2 de fevereiro de 2011

Randolfe cresce politicamente e tucanos votam em peso para eleger José Sarney presidente do Senado


Segundo Álvaro Dias, líder tucano no senado, os votos do PSDB em favor de Sarney são "difíceis de serem compreendidos". "Mas esse é o jogo político daqui, fomos obrigados", completou, dizendo que "não tiveram outra saída". (?)

Alguns analistas políticos ligados a Brasília avaliam que o caráter conservador tanto de Sarney quanto dos tucanos é a única justificativa sólida para o apóio. Em 2008 o mesmo cenário aconteceu e do ponto de vista da oposição não houve avanços significativos nem sequer com a denuncias de irregularidades na gestão da Casa, entre elas de participação no caso dos atos administrativos não publicados - conhecidos como atos secretos envolvendo o ex-governador do Maranhão, peemedebista, Jose Sarney.

Já o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL, mostrou firmeza e coerência, ao demonstrar que não existe unanimidade em torno do desgastado nome de Sarney, e apresentou-se como um anti-candidatura de uma anti-eleição, lembrando a luta de Ulysses Guimarães em 1973, Nessa época, Ulysses liderava um PMDB que ainda se chamava MDB. Sarney militava na Arena, o partido do regime militar. Ulysses lançou-se na corrida presidencial. Sabendo-se derrotado, discursou assim na convenção do MDB, em 23 de setembro de 1973: "Não é o candidato que vai percorrer o país, é o anticandidato, para denunciar a anti-eleição, imposta pela anti-Constituição".

Segundo Randolfe, o PSOL não é movido a caprichos. O partido se dispôs a apoiar “outro candidato mais viável, que encarne a mudança”.

Nesta sexta ultima (28), o próprio Randolfe abriu diálogo com colegas de outras legendas. Procurou Lindberg Farias (PT-RJ) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Demonstrou ser respeitado ao receber votos de Roberto Requião, Cristovam Buarque e Pedro Taques, todos estes declarados. No seu twitter declarou que “Nossas posições foram recebidas com respeito pelo conjunto dos senadores” e “O mais importante foi que apresentamos um programa das urgentes reformas éticas que o senado presisa”.


Senador Randolfe Rodrigues, Psol do AP.

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