Alguns analistas políticos ligados a Brasília avaliam que o caráter conservador tanto de Sarney quanto dos tucanos é a única justificativa sólida para o apóio. Em 2008 o mesmo cenário aconteceu e do ponto de vista da oposição não houve avanços significativos nem sequer com a denuncias de irregularidades na gestão da Casa, entre elas de participação no caso dos atos administrativos não publicados - conhecidos como atos secretos envolvendo o ex-governador do Maranhão, peemedebista, Jose Sarney.
Já o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL, mostrou firmeza e coerência, ao demonstrar que não existe unanimidade em torno do desgastado nome de Sarney, e apresentou-se como um anti-candidatura de uma anti-eleição, lembrando a luta de Ulysses Guimarães em 1973, Nessa época, Ulysses liderava um PMDB que ainda se chamava MDB. Sarney militava na Arena, o partido do regime militar. Ulysses lançou-se na corrida presidencial. Sabendo-se derrotado, discursou assim na convenção do MDB, em 23 de setembro de 1973: "Não é o candidato que vai percorrer o país, é o anticandidato, para denunciar a anti-eleição, imposta pela anti-Constituição".
Segundo Randolfe, o PSOL não é movido a caprichos. O partido se dispôs a apoiar “outro candidato mais viável, que encarne a mudança”.
Nesta sexta ultima (28), o próprio Randolfe abriu diálogo com colegas de outras legendas. Procurou Lindberg Farias (PT-RJ) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Demonstrou ser respeitado ao receber votos de Roberto Requião, Cristovam Buarque e Pedro Taques, todos estes declarados. No seu twitter declarou que “Nossas posições foram recebidas com respeito pelo conjunto dos senadores” e “O mais importante foi que apresentamos um programa das urgentes reformas éticas que o senado presisa”.
Senador Randolfe Rodrigues, Psol do AP.
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