6 de outubro de 2010

Os desafios daqui pra frente para quem deseja um Maranhão diferente

Caros companheiros (as) depois do resultado destas eleições, é hora de sentarmos e começar a discutir estratégias para os próximos embates que virão. Elenquei algumas tarefas a serem analisadas á partir das nossas conversas preliminares e também das opiniões de pessoas ligados aos movimentos sociais e partidos de esquerda no Estado.

A primeira delas é retornar às bases, ou seja, recuperar o trabalho de conscientização, de organização dos estudantes e trabalhadores, buscando através dos seus espaços de vivência (trabalho, escola e moradia), estimular a reflexão e a necessidade de mobilização, de luta. O sentido coletivo da política por ora precisa ser recuperado através dessas lutas sociais. Com isso estaremos contribuindo para que o nosso povo tenha suas condições de vida garantida. Só assim criaremos condições reais para modificar objetivamente a história.

Segundo, precisamos construir condições para formar e capacitar nossos militantes. O desânimo que a vitória da oligarquia causou não pode nos retardar. É necessário formar grupos de estudo e núcleos de formação política para entender a complexidade deste momento histórico no Maranhão e a transição do governo Lula.

Terceiro: A Comunicação. Precisamos centrar forças em alternativas de comunicação de massa próprias. Rádios, TV’s, jornais, revistas, internet, rede de blogs etc. Assim, poderemos enfrentar o verdadeiro monopólio das comunicações sob o controle da classe dominante no Maranhão.

A quarta questão é estimular amplamente um debate sobre que tipo de projeto de desenvolvimento nós queremos para o país e para o Maranhão. É inadmissível falar em crescimento e progresso da economia, somente. Crescimento para quem e para quê? Esse deve ser o cerne da questão. O Maranhão precisa imediatamente de um projeto que seja justo e igualitário, para que possamos enfrentar nossos problemas estruturais.

É necessário ter meios para construir e mobilizar as organizações de juventude, pastorais e estudantis. Quinta tarefa: Essa juventude deve ser conscientizada e organizada, quer seja no campo ou na cidade. Os jovens, por terem maior abertura para idéias novas, serão sempre a geração desvinculada dos velhos vícios e poderão sonhar e construir um futuro melhor e mais justo.

Por fim, ressalto que o poder da oligarquia política está alicerçado no poder econômico. Temos que ter em mente que o Estado maranhense é construído com o dinheiro público e que os desvios de verbas financiam campanhas que terminam em negócios no aparelho do Estado e na sua transformação em um instrumento privado, decadente e apodrecido.

Temos que estabelecer uma mudança profunda dessa lógica, dialogando com o povo e denunciando aos quatro cantos do mundo esta situação. Desta forma, motivaremos uma ruptura democrática desse ciclo de ferro: dinheiro promove mandatos corruptos, que promovem corrupção, que promove mandatos corruptos, que mantêm o poder da oligarquia política no Maranhão.

Quebrar este ciclo, debater isto com a população maranhense e propor um processo de transformações dessa estrutura de Estado em direção à Democracia e à Soberania Popular - Este é o desafio, esta é a nossa luta!

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