31 de julho de 2009
28 de julho de 2009
Trabalhadores receiam despejo violento no Maranhão
Mais informações:
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=7119 ou clique no tituo desta postagem
EMISSORA: Oligarquia Sarney poderia perder a Mirante...?
27 de julho de 2009
MST ocupa a fazenda do juiz acusado de manter trabalhadores escravos no MA
Segundo o advogado do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, de Açailândia, Nonnato Masson, existe ainda uma denuncia do próprio Ministério Publico com base no relatório de fiscais do Ministério do Trabalho, dando conta de que em fiscalização realizada em setembro de 2007 na fazenda Por do Sol encontravam-se trabalhadores em situação degradante em sistema de servidão por dívidas, entre eles um adolescente de 15 anos de idade proveniente da cidade de Alto Alegre do Pindaré.
Cerca de 300 trabalhadores rurais agora nesse exato momento encontram-se dentro da fazenda Por do Sol, e segundo Regilma Santos, integrante do movimento, os trabalhadores querem mostrar que a fazenda pode ser desapropriada para que as terras possam ser utilizadas na reforma agrária.
Por uma frente classista e socialista nas eleições de 2010!
"As eleições de 2010 já começam a centralizar a vida política do país. Por um lado, o governo, fazendo todos os esforços para adiar os piores efeitos da crise econômica e se apoiando na popularidade que ainda tem para emplacar Dilma Rousseff como continuidade do projeto petista. Do outro, a oposição burguesa (PSDB e DEM), buscando capitalizar o possível desgaste de Lula em função da crise, fazendo críticas as corrupções do governo petista e apostando na falta de memória do povo, tentará voltar ao poder com Serra ou Aécio.No entanto, o mesmo programa capitalista une esses dois campos. Todos defendem a continuidade do plano econômico de Lula, que era o mesmo de Fernando Henrique Cardoso.
O petista era amigo de Bush e é “o cara” de Obama. FHC era também o queridinho dos governos imperialistas. Esses dois pólos burgueses se juntam também na corrupção, como se manifestou no mensalão de Lula e na farra das privatizações de FHC. Agora mais um exemplo: Sarney se mantem no cargo pelo apoio direto do governo, mas por que tanto o PSDB como o DEM também se beneficiaram dos atos secretos no Senado.A dura luta é para ver de quem é a vez de assaltar os cofres públicos. Já está armada, portanto, mais uma falsa polarização eleitoral entre dois setores burgueses com o mesmo projeto para o país.
Os governistas (PT, PCdoB, PDT, PSB) vão se utilizar do medo da “volta da direita” ao poder. Na verdade, eles também fazem um governo de direita, com vantagens para a burguesia, mas os trabalhadores se iludem pensando que está do seu lado.A oposição de direita vai querer apostar na falta de memória do povo, no esquecimento do desastre que foi FHC. Dessa forma, José Serra ou Aécio vão aparecer como novidade.A tragédia é que esses dois campos podem continuar majoritários nas eleições de 2010. O governo já demonstrou que pode seguir ganhando, apesar da crise econômica. As eleições europeias mostraram também que o desgaste de partidos social-democratas, como o PT, pode ser capitalizado pela direita e não pela esquerda.É fundamental, portanto, articular com todas as nossas forças um terceiro campo, dos trabalhadores. A fragmentação da esquerda pode favorecer essa falsa polarização. O PSTU chama o PSOL e o PCB, junto com os ativistas do movimento sindical, popular e estudantil, a compor uma frente eleitoral classista e socialista para as eleições de 2010..."
O texto acima me chegou pelo e-mail, enviado pelo companheiro Italo Bolcho, da Secretaria de Juventude do Pstu Nacional. Otima ideia.
É hora de unir os socialistas na luta e nas eleições.
