Algo aconteceu para provar de vez minha condição de maranhense, imperatrizense. O mesmo processo aconteceu com centenas de pessoas que puderam ver/ouvir o show do também maranhense Zeca Baleiro, e com o perdão da palavra, um puta show, que lavou a alma (nossa, literalmente), que teve centenas de pessoas pulando e dançando ao som cativante, que transmitia algo (talvez a subjetiva maranhensidade) alem do que bundas e glândulas mamarias. Não que seja de todo ruim demonstrar sexualidade, mas quando a coisa parte pra vulgarização mercantilizada do corpo da mulher até o sexo perde a graça.
“Baby você não precisa de um salão de beleza, a sua beleza é sempre maior que a beleza de qualquer salão”
Isso sim é valorizar uma mulher.
Um repórter daqui teve a coragem de dizer no seu programa de TV, que teria sido uma arbitrariedade um show como aquele, que o “nosso povo” (sic) não tem essa “cultura” (sic) que a nossa “cultura” aqui é o calipso, o forró e o axé. Vejam a que ponto chegou a “esquizofrenia cultural” e ignorância (termo utilizado pelo meu amigo indigenista Renan Henrique) deste profissional da comunicação. Mal sabe o infeliz comunicador que respectivamente os estilos acima citados são do Pará, Ceará e Bahia e a despeito do fato desses mesmos estilos estarem freqüentemente nos nossos ouvidos pela cidade, o povo que foi ver Zeca Baleiro dançou e se divertiu muito, famílias inteiras foram prestigiar, não se teve relato de nenhuma confusão armada (há não ser um bêbado idiota que jogou uma latinha no palco).
Comprovando a tese de que o povo não “curte” por que não tem aceso o show de Zeca deverá ser um dos muitos que ainda virão para mostrar os valores perdidos devido a mercantilização e ignorância dos produtores de show da cidade.
Começo o ano com a bateria recarregada...
1 comentários:
com certeza hoje vivemos num país em q as pessoas não valoriza sua própria cultura aliás não sabem nem qual é,muitos vão no embalo do som e nem prestam atenção na letra da música,em q mundo vivemos? É dando valor a artistas de outros lugares e esquecendo os seus? Valeu JUSCILENE.
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