11 de maio de 2008

Ocuparte...enfim a democratização dos espaços.


Domingo, estou ansiosamente aguardado aqui no diretório, para logo mais ir ao prédio onde funcionava as antigas instalações da biblioteca municipal da cidade onde moro, Imperatriz. Lá, me reunirei com mais alguns colegas e companheiros que estão numa força conjunta, decorando o prédio, que ate a noite sexta feira, anteontem, estava abandonada, servindo de banheiro e de toda a sorte de imundícies praticadas pelos desfavorecidos desta sociedade em que vivemos.
Mas imundície maior é a que faz o poder publico, na pessoa de seus representantes com o patrimônio publico e histórico da cidade, um prédio desses, por exemplo, deveria estar em perfeitas condições de funcionamento, como espaço de interação sócio-cultural e educativa, e não como mero point de fumadores de ervas e xeiradores de cola, nada contra os fumadores, mas é das condições espaciais e degeneradoras que eu estou falando.
O espaço já tinha sido requisitado inúmeras vezes por várias entidades que vão desde o Centro de Cultura Negra “Negro Cosme” ate o sindicato dos moto-taxista. Todos os pedidos foram em vão e a prefeitura preferiu enrolar nas teias dos mecanismos burocráticos que controlam no município, a liberar o espaço para as entidades. De certa forma nossa ação esta corroborada e legitimada judicialmente pelo fato de não estarmos depredando o patrimônio, mas sim o conservando. E filosoficamente lembrei-me de Habermas, filosofo alemão, que tinha na sua teoria do agir comunicativo uma democratização verdadeira, através de uma “esfera publica cidadã”, onde os indivíduos são inseridos a participar de uma construção humanística da sociedade.
Convenientemente o movimento passou a chamar-se Ocuparte. Não sei quem de fato deu este nome, mas gostei por que me trazia a idéia de “ocupar com arte”, prestigiando a cultura local e seus fazedores. Sem duvida este dia é um inicio de uma nova jornada.
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