26 de julho de 2009
Da greve ao mundo: carta das vítimas da Vale no Canadá
Nós trabalhadores da Vale-Inco fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para evitar a greve.Nós sabemos o quão difícil isso será para nossos membros e suas comunidades. Mas nós também sabemos o quão difícil seria se tivéssemos aceitado as propostas da companhia para uma reestruturação dramática a longo-termo, com cortes em nossos direitos.Esta rodada de negociações tem sido como nenhuma outra se comparada às negociações anteriores com a Inco. Vale, a nova proprietária, que é atualmente uma multinacional brasileira altamente rentável, escolheu usar a crise econômica mundial como uma falsa desculpa para impor cortes profundos e a longo prazo que, se implantados, provocarão sérios abalos no orçamento das famílias que compõem as nossas comunidades.O fato é que, nos últimos dois anos, as operações na Província de Ontario têm rendido à Vale o dobro de lucro que a Inco tinha extraído de lá nos 10 anos anteriores.Nós compreendemos que estes são tempos difíceis, e nós levamos isso em conta durante todo o processo de negociação. Contudo, o foco da Vale não tem sido buscar maneiras de superar esses tempos difícies. (Considerando que eles têm em caixa 22 bilhões de dólares americanos em ativos, pode-se ver porque eles não estão tão preocupados assim com essa questão tal como nós pensávamos que eles estariam).Ao contrário, o maior enfoque deles tem sido na redução dramática de um benefício cujo pagamento não se daria nestes tempos difíceis atuais (ou em nenhum outro período de dificuldades financeiras).O "nickel bonus" se trata de um mecanismo inovador desenvolvido por Inco e USW para permitir aos trabalhadores compartir os benefícios em tempos de prosperidade e para ajudar a proteger a companhia em períodos difíceis. O fato de a Vale estar atacando esse mecanismo (que atualmente não lhe custa absolutamente nada) mostra que eles estão baseando suas ações na crise econômica atual.Vale está se aproveitando deste momento para atacar e tentar acabar com um mecanismo justo, sabendo que os bons tempos voltarão.Ao mesmo tempo, parece que Vale tem como política dar a seus mais altos diretores parte de seus lucros agora mesmo. O pagamento dado a seus seis maiores executivos aumentou em 120% nos últimos dois anos (de 2006 a 2008).Vale ainda insiste que necessita impor essas restrições radicais a seus trabalhadores canadenses.Nós acreditamos que toda pessoa que vive ou trabalha nas comunidades de Sudbury, Port Colborne e Voisey’s Bay tende a compreender que a saúde e a viabilidade de sua comunidade está sendo colocada sob ameaça.A Vale Inco está apta para sobreviver a esse período de recessão. Seus lucros respondem facilmente a essa questão. A verdadeira questão é se nossas famílias seguirão mantendo seus padrões de vida atuais de "classe-média", quando nós sairmos dessa recessão.Para o Canadá, a questão que se coloca é se nossos recursos naturais, e as difíceis e perigosas tarefas envolvidas na sua extração, podem prover a famílias confiáveis e trabalhadeiras uma "compensação de classe-média".Não está correto que companhias estrangeiras, que extraem recursos naturais canadenses e através disso obtêm lucros tão exorbitantes, não proporcionem às nossas famílias e comunidades uma renda segura e justa.Nós pedimos e agradecemos o seu apoio.
25 de julho de 2009
Em breve na cidade o site PRAÇA DA CULTURA
Na verdade não é o site da praça mais cultural de Imperatriz (cujo nome verdadeiro é Praça Renato Cortez Moreira), mas sim uma pagina na web que disponibilizará aos usuários informações e entretenimento ligadas as questões artísticas e culturais de todos os segmentos sociais. Tanto de Imperatriz e região.
O nome foi tirado numa clara alusão ao diversos eventos e condições simbólicas as quais a Praça da Cultura é ligada, pois é lá que temos a Academia de Letras, era lá que rolava as saudosas Feiras de Artes (descanse em paz), os shows alternativos, o carnaval tradicional, o chamado “bobodromo” da cidade e afins.
Aproveitando toda essa carga histórica, um grupo de malucos ligados ao movimento cultural, estará oficialmente pondo na rede mundial de computadores o melhor de nossa terra e de nossos artistas, alem de dicas culturais, Historia, as ultimas informações sobre o Fórum de Cultura, Sistema Municipal de Cultura, Conferencia de Comunicação, Lei Rouanet, Editais e toda uma serie de imagens e textos ligados aos fazer artístico: Artes Visuais, Cultura Popular, das quebradeiras do coco e etc.
A equipe de colaboradores já está sendo formada e se você tem alguma contribuição envie sua idéia para o endereço eletrônico: pracadacultura@yahoo.com.br, ou aguarde o site está no ar, haverá muito espaços pra boas idéias.
23 de julho de 2009
22 de julho de 2009
Programações culturais da UFPA são canceladas por morte de estudante
20 de julho de 2009
Por uma Universidade da Região Tocantina
Segundo o renomado economista Ladislau Dowbor, em seu livro “O que acontece com o trabalho?” (2006), essas mudanças na configuração econômica representam uma verdadeira revolução, não mais como “revolução da infra-estrutura”, como a ferrovia ou o telegrafo, ou de maquinas, mas de sistemas de organização do conhecimento, ou seja, é a própria forma de se inovar tecnologicamente que está sendo revolucionado.
