL, votar em uma delas é votar pela UFMA comprometida com a mudança na educação superior maranhense. Pela força da mulher, um caminho autônomo e de resistência à gestão da UFMA!
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