Segundo o sociólogo James Petras, professor emérito de sociologia da Binghamton University (Nova York), a classe dominante mundial é composta hoje por 946 multimilionários. A riqueza total desta classe dominante aumentou 35% em 2006, atingindo atualmente a marca de US$ 3,5 trilhões, o que equivale ao rendimento de 55% das pessoas mais pobres dos seis bilhões de habitantes do planeta. Mais da metade dos atuais multimilionários (523 deles) procedem de apenas três países: 415 dos EUA, 55 da Alemanha e 53 da Rússia. Petras garante que os 35% de aumento da riqueza dessas pessoas verificados no ano de 2006 provém “mais da especulação que se tem registrado nos mercados de capitais, no imobiliário e no comércio de matérias-primas do que de inovações técnicas, de investimentos em industrias criadoras de emprego ou de serviços sociais.” A especulação “move”, então, a economia mundial e faz aumentar a riqueza dos que já a tem. A América Latina contribui com 38 pessoas para o seleto grupo dos bem-aventurados. Destes 38 indivíduos, 20 são brasileiros e 10 são mexicanos. Estas pessoas beneficiaram-se das lucrativas privatizações, da desregulamentação financeira e desnacionalização levados a cabo pelas políticas neoliberais na América Latina nos últimos anos. Políticas estas constituintes dos “princípios operativos chave da política econômica externa norte-americana implementada na América Latina pelos FMI e Banco Mundial.”Na América Latina a riqueza desses 38 indivíduos (US$ 157,2 bilhões) equivale à riqueza dos 250 milhões de latino-americanos mais pobres. No Brasil, a riqueza dos 20 multimilionários (US$ 46,2 bilhões) equivale à riqueza dos 80 milhões de brasileiros mais pobres.
Fonte: PETRAS, James. Como eles se tornaram multimilionários – Conheça a classe dominante global. Disponível em: http://resistir.info/petras/multimilionarios.html
0 comentários:
Postar um comentário