Essa mudança surge de forma sensivelmente ligada à necessidade de se apresentar novas relações econômicas, de se vencer os desafios ligados à condição do homem na natureza e na sociedade. Que seja capaz de produzir e gerar riqueza de forma sustentável, que apresente um desenvolvimento social e vença os diversos desafios que são impostos pela ciência. Afinal o mundo mudou muito desde a era da Revolução Industrial, não dá mais pra se poluir tanto com outrora, por exemplo.
Inicio este texto com algumas dessas considerações para ilustrar e sustentar a tese que mais adiante tratarei melhor. Vamos agora a segunda parte da analise, e que servirá também de arcabouço teórico.
Imperatriz representa hoje não apenas a segunda cidade do Estado do Maranhão. Sabe-se claramente que alem de um ser um dos principais pólos econômicos do Nordeste, entre os 20 municípios nordestinos com o maior PIB, a cidade possui o diferencial de ter seu mercado alargado a mais de 80 municípios, segundo o historiador Adalberto Franklin, Imperatriz exerceria sua influencia direta num raio onde residiria cerca de 1,6 milhões de habitantes. Com 157 anos de emancipação (bem completados agora), a cidade é um grande centro comercial e distribuidor, atacadista e varejista, possuindo um elevado consumo de bens e serviços, onde as pessoas visitam para comprar, vender, tratar-se medicamentosamente, utilizar serviços jurídicos e outros.
Não obstante a tudo isso, a cidade sofre com a falta de projetos verdadeiramente ligados com as potencialidades econômicas que lhe compete. Os entraves peculiares são na maioria ligados a falta de uma “intelligentsia”, que perceba a necessidade de demandas para melhor aproveitamento de seu potencial produtivo. Isso por que Imperatriz possui em seu entorno (alem de parcerias com as cidades vizinhas) terras agricultáveis de qualidade, um rio fértil e ainda não totalmente poluído, (mas que se encaminha para isso) e principalmente, a vocação comercial e a estrutura necessária para as atividades econômicas semelhantes as grandes metrópoles, como os setores de conhecimento, da tecnologia, do assessoramento, da intermediação e do gerenciamento e comunicação.
Ainda segundo Franklin, em seu livro Historia Econômica de Imperatriz:
“A baixa produção agrícola e agroindustrial, porem, é responsável por uma elevada evasão financeira, fazendo com que o comercio local seja essencialmente, um entreposto comercial de mercadorias produzidas em outras regiões (...) O investimento necessário em tecnologia, subsídios e disseminação de conhecimentos, em médio prazo, seriam muito mais baixos que os dispêndios e concessões dados aos grandes empreendimentos que se instalaram no Estado”.
Esses empreendimentos, diga-se, são na maioria de caráter privado de grande porte, de capital e gerenciamento exterior, e se implantam apenas para drenar as riquezas locais e investir os lucros em outras regiões, apresentando-se com caráter desenvolvimentista, mas que na realidade só empobrecem mais a região. Tornando-a um mero apêndice do mercado.
Abordarei agora a tese de que mencionei anteriormente, e que de certa forma já foi pincelada no texto. Senão vejamos.
Se por um lado, através de projetos que potencializassem a economia local, mudaríamos esse quadro de meros “atravessadores” na economia, por outro com a criação de uma Universidade Federal, autônoma, da Região Tocantina, em Imperatriz, teríamos a possibilidade real de fomentar o conhecimento local, que poderia servir de catalisadora dessa intelligentsia capaz de discutir e encontrar alternativas e caminhos que levem a um verdadeiro desenvolvimento social e econômico da comunidade.
Permitindo também a melhor capacitação, através de concurso publico com a participação e formação de mais doutores e mestres que possibilitaria um retorno cientifico para o estudo de questões proeminentes e característicos dessa região, do sul do Maranhão, mas que são proeminentes de todo o Estado, como: as florestas enérgicas, hidrelétricas, assentamentos, questões da produtividade para agricultura familiar, da saúde, do extrativismo, das questões do turismo, da siderurgia e da celulose.
Explico melhor: a região possui uma agenda própria no que diz respeito a varias dessas questões. Os impactos sócio-ambientais dos grandes projetos, do saneamento, os produtores do terceiro setor nos municípios, quer seja pela siderurgia ou pela indústria da celulose, da agricultura de escala, enfim, todos poderiam utilizar da estrutura da Universidade, no sentido mais amplo que este termo possa ser entendido. Alem disso o setor educacional no nível superior, ganharia mais celeridade, já que não dependeria de uma administração fora da região, diminuindo assim a burocracia estatal e de acesso ao ensino superior. Infelizmente UEMA e UFMA não podem ter essa AUTONOMIA devido a sua própria dinâmica interna, que possui seu maior contingente de mestres e doutores em São Luis, alem de centralizar financeiramente os recursos na capital.
Precisamos articular os diversos segmentos da sociedade e do poder publico e privado em torno desse propósito, criando uma rede de discussões e apresentação da idéia para a totalidade da comunidade. Utilizando os exemplos de Universidades já criadas em outras regiões, e discutindo junto aos parlamentares a viabilidade de uma instituição de ensino superior, que possibilite uma melhor dinâmica de criação de conhecimento para nossa agenda regional e global, que diminua os entraves burocráticos diversos, frutos da falta de uma UNIVERSIDADE de verdade para a região.
A proposta de criação de uma UNIVERSIDADE Federal do Sul do Maranhão deverá ser, portanto, pautada para e pela sociedade, através dos setores dos trabalhadores, dos empresários, estudantes, enfim, todo setor produtivo, envolvendo a totalidade dos cidadãos e cidadãs do campo e da cidade, que acreditam no potencial de Imperatriz e Região Tocantina.
15 de julho de 2009
“Temos guardado um silencio bastante parecido com a estupidez...”
Essas mesmas elites, que ainda estão com muitos representantes no poder (claro, pois como não os te-los? Afinal são 500 anos de historia. , sempre explorando,cooptando dominando etc.), manifestam seu repudio ainda hoje a qualquer tipo de tentativa de mudança no paradigma social dessas populações historicamente roubadas, sempre através de sua impressa comprada com o dinheiro sujo da corrupção e dos golpes a população.
Para finalizar este texto, gostaria de ressaltar que a frase de Galeano está mais atual ainda quando percebemos os escândalos no Senado Federal e a falta de uma mobilização popular para expulsar esses facínoras do poder. Vivemos um Estado de exceção que parece ser por enquanto, via de regra.
8 de julho de 2009
Os sonhos não envelhecem: DCE/JM
E nada mais obvio do que começar falando do início, de como começamos. Afirmo a todos que de forma nada otimista, pois certo sentimento de incredibilidade baixava em nossas cabeças, como se houvéssemos apenas iniciado algo que não podia e nem deveria ser terminado, mas empurrado com os respectivos buchos (metáfora de cachaceiro).
Inclusive, só a titulo de curiosidade, eu deveria ter sido escolhido para pegar a coordenadoria geral da entidade, mas assim que formamos a chapa, percebi que o debate político não era muito bem aceito dentro do grupo inicial (inicial mesmo, porque depois algumas pessoas saíram, outras entraram), explico melhor: a gestão anterior, praticamente abandonou a entidade, ficando a sua frente apenas a companheira Suellen, que não tinha como humanamente levar nas costas toda uma serie trabalhos e empenhos que um DCE do porte do CESI/UEMA necessitava.
Pois bem, talvez o fato de eu ser filiado ao P-Sol, não tenha causado lá muita simpatia entre algumas pessoas que no principio pensavam em utilizar de alguma forma a estrutura do DCE, talvez por época de véspera de eleição, talvez por (anti) simpatia a minha pessoa mesmo, talvez (...)
Afinal, o nome que tínhamos como consenso era o do companheiro do curso de Historia, Iuri Petrus, cinefílo e sem vínculos diretos há nenhum movimento social especifico ou partido político (mas com posições políticas próprias), Iuri não se sentia muito a vontade com a idéia, por uma serie de complexas razões que talvez aqui não caiba enumerar, mas que eram bastante pertinentes para o momento. Na verdade éramos nós, eu e ele, quem nos dispúnhamos a estar puxando o debate e que naquele momento passava por certa apatia por parte dos outros colegas e companheiros.
Lembro-me claramente de ter comentado: “Iuri, pega essa parada aí velho, eu não vou te deixar sozinho”. Talvez quem esteja chegando agora pela UEMA não entenda o motivo de tanta preocupação, mas o fato era que as ultimas gestões tinham caído num total ostracismo, pois os os membros nem sequer terminavam de cumprir o mandato, deixando tudo nas costas do coordenador.
Uma serie de explicações lógicas determinavam esses fatores. O refluxo dos movimentos populares, junto da conjuntura política, por sua vez, ligada à condição de desreferencialização do sujeito ao qual o homem pós-moderno se encontrava, a concepção mediocrizante em que se encontravam calouros graças a falta de formação e informação, era os principais desafios. Não obstante, era também o momento em que os estudantes Brasil a fora ocupavam reitorias para garantir direitos básicos, fazendo com que muitos que diziam estar o movimento estudantil apagado engolissem suas conclusões.
Por aqui sabíamos enquanto gestão, e isso já era consenso, de que não tínhamos condições para tanto, mas que não podíamos deixar as coisas de forma avulsa, solta. Mesmo que para alguns estar no DCE, significava tão somente, tirar a carteirinha de graça, ser convidado pra fiscalizar vestibular e organizar festinhas, para outros haviam possibilidades mais profundas, ligadas há uma espécie de “faro”, que fazia-os ter um sentimento de pertencimento de verdade em relação a própria UEMA. De uma certa responsabilidade em relação a realidade, de não se permitir só estar dentro de aulas, de não ser mais um alienado.
Esses que assim pensavam, ficaram conosco até o final, mesmo em maior ou menor intensidade e é a eles que eu gostaria de dedicar essas palavras, e dizer que a gestão concluiu com sucesso suas intenções, ou seja, não nos furtamos ao desafio, estivemos presente sempre e mesmo com erros e acertos fizemos o debate político, tão necessário, para que o homem perceba sua importância dentro da sociedade e de como esta funciona. Todas as atividades: Simposios, cursos de formação, viagens a congressos, reuniões, atos publicos dentro e fora da universidade, inclusive sediando um encontro NO/NE da Via Campesina, nos fizeram perceber a riqueza e os problemas pela qual a sociedade brasileira perpassa,e se isso não for verdadeiramente o papel do estudante de universidade publica então teremos que inventar novas funções para este ser social chamado "universitario".
Muito embora os problemas estejam longe de serem solucionados, ainda há viva a chama do movimento estudantil dentro do CESI/UEMA, isso já é um começo, pois ela arde tal qual o fogo de monturo, que quando menos se espera surge alto e queimando tudo.
Bem, pra finalizar, gostaria de deixar o texto da companheira do DCE de São Luis Dayse Pestana, acho que de certa forma exprime as dificuldades, que por enquanto ainda passamos.
Esse é o desafio e o fardo do nosso tempo histórico. Não tememos enfrenta-lo
Ps: Presiso citar os companheiros kabecinha, Tabosa (DCE/JM) e Helton da CEMEG pelas contribuições. Gostaria de citar o nome de todos que contribuiram e contribuem de certa forma, mas aí haja dedos pra digitar...
Segue o texto de Dayse na postagem abaixo:
O FANTÁSTICO MUNDO DE BOBY
Assim como nossos pais devem ter comentado sobre a ingenuidade do pequeno Boby, posso também tentar fazer uma análise semelhante quando se trata dos “alunos” desta IES. ÔÔÔHHHH meus pequenos e ingênuos “alunos”, esse sonho de universitário só existe na sua imaginação!
Em uma “universidade” que nega ajuda de custo para estudantes e professores, nega ônibus, qualquer ajuda para transportes, viagens a encontros, congressos, programações culturais de qualquer caráter com argumentos sem fundamento algum, apenas dizendo que uma instituição de ensino superior não tem dinheiro em caixa, ou melhor, tem um caixa com míseros R$ 200, 00. Meus amigos, isso no mínimo não se trata de uma universidade de verdade. Aqui mesmo poderia terminar este texto, afinal para fatos os argumentos perdem muito de sua força.
Numa instituição alagada por maus e corruptos administradores desde a sua constituição e que por conseqüência disso se vê afogada na sua própria lama de mazelas, precarização e sucateamento, o resultado final não deveria ser outro, se não o total desprezo em se afirmar concretamente enquanto uma verdadeira instituição de ensino e de produção de conhecimento referenciado pela sociedade, àquela a quem de fato deveria servir, ou seja, aos trabalhadores que a sustentam com seus impostos. Nesse sentido o produto de tal IES, isto é, os estudantes, jamais seriam outro se não àqueles acríticos, covardes, apáticos, incapazes de questionar e incapazes de transformar uma sociedade pautada na desigualdade, desumanidade, injustiças, preconceitos e opressões. Esses somos nós.
Ah, Você não gostou? Ah, você acha que não te conheço e, portanto não tenho autoridade para afirmar tal coisa? Ah, você acha que não se encaixa em tal análise? Ah, você está me amaldiçoando até aminha quarta geração por conta deste texto?
Então me responda, quantos de nós temos coragem de peitar nossos mais “argutos” professores “doutores” quando os mesmos usam de sua “autoridade” hierárquica para nos humilhar com suas freqüências (aliás, 15 ou 21 faltas reprovam o estudante, quantas reprovam o professor?), com seu autoritarismo tacanho, suas aulas que muitas vezes nada dizem, seu cientificismo barato, suas provas comparativas e que não provam nada e ainda, muitas vezes, com seu desrespeito e falta de compreensão. Qual o lado que você toma quando a sua bolsa de pesquisa, monitoria, estágio atrasam, o lado do “mendigo” que vai todos os dias à PRA saber quando sairá sua bolsa que já está atrasada há quase três meses como se você tivesse pedindo favor a alguém? E o que você faz quando percebe que prestou um concurso público (vestibular) onde só depois de entrar percebe que não possui um prédio para assistir aulas? Qual foi sua reação quando foi pela primeira vez locar um livro na biblioteca e percebeu o quanto era parco o acervo (no manual do vestibular a realidade parecia outra, bem melhor que esta). Qual foi sua postura quando você perguntou pelos reagentes e simplesmente lhe disseram que a universidade não tinha dinheiro para comprar e você se deparou com um laboratório sucateado com velhos microscópios, lupas e vidraçaria. Qual foi sua postura quando teve que pisar na lama e pegar chuva, pois sua “universidade” não possui passarelas e mais parece uma fazenda dividida em casinhas cheia de “animais” e com um amplo pasto? Você questionou quando soube que a fundação que paga sua bolsa – FAPEAD – estava envolvida em um desvio de verbas públicas no valor de mais de 20 milhões e que o vice-reitor desta instituição tem cargo cativo em tal fundação? Na UNB um reitor caiu por muito menos. E isso não é tudo, temos muito mais para falar, pena que o espaço é pequeno. E agora? Ainda acham que não tenho razão em chamá-los de apáticos e acríticos “alunos universitários”?
A Universidade como indica na sua própria constituição histórica é o lugar da diversidade, do pluralismo de espaços e de saberes. Não cabe a nenhuma IES ser uma mera reprodução dos parâmetros sociais estabelecidos, mas ser instrumento para sua superação. A Universidade na sua razão de ser possui uma inequívoca vocação para ser vanguarda, ir aonde ainda ninguém chegou, desbravar, pensar além das perspectivas comuns, promover o desenvolvimento humano em sua totalidade. Antes de tudo a Universidade deve ser uma ponte, não um fim em si mesma. É também algo a ser superado. Nessa busca, a democratização da academia é mecanismo vital para a garantia de seu próprio exercício. Esta seria a Universidade ideal, aquela autônoma, democrática, laica, gratuita, socialmente referenciada e de qualidade. E este não é o caso da UEMA!
O que vemos na verdade hoje, tantos nas IEES com nas IFES é um total desmando, desmonte, precarização e privatização do ensino público, onde impera o autoritarismo e a forma ditatorial de implementar decretos e projetos de expansão sem a mínima qualidade (o Projeto Darcy Ribeiro que o diga, vamos agora ter 42polos sem um centavo a mais de verba) impostos por reitorias submissas, vassalas e subalternas a governos corruptos e que não têm nenhum compromisso com estas IES. Ao contrário, estes governos com suas políticas para o ensino superior, cada vez mais sucateiam as Universidades públicas garantindo assim, lucros exorbitantes aos tubarões do ensino privado. É necessário se encarar os espaços das instituições públicas de ensino como espaços de resistência a um sistema que prioriza o mercado, o capital e o lucro em detrimento da miséria e da falta de acesso à educação de qualidade da maioria. Isso explica a enorme necessidade que a burguesia tem de fechar este tipo de instituição.
E agora tomando partido nas palavras dos situacionistas das décadas de 1950 a 1970 podemos afirmar que:
“Recolhendo um pouco dos sobejos de prestígio da Universidade, o estudante ainda se sente satisfeito por ser estudante. Tarde demais! O ensino mecânico e especializado que recebe está tão profundamente degradado (em relação ao antigo nível da cultura geral burguesa quanto o seu próprio nível intelectual na altura em que a tal ensino acede, e isto pelo simples fato de a realidade que domina o conjunto destas coisas – o sistema econômico – reclamar uma fabricação maciça de estudantes incultos e incapazes de pensar. Que a Universidade se tenha tornado uma organização – institucional – da ignorância, que a própria "alta cultura" se dissolva ao ritmo da produção em série dos professores, que todos estes professores sejam uns cretinos, de tal modo que a maior parte dentre eles provocaria a algazarra de qualquer público de liceu –, tudo isso o ignora o estudante; e, respeitosamente, continua a escutar os seus mestres, com a vontade consciente de perder todo e qualquer espírito crítico, a fim de melhor comungar na ilusão mística de se ter tornado um "estudante", isto é, alguém que seriamente se ocupa na aprendizagem de um saber sério, na expectativa de assim lhe serem confiadas às últimas verdades. Trata-se, aqui, de uma menopausa do espírito. Tudo quanto se passa hoje nos anfiteatros das escolas e das faculdades será condenado na futura sociedade revolucionária como ruído, socialmente nocivo. O estudante, desde já, dá vontade de rir...”
7 de julho de 2009
Banda Mortos - Rock Pesado Made in Imperosa
Conversei com um dos integrantes dos Mortos (esse tava bem vivo), Bruno Aguiar, baterista e um dos fundadores da banda. Foi uma conversa rápida pelo MSN mesmo, já que não tivemos tempo de nos encontrar pra um bate-papo. Pelo visto o show do dia 10, na Broadway, com participação de bandas internacionais e dos veteranos bahianos do HEADHUNTER DC, deve ta super corrido pra os organizadores.
CL: Quanto tempo já tem de banda Mortos?
Bruno: Esse ano a Mortos esta completando sete anos
CL: O que vc acha que mudou em relação a sua musica de lá pra cá?Se vc's continuam fazendo o mesmo estilo ou acha que houve uma mudança..?
Bruno: Em 2002 a banda inicia suas atividades buscando fazer música própria, sempre com a intenção de executar um Death Metal tradicional. Com a saída de membros da banda e um comprometimento maior desses novos membros, a Mortos buscou uma melhoria no seu trabalho, vendo atravéz dessa perspectiva a banda apesar de não mudar o estilo, mudou muito sua sonoridade.
CL: E quanto ao publico, vc acha que melhorou o numero de fãs do estilo?
Bruno: Acredito que a cada dia o Death Metal, e isso incluído a Mortos, mais pessoas se interessam por essa sonoridade mais agressiva, juntando uma musica bem trabalhada, agressiva, técnica e com letras que possa passar algo legal pra galera.
CL: O Festival Metal Chaos tá em sua décima primeira edição e dessa vez traz bandas de fora do Brasil, como ta sendo a luta pra realizar este que é um evento de peso?
Bruno: Na verdade estamos na nossa décima segunda edição e vamos contar com bandas internacionais. Pra gente é um desafio muito grande, pois fazer um evento alternativo em uma cidade que sua cultura gira em torno do forró e sertanejo. Muita dificuldade durante todos esses anos mais sempre buscando lutar para que a cena local possa estar prestigiando eventos de qualidade.
CL: Qual sua opinião sobre o trabalho dos já historicos bahianos da banda Headhunter DC ?
Bruno: Puta banda, que esta na cena a mais de 20 anos representando o death Metal brasileiro em terras extrangeiras de forma muito competente.
6 de julho de 2009
Bar do Claudecy
Os freqüentadores são outro caso a parte. O publico vareia entre universitários alcoólatras, índios, porra-loucas pós-modernos, punks, artistas circenses, autoridades militares e eclesiatiscas, moças casadoiras, velhos piratas de guerra, com suas pernas de pau apostos para ver o jogo do Flamengo (o dono do bar é vascaíno), todos jogando a conversa e preocupações fora. De vez em quando uma ou outra briguinha básica, geralmente influenciada pelo manguaça, que a boa velha turma do deixa disso não deixa acontecer.
Alguns já chegam embriagados pela perspectiva de se embriagar. A sexta é um dos dias mais movimentados do local, onde funcionários públicos resolvem aparecer para descontrair ao som de um sambinha ou mesmo de Roberto Carlos antigo. “O bar fica logo lotado e o Claudecy (o dono) fica louco junto com seu fiel escudeiro,o Josélio, apelidado de “on-line” por estar sempre “ligado” e por usar o termo em seus atendimentos: “Vai uma aí”? On-line ou off-line?”.
Num episódio mais recente, um grupo de seresteiros foi severamente repreendido por um professor da UEMA, quando estes tocaram a musica católica conhecida com Família (abençoa senhor a família amen, abençoa senhor a minha também... etc.). O Professor dizia que se estes estivessem numa igreja não poderiam beber cachaça (será?) e, portanto num bar não era adequado se cantar hinos religiosos. Um dos seresteiros contrariados partiu pra cima e o pau já ia comer solto quando a boa e velha turma do deixa disso apareceu (o Kabecinha obviamente tava no meio).
Confesso certa satisfação ao perceber que mesmo o Claudecy tendo mudado de lugar, as pessoas que o freqüentavam continuam a freqüentar e com perspectivas de inovações no publico, já que o ambiente está até mais espaçoso, com uma bela sombra de fim de tarde do outro lado da rua.
"È verão , bom sinal , já é tempo de abrir o coração e sonhar...thiá thiararápá, thiiarará thiarará"
5 de julho de 2009
LUTA DE CLASSES IDEOLÓGICA
Platão, filósofo da antiguidade, já nos falava da luta entre os amigos das formas e os amigos da terra, para exprimir o embate existente dentro da filosofia entre idealistas e materialistas. Para ele o verdadeiro filósofo tem como tarefa saber dividir, separar e traçar linhas de demarcação entre estas duas tendências opostas que se digladiam. Como sabemos, os discípulos de Platão, fundador do idealismo, rasgaram uma obra de Demócrito, um dos maiores expoentes do materialismo antigo e fundador da teoria atômica.
A luta de classes ideológica é basicamente expressa pelo binômio espírito-matéria, sendo, de certa maneira, todas as tendências filosóficas reduzidas ao materialismo ou ao idealismo. “Não há uma terceira via, meias-medidas, posições intermediárias. No fundo, há apenas materialistas e idealistas” (Althusser). A luta de caráter fundamental entre materialistas e idealistas “traduz as tendências e a ideologia das classes inimigas da sociedade contemporânea”, declara Lenin. “A filosofia moderna está tão impregnada do espírito de partido como a de há dois mil anos”.
Dessa forma, o ponto gnosiológico fundamental de qualquer tendência filosófica resume-se à questão de saber qual a origem do nosso conhecimento, o que é primordial e o que é secundário: a matéria ou o espírito, a idéia ou a realidade. Para os materialistas é a matéria, entendida como realidade objetiva, a fonte de nossos conhecimentos. Por seu turno, os idealistas declaram ser a idéia, o espírito, o elemento primordial e anterior que dá origem ao mundo e ao homem.
Ao passo que os ideólogos reacionários nos dizem, assim como disse Berkeley, “que a matéria é uma idéia”, ou que “não podemos conhecer a realidade das coisas”, decretam a impotência da razão humana para desvendar os segredos do universo, abrindo caminho para a religião. Em um esforço semelhante, Kant fundamenta a ciência contornando o materialismo, para justificar dogmas religiosos. O filósofo “sentia a “necessidade de provar a subjetividade do espaço”. Ou seja, pretendia demonstra que o espaço nada mais era que uma construção mental. Na mesma linha, podemos encontrar declarações do tipo: “não é a natureza que nos impõe, somos nós que os impomos à natureza”, para negar a objetividade das leis naturais.
Podemos perceber, pelo modo que desenvolve sua resposta, que o idealismo abre as portas para a religião e para todas as concepções pré-científicas do mundo. Ele não só abre as portas como é uma variante filosófica da doutrina judaico-cristã. Para Jacob Bazarian, o idealismo fundamenta e defende a religião e a concepção criacionista do mundo, e, consequentemente, contrapõe-se à força progressista da ciência e da democracia. O idealismo filosófico é a expressão dos interesses econômico-políticos das classes dirigentes, interessadas em manter o povo na ignorância para dominá-lo.
Quando o cristianismo é elevado à religião oficial do Império Romano, por Constantino, trata de estabelecer o seu domínio “no terreno mental, espiritual e ideológico e impedem a emergência de qualquer outra modo de pensamento” (Onfray). Bibliotecas são destruídas, milhares de livros queimados, academias fechadas, filósofos e seus seguidores perseguidos e queimados em fogueiras. Tudo que cheirasse a materialismo, ateísmo ou contrariasse a linha ortodoxa da igreja não careciam de piedade, provando que o amor ao próximo tem limites e o perdão às ofensas também.
Assim, os epicuristas foram por muito tempo os inimigos privilegiados dos cristãos, “pois Epicuro fornece um arsenal capaz de prejudicar o cristianismo no poder oferecendo uma metafísica, uma ética, uma sabedoria, uma política sobressalentes” (idem). Pelo seu materialismo, seu hedonismo e sua irreligião, o epicurismo apresenta um arsenal de idéias que ameaça a ideologia dominante.
Esse embate ideológico acabou? Não! Continua! Hoje esse conflito ideológico é travado na filosofia, na política, nos partidos, na universidade, na luta dos trabalhadores rurais pela posse da terra, nas ciências sociais e naturais. Assim como a história é a história da luta de classes, a história da filosofia é a história da luta entre idealistas e materialistas.
Por: Jorge Pontes
Reforma no currículo do ensino médio causa reação
A adesão, que não será obrigatória, pelo menos a princípio, causou apreensão entre educadores baianos. Maior número de aulas e interdisciplinarida de no aprendizado, segundo alguns deles, demandam investimento que ainda não foi claramente apresentado pelo MEC. Além de carga horária aumentada – das atuais 800 horas anuais para mil –, o Ministério da Educação propõe a extinção de disciplinas tradicionais, como português, geografia e matemática.
3 de julho de 2009
FORA SARNEY
Reunião dos diversos movimentos estudantis, de jovens e de juventudes de movimentos sociais e partidárias pelo FORA SARNEY.
Todos/as estão convidados.
O que: reunião do movimento Todos contra Sarney
Onde: Praça de Fatima
A que horas: a partir das 4 da tarde
Quando: sexta - 10 de julho
Quem pode ir: todo mundo que não tem meio de campo com o sarneismo.
2 de julho de 2009
Evento dos 5 anos da revolta da Catraca
http://www.midiaindependente.org