19 de abril de 2008

Movimentos Sociais na busca por soberania popular.


Atualmente vivemos uma espantosa conjuntura no que diz respeito aos assuntos do campo e da cidade, no que diz respeito às manifestações dos Movimentos Sociais. Só que infelizmente uma boa parte da população não está conseguindo acompanhar essas discussões, quando pode, assisti pela TV as noticias, que são dadas de modo rápido e superficial, pois geralmente estas emissoras já vêem com idéias preconcebidas, fruto de interesses de meia dúzia de poderosos, que possuem muito dinheiro. Mas a grande pergunta é: O que motiva esses Movimentos Sócias a estarem se manifestando? E, também, por que muitas vezes são tratados pela impressa como criminosos?
Essa conjuntura conflituosa se dá basicamente pela seguinte questão: O domínio de companhias transnacionais sobre a cadeia de produção agrícola. Na pratica isso quer dizer que grandes empresas estrangeiras estão gradativamente tomando todas as decisões no campo e o país está perdendo o controle da qualidade e da quantidade dos produtos feitos em seus territórios, inclusive na águas dos rios também.
Isso representa basicamente uma ameaça a soberania de nosso país, pois vivemos no chamado sistema capitalista internacional e o Brasil atualmente virou um paraíso das empresas estrangeiras, que compram a preço de banana nossas riquezas naturais,.Um caso bem próximo a nós está aqui em Estreito,onde um consorcio transnacional (estrangeiro) se aproveitando das concessões publicas está construindo uma hidrelétrica, que só servirá para fornecer energia para a VALE ( outra transnacional ) e que por fim destruirá todo o ecossistema local,a grande desculpa pra isso é a de que o projeto irá trazer desenvolvimento,mas estudos feitos por vários pesquisadores comprovam que não há desenvolvimento nenhum para os menos favorecidos e para a população em geral apenas a insatisfação de não poder ter qualidade de vida digna.
Enfim, a Reforma Agrária está parada. Cresce a concentração fundiária, os assentamentos não recebem apoio efetivo, aumenta a violência contra os sem-terra e a impunidade dos latifundiários e do agronegócio. O Massacre de Eldorado de Carajás é o principal símbolo do descaso do Estado com os trabalhadores.
A Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária do MST, neste mês de abril, denuncia a lentidão da Reforma Agrária, os efeitos negativos do agronegócio e apresenta propostas para reverter a situação.Reinvidicam principalmente mudar a política econômica vigente, que beneficia as grandes empresas e o capital financeiro, enquanto a população sofre com o desrespeito dos seus direitos sociais, previstos na Constituição, e com a falta de políticas públicas efetivas para enfrentar a desigualdade e a pobreza.
O Brasil está atrasado no processo de democratização da terra e na organização da produção para garantir a sustentabilidade dos pequenos e médios agricultores. Não podemos admitir a perpetuação do latifúndio, símbolo da injustiça no campo, tanto improdutivo como produtivo. A jornada de lutas dos movimentos sócias apresenta propostas de desenvolvimento para o campo brasileiro, e defende um projeto de geração de emprego, com promoção de educação e saúde. Infelizmente a mídia medíocre e os meios de comunicação de grande alcance ignoram essas questões porque estão mais preocupados com os próprios bolsos. São o que de pior nos deixou a Ditadura Militar.
foto: Sebastião Salgado.